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Economia movida por idosos supera R$ 1,6 trilhão por ano’

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Apenas entre 2012 e 2021, 12,2 milhões de brasileiros ingressaram no grupo de pessoas com 60 anos ou mais. A expectativa é de que esse crescimento seja ainda mais acelerado nos próximos anos, com o maior envelhecimento da população brasileira. Hoje, esse grupo soma mais de 37 milhões de pessoas. Mas, apesar do crescimento, essa população não tem sido atendida de forma satisfatória, diz o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit.

Hoje, afirma ele, a chamada “economia prateada” já movimenta R$ 1,6 trilhão por ano. Mas o valor poderia ser maior. “Notamos que as empresas no Brasil ainda têm uma cultura muito baseada no culto à juventude, no comercial de TV, na propaganda ou nas mídias sociais”, afirma.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Estadão:

O que é economia prateada?

Estamos falando de um mercado muito grande que envolve a população com mais de 60 anos, e que não quer mais ser chamada de idosa. Trata-se da longevidade ativa, mercado que não é muito explorado no Brasil. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, desde a década de 1950, essa faixa etária vem crescendo de forma importante. Esse movimento vai continuar. Somos um País que está envelhecendo, com pessoas que vão viver mais tempo.

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Esse público não está sendo atendido?

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que essas pessoas – de um modo geral – têm poder aquisitivo um pouco maior Pessoas com mais de 65 anos são 17% da fatia dos 5% mais ricos. E apenas 4% da grande fatia de 40% mais pobres. Temos estatísticas aqui no Sebrae que mostram que os mais velhos não estão satisfeitos com o mercado. Em São Paulo, vemos grandes shoppings para gatos, cachorros e pets em geral. Mas não há nenhum shopping center voltado para a economia prateada. Uma estatística da Hype60+ mostra que, de cada 10 pessoas da economia prateada, 6 estão descontentes com o mercado de moda. Ou elas acham as roupas jovens demais ou velhas demais. Esse é um tipo de cliente que consome bem, tem autonomia de decisão e procura qualidade. Estamos falando de consumidores maduros, provedores de famílias, que definem um tipo de consumo e não gostam de ser tratados como idosos. É um mercado enorme não só para se abrir novos negócios, mas também para empresas já constituídas pensarem em produtos voltados para eles.

Não há iniciativa para atender a esse mercado?

No Japão, onde tem muita gente com 100 anos ou perto de 100 anos, esse mercado é muito desenvolvido. Um exemplo prático é que há supermercados só para a economia prateada, com corredores mais largos e carrinhos com lupa. Precisamos de soluções para esses clientes. É preciso olhar as limitações desse público.

Qual o primeiro passo?

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Acredito que é preciso pensar em programas de lazer, baseados em culturas, viagens e serviços para qualidade de vida. Esse pessoal é muito mais exigente quanto ao conforto na hora de comer, na hora de dormir etc. São pontos de atenção para o setor empresarial, como alimentação fora de casa e turismo. Além das atividades físicas, é preciso pensar em serviços de acolhimento. Há o mercado de home care. Alguns fundos de investimento compraram vários edifícios de flats em São Paulo para esse público, mas são poucas vagas. Países como Japão e alguns da Europa são exemplos, porque eles têm uma cultura voltada para esse público. No Brasil, notamos que as empresas ainda têm uma cultura muito baseada no culto à juventude. O primeiro passo para qualquer empresa é descobrir o que pode oferecer para esse público. É uma parcela da população que quer consumir, que guardou dinheiro e quer desfrutar mais o momento. Lógico que o Brasil é um país de muita desigualdade. Estamos falando daqueles que têm acesso e não são bem atendidos.

Qual o potencial desse mercado?

A economia prateada já movimenta no Brasil R$ 1,6 trilhão por ano. Esse mercado está se duplicando. O Brasil está ficando mais velho. É um assunto que temos acompanhado bastante. Esse valor poderia ser muito maior porque há pessoas descontentes com os produtos oferecidos.

(Texto: Por Renée Pereira/AE).

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