- Publicidade -
19.4 C
Balneário Camboriú
- Publicidade -

Cancelamento de várias competições pela Fesporte gera revolta no meio esportivo

A decisão da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) de cancelar os Joguinhos Abertos de Santa Catarina, Jesc, Jasti, Parajasc, Parajesc, Moleque Bom de Bola e Olesc, deste ano, por causa da pandemia, principalmente porque a variante Delta está confirmada em várias regiões do Estado, surpreendeu – e revoltou – os esportistas que vinham se preparando para estas competições. Somente a edição dos Jogos Abertos de SC (JASC) segue programada para novembro. 

Anunciada na véspera do feriado cívico, dia 6 de setembro, em nota oficial estampada no site da Fesporte, o cancelamento gerou centenas de reações de repúdio. No final da tarde desta quarta-feira (8), a Fesporte eliminou a nota oficial, sem qualquer explicação a mais, mas gerando uma nova expectativa de ‘descancelar’ o cancelamento.

Várias reuniões aconteceram, para ‘reverter’ a decisão, mas nenhum resultado destes encontros foi apresentado até o fechamento desta edição.

Nesta reportagem técnicos, dirigentes e atletas lamentam o  cancelamento destas competições. Acompanhe:

.

Joguinhos/2019 consagraram Balneário Camboriú, campeão geral no masculino (Orlando Pereira)
Fesporte ampliou idade dos estudantes da Olesc até 17 anos na edição de 2021. Agora cancelada.
Fesporte lançou cartilha para os JESC/2021, orientando sobre todos os protocolos sanitários da competição agora cancelada. (Heron Queiroz)
ParaJasc, o maior evento paradesportivo de SC, seria neste mês. Agora cancelado. (Divulgação/ICED)

.

OPINIÃO DE TÉCNICOS E DIRIGENTES

Diogo Gamboa

Técnico da equipe de atletismo de Balneário Camboriú

(Arquivo Pessoal)

“Decisão que vai na contramão de tudo que está acontecendo no Estado. Vemos o retorno de aulas, eventos, parques temáticos abertos e o que me chateia muito é achar que o esporte é o vilão da pandemia. Todos os segmentos esportivos são os últimos a ser liberados e os primeiros a serem proibidos…

É uma pena porque mais um ano sem esses eventos tradicionais, onde muitos atletas estão se preparando, as federações se articulando para realizar e a Fesporte toma uma atitude errada, visto que o esporte nacional, eventos nacionais de maior porte estão acontecendo, com toda a segurança, e Santa Catarina comete um retrocesso nesse sentido. 

Acredito que se tivesse a mesma rigidez com outros segmentos, a gente poderia até aceitar melhor, mas o descaso desta gerência estadual nos mostra que o esporte não é prioridade, mais uma vez foi deixado em segundo plano, isso que estamos em ano de Olimpíada, eventos internacionais, Santa Catarina com grande repercussão. 

Fico muito chateado mesmo porque infelizmente anos olímpicos existe a cobrança, expectativas de medalhas, mas nunca temos a contrapartida, de levar o esporte como profissão. 

As pessoas que tomam decisões como esta de cancelar eventos deste porte acho que deveriam estar mais próximos dos atletas, ver como é a vida, a rotina destes atletas, foi uma falta de respeito. Nenhum outro segmento profissional está sendo impedido de realizar sua atividade, mas o esporte sim. Acho que a nossa bandeira deveria ser respeito.

Acho que o governo, Fesporte, deveriam ter mais respeito pelo esporte catarinense”.


Gerson Cabral

Presidente da Liga SC de Handebol e técnico das equipes femininas de handebol de Balneário Camboriú 

(Arquivo Pessoal)

“Decisão lamentável. A Fesporte fez um imenso trabalho junto à Secretaria Estadual da Saúde e outros órgãos do governo para disciplinar o retorno das atividades, elaborando um imenso protocolo sanitário de providências e atribuições para que as modalidades pudessem ocorrer com segurança. Todas as Federações, Ligas, entidades que desenvolvem atividades esportivas para realizar suas competições precisam fazer uma solicitação de autorização para a Fesporte e apresentar os protocolos, de acordo com o que eles sugeriram no decreto. Só que é muito curioso que a própria Fesporte não faz as competições organizando-as dentro dos protocolos que ela mesma criou. É um contra censo. Não dá para entender. Com certeza essa decisão vai impactar no desenvolvimento esportivo do Estado e de muitos municípios que daqui a pouco vão parar de investir nos  professores e modalidades esportivas”.


Iki Beraldo

Técnico da ABC do Voleibol e da Fundação Municipal de Esportes de Balneário Camboriú

(Arquivo Pessoal)

“Nossa associação postou no mesmo dia um questionamento sobre a razão deste cancelamento. 

