Por Daniel Bramatti
Em uma semana, a vantagem do prefeito Bruno Covas (PSDB) sobre Guilherme Boulos (PSOL) oscilou de 12 para 11 pontos porcentuais. Eles têm, respectivamente, 48% e 37% das intenções de voto, conforme a segunda pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão do segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo. Há ainda 4% de indecisos, e 12% pretendem votar nulo ou em branco.
Em relação à pesquisa anterior, publicada em 18 de novembro, os dois candidatos apenas oscilaram dentro da margem de erro. Covas foi de 47% para 48%, e Boulos de 35% a 37%. Se considerados apenas os votos válidos (excluídos brancos, nulos e o porcentual de eleitores indecisos), o placar é de 57% a 43%. Nesse caso, Covas oscilou um ponto para baixo, e o adversário, um ponto para cima. A diferença entre eles passou de 16 para 14 pontos.
Nos votos totais, incluindo nulos, brancos e indecisos, o prefeito tem vantagem de 16 pontos no eleitorado feminino (50% a 34%), mas de apenas 5 pontos entre os homens (45% a 40%).
Outra diferença significativa se observa na segmentação do eleitorado por faixas de idade. Entre os que têm mais de 55 anos, Covas lidera por 62% a 28%. Já no extremo mais jovem, dos que têm até 24 anos, é Boulos quem está na frente (50% a 39%).
Etapa decisiva
O prefeito está numericamente à frente entre eleitores de todos os graus de escolaridade, com destaque para aqueles que estudaram até o ensino fundamental (53% a 32%).
Até o momento, a disputa pela Prefeitura não registra a polarização por renda observada em eleições anteriores, quando os candidatos do PT lideravam entre os mais pobres e perdiam entre os mais ricos. Covas segue à frente em todas os segmentos de renda. Entre os que ganham até um salário mínimo, ele tem 46%, e Boulos, 37%. Entre os que ganham cinco mínimos ou mais, o placar é de 55% a 36%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 25 de novembro, com 1.001 eleitores. As entrevistas foram realizadas de forma presencial – por causa da pandemia de covid-19, a equipe do Ibope usou equipamentos para proteção da própria saúde e da dos entrevistados. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerada a margem de erro de três pontos porcentuais. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP-09681/2020.