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“Eu acho muito importante cada um fazer”: Alice Kuerten sobre a importância do voluntariado

A assistente social Alice Kuerten, mãe do tenista Guga e presidente do Instituto Guga Kuerten, esteve nesta semana em Balneário Camboriú, onde palestrou junto ao Instituto Rogério Rosa, do Grupo Embraed. 

Alice, que foi secretária de Ação Social, Mulher e da Família do governo de Jorginho Mello até julho, é conhecida pela sua dedicação em prol de causas sociais – principalmente voltadas à crianças e adolescentes carentes e pessoas com deficiência. 

Alice sempre que pode fala do quanto tem orgulho da trajetória de Guga, que recebeu ajuda quando precisava e chegou a ser o tenista nº 1 do mundo, e que isso os incentivou a também ajudar – e desde a fundação do Instituto GK, há 23 anos, mais de 100 mil pessoas foram assistidas. 

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Alice palestrando na Embraed (Foto Renata Rutes)

Ela conversou com o Página 3 sobre voluntariado e a importância que ele tem para a sociedade. 

Acompanhe abaixo.

JP3: O Instituto Guga Kuerten completou 23 anos neste ano, atingindo a marca de mais de 100 mil pessoas atendidas. Como é olhar para trás e ver tudo o que foi feito nesse tempo?

Alice: A gente tem muito orgulho e satisfação, não só pelo fato de ter criado o Instituto, mas por conseguir mantê-lo nesses 23 anos. A gente nunca precisou encerrar um atendimento, sempre foi aumentando as formas de auxílio, ampliando parceiros, e esse é o nosso maior orgulho. Conseguimos manter durante a pandemia, atendendo as famílias na época, inclusive com alimentos, porque não tinha atendimento. Enfim, eu acho que isso é para nós a grande satisfação, porque o criar é até rápido, mas o manter é difícil.

O dia seguinte da premiação de 2001 de Roland Garros, com Guga e o filho Rafael, também tenista (Divulgação/IGK)

JP3: Como estão as atividades hoje?

Alice: Temos vários focos. Um é a utilização do esporte como ferramenta educacional, onde atendemos 420 educandos, sendo que 20 são pessoas com deficiência, e os demais são crianças e adolescentes, divididos em cinco núcleos na Grande Florianópolis. Ficamos com eles dos sete anos até o 15, 16. Vão para o Ensino Médio, quando terminam, conseguimos bolsa para a universidade. Temos muitos educandos formados. 

Outro trabalho que temos é onde visamos a inclusão da pessoa com deficiência e esse acontece no interior do Estado. 

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Hoje temos 189 municípios em SC e já atendemos 590 projetos no Estado. Eu já corri SC três vezes inteiro. Todas as instituições que atendem pessoas com deficiência podem se inscrever (em Balneário instituições como AMA e Apae já se beneficiaram). Trabalhamos com todas as regiões geográficas e beneficiamos, por ano, 35 projetos, que são apoiados e monitorados, com capacitações, duas na área de gestão e outra na área pedagógica. Também premiamos projetos menores com o Prêmio IGK, que às vezes não tem todas as condições de legalidade, e auxiliamos com um valor irrisório; também premiamos pessoas que tiveram uma repercussão diferente na área da educação, saúde e segurança, e jornalistas que discorrem sobre a pessoa com deficiência. O prêmio fazemos há mais de 20 anos. 

Com os filhos Guga e Rafael (Divulgação/IGK)

JP3: Sobre cursos, vocês também são bem atuantes nesse sentido?

Alice: Sim. Temos um outro projeto muito bom que é um curso de cuidador terapêutico. Já é o 11º ano que estamos formando 70, 80 pessoas, que já saem empregadas. Nem conseguimos divulgar as vagas, porque quem participa, já divulga e quando uma turma acaba, já temos outra pronta para começar.

JP3: Hoje qual é a presença do Guga no Instituto?

Alice: Temos uma atividade, que vai acontecer agora no dia 6 de outubro, onde os cinco núcleos, os 420 educandos, se encontram em um dia de lazer, de comilança, de brincar, e o Guga está sempre presente nesse dia. Mas o Guga também sempre visita os projetos, nos ajuda com os parceiros. Temos oficinas extra de música, de violino e violão, uma equipe de dança que já está muito conhecida e foi premiada, a IGK Dance… é muito trabalho!

Guga sempre presente no Instituto GK (fotos Divulgação/IGK)

JP3: Falando sobre a importância do apoio de empresas, como você vê o Grupo Embraed com o Instituto Rogério Rosa?

Alice: A Embraed foi mais patrocinadora do Guga, esse é o contato que temos há bastante tempo, e a gente tem essa parceria institucional, mas todas as parcerias que o Guga tem, ele dá uma parte para o Instituto, e somos muito gratos. Eu acho muito importante cada um fazer, como a Embraed está fazendo com o Instituto Rogério Rosa, dentro do seu espaço, dentro da sua região. Temos que devolver um pouco do nosso lucro para a sociedade, e o Instituto Rogério Rosa está fazendo isso. É muito importante, até mesmo para demonstrar para a sociedade e incentivar esse senso de voluntariado. 

JP3: Qual seria o primeiro passo para quem quer atuar na causa voluntária e não sabe como?

Alice: As pessoas têm que se identificar com a causa e ver o que está próximo dela. Não adianta falar que adora um projeto x, mas que só tem em Curitiba. Não é possível que na sua cidade, perto de você, não tenha algo que te agrade. Precisamos de recurso financeiro, mas as instituições precisam de voluntariado, de saberes específicos. Por exemplo, quantas instituições precisam de atendimento médico para seus educandos? Nem que seja uma vez na semana, uma tarde na semana, gratuitamente. Tem pessoas que gostam de costura, de cozinha, de trabalhos burocráticos… tem que ser próximo, tem que gostar e tem que querer, porque o voluntariado normalmente é feito na hora em que a pessoa pode, no momento ‘livre’, de lazer, nesse tempo precioso. Temos que pensar em como podemos ajudar o próximo, para que ele também tenha as mesmas condições da gente.

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