Porque liberaram tudo…escola, bar, balada, quem esteve em Balneário Camboriú viu como estava isso aqui (e não é só aqui, é geral).

É incompreensível…escolas100% presenciais, atletas quase 100% vacinados e sempre testados antes de ir para um campeonato estadual e aí cancelam os eventos, porque é perigoso por causa da variante?

Qual o estudo que foi feito comprovando que isso só pega em atletas?

É falta de interesse da Fesporte e se eles não conseguem fazer os jogos deles, com tudo acertado, atletas vacinados e testados, não tem porque ter a Fesporte, porque o principal objetivo dela é promover o esporte em Santa Catarina, mas ela está acabando com o esporte catarinense”.


Aldo Max

Atleta e professor de jiu jitsu de Balneário Camboriú

(Arquivo Pessoal)

“Acredito ser um retrocesso, o motivo alegado foi o covid, porém vale lembrar que já estamos vacinando os adolescentes, os números de infectados e de mortes estão caindo a cada dia. Não faz sentido proibir os eventos. 

Muitos atletas estão sem competir desde início da pandemia, já não aguentam mais ficar sem competição”.


Daiana Priscila Voigt Gamboa

Treinadora da equipe de Atletismo de Balneário Camboriú 

(Arquivo Pessoal)

“Vejo com muita preocupação a NÃO realização dos eventos da Fesporte pelo segundo ano seguido. Isso compromete toda uma geração de atletas. Todas as modalidades já estão realizando competições seguindo vários tipos de protocolos, acredito que o fracionamento das competições, a prioridade na vacinação dos atletas e várias outras medidas poderiam ter sido adotadas para a realização das competições”.


Sérgio Borba

Professor, árbitro internacional de judô e presidente do Conselho Municipal de Esportes de Balneário Camboriú

(Arquivo Pessoal)

“Enquanto profissional de educação física, que vive e trabalha com esporte, acho bastante triste dois anos consecutivos sem estes que são os maiores eventos de Santa Catarina. Os atletas estão perdendo uma fase importante de suas vidas esportivas, porque vai ficar uma lacuna competitiva e penso que o governo do Estado poderia se esforçar um pouco para realizar estes eventos, visto que as federações já estão com seus campeonatos praticamente normais. Dentro das regras sanitárias todos os atletas apresentam teste de Covid com data de 24h antes do início do evento, equipe técnica, arbitragem, staff, enfim todo o pessoal envolvido também. Por tudo isso penso que o Estado poderia sim realizar seus eventos. Muitos atletas precisam destes resultados para suas bolsas municipais, estaduais, nacionais, muitos dependem desse dinheiro para se manter como atleta. Fico desapontado com essa atitude da Fesporte, penso que deveriam ter iniciado um protocolo de retorno mais cedo, com eventos em micro regiões para que não houvessem problemas de deslocamentos longos, hospedagens por mais dias, para que os atletas pudessem ir e voltar no mesmo dia. Eles que são pagos para pensar e trabalhar pelo esporte do nosso Estado e não pensaram…infelizmente nos resta confortar nossos atletas, continuar trabalhando o psicológico deles, porque tudo isso vai impactar estes e as futuras gerações também”. 


Gévelyn Almeida

Técnica e atleta Paralímpica ICED/FMEBC

(Arquivo Pessoal)
Campanha que Gévelyn movimenta nas redes sociais

“O esporte de SC encontra-se de luto no meio de uma pandemia. Para os atletas com deficiência o impacto é muito maior do cancelamento das competições pois em nosso Estado os eventos organizados pela Fesporte são apenas dois no ano, ou seja direcionando ao Jogos Paradesportivos de Santa Catarina PARAJASC (adulto) e Jogos Escolares de SC (escolar) sendo que esse último é classificatório para as Paralimpíadas Escolares a nível nacional para o evento do CPB Comitê Paralímpico Brasileiro.

O paradesporto de Santa Catarina tem uma realidade bem distinta do esporte convencional, pois a Fesporte não oferece igualdade de oportunidade e condições de igualdade ao paradesporto pois temos poucos eventos e esses ainda sofremos com condições de acessibilidade gigantescos.

Repudiamos totalmente essa atitude de ingerência da Fesporte com o cancelamento de eventos pois o impacto nós sabemos muito bem o que vai gerar, atletas de fora de programa de incentivo de Bolsa Atleta, pois sem competição não temos resultados para poder pleitear a Bolsa, atletas que cancelaram a participação em eventos nacionais na mesma data do ParaJasc e ParaJesc para dar prioridade aos eventos da Fesporte, que ficarão de fora desses eventos que estabelecem o ranking nacional, internacional e também acesso a Programas de Incentivo Federal como o Bolsa Atleta ou mesmo até convocações para as Seleções Brasileiras. 

Optamos pelo evento da Fesporte, porque é prioridade a nível municipal pela gestão da FMEBC priorizá-los. