A nomeação do paulista Rafael Nogueira para comandar a Fundação Catarinense de Cultura está provocando desaprovação no meio cultural do Estado.
Ele, que comandou a Biblioteca Nacional na gestão de Jair Bolsonaro, é paulista de Santos e nunca trabalhou em Santa Catarina.
Nogueira, seguidor do astrólogo Olavo de Carvalho, também ficou conhecido por associar o Carnaval à transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.
Artistas catarinenses se posicionaram contra a posse de Rafael Nogueira, mas mesmo assim ele assumiu o cargo. Agora, a classe artística criou uma Carta Manifesto endereçada ao governador Jorginho Mello que pode ser assinada aqui.
Também haverá uma manifestação neste sábado, às 9h, em Florianópolis, com ponto de encontro na Catedral.
A produtora Dagma Castro, de Balneário Camboriú, conselheira estadual, conta que os artistas da cidade estão se mobilizando para participarem do manifesto em Florianópolis.
“Como a cultura é diversa e conversa com tudo e todos, os apoios são muito importantes, independente de área de atuação, se individual ou entidades. É só assinar a Carta Manifesto e se puder ir no sábado para Floripa somar nas vozes da praça em defesa da Cultura de SC, ainda melhor”, incentivou.
Dagma disse que os trabalhadores da cultura estão manifestando a preocupação e desagrado na escolha do governador para a pasta.
“Que obviamente não conjuga com o perfil “do menino” indicado. Nosso tecido cultural é diverso, precisa de um gestor que tenha conhecimento e capacidade, e o óbvio: planejamento. Temos diversas conquistas em políticas públicas implantadas e que precisam de continuidade, das quais não abriremos mão de nenhuma, além de tantas outras a serem implementadas e desenvolvidas”, acrescentou.
O governador Jorginho se pronunciou sobre a nomeação de Rafael ao jornalista Upiara Boschi e disse que Rafael “é um menino qualificado, tem currículo. Falou umas besteiras, mas já se arrependeu. E se não fizer o que eu mando, vai embora. Quem está reclamando é um pessoal de esquerda”, alegou.
