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Safra nacional de pesca de sardinha termina com perspectiva de ser a melhor desde 2015

A safra de 2024 da sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) chegou ao fim nesta segunda-feira (30), com perspectivas de ser a melhor desde 2015. 

De acordo com estimativas do SINDIPI (Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região), a captura total pode atingir 90 mil toneladas, um volume significativo para o mercado nacional, que demanda cerca de 120 mil toneladas por ano. 

Com o aumento da captura nacional, a necessidade de importar o recurso para suprir a demanda interna deve diminuir em até 70% em relação a 2023, conforme dados do Observatório da Pesca do SINDIPI.

Defeso

Entre 1º de outubro e 28 de fevereiro, a sardinha-verdadeira entra em período de defeso e a captura é proibida. As embarcações de cerco que estão no mar podem descarregar suas pescarias até quinta-feira (3). Entre os recursos pesqueiros do Brasil, a sardinha é o que tem o maior período de defeso.

No Brasil, há cerca de 170 embarcações industriais de cerco (traineiras) autorizadas para a captura de sardinha. As indústrias da região de Itajaí e Navegantes, associadas ao SINDIPI, são responsáveis por absorver mais de 80% da produção nacional. Com um papel crucial na economia,  a cadeia produtiva da sardinha gera mais de 20 mil empregos diretos e indiretos desde a captura até o consumo final. 

Além de seu impacto econômico, a sardinha se destaca por seu valor nutricional. Rica em cálcio, vitamina B12, vitamina D, selênio e ômega-3, é um alimento com propriedades anti-inflamatórias que ajudam na prevenção de doenças cardíacas.

A sardinha também é um exemplo de sustentabilidade entre as proteínas animais. Sua captura não requer modificação do ambiente natural, nem o uso de água potável, vacinas, hormônios ou antibióticos.

(Reprodução)

Texto: Adelaine Zandonai


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