O Sindicato dos Servidores Municipais de Camboriú (Sisemcam) enviou ofício à prefeitura, nesta terça-feira (2), pedindo a suspensão das aulas presenciais até que o número de casos da pandemia diminua e as adequações e contratações de substitutos sejam feitas.
A presidente da Sisemcam, Luciana Sobota justificou o pedido, alegando que a ocupação de leitos de UTI no Vale do Itajaí é de quase 100% e para baixar a curva de contaminação é imprescindível respeitar o distanciamento social e as escolas não tem estrutura para continuar com aula presencial.
O pedido de suspensão vem depois que Luciana visitou algumas unidades de ensino, nesta segunda-feira (1), para verificar se as regras de prevenção da Covid-19 estavam sendo respeitadas.
“É nítida dedicação de professores, serventes, merendeiras e de toda a direção. Mas falta estrutura para manter as aulas presenciais”, afirmou.
Com uma fita métrica na mão, fotografando as salas e conversando com os profissionais da educação, Luciana esteve em cerca de 10 escolas municipais que atendem de bebês a adolescentes.
A fiscalização teve como objetivo observar o distanciamento entre alunos, o uso de álcool gel e máscaras e se faltavam professores, supervisores, orientadores, merendeiras e serventes.
“Com o afastamento dos doentes faltam funcionários e professores, tem escola em reforma e não tem distanciamento nas salas e no pátio, que é de difícil controle. Os alunos podem se contaminar e levar o vírus para irmãos, pais e avós”, afirmou a presidente do sindicato.
Sobrecarga de professores
Outra reclamação recorrente é a sobrecarga de trabalho dos professores. Uma professora da rede, que pediu para não ser identificada, desabafou: “Fazemos aulas online, planejamos conteúdo na escola e ainda temos que produzir o material para muitos estudantes remotos, que não têm internet. Tudo tem que ser impresso e entregue, nos fazendo triplicar a carga horária muitas vezes”, desabafou.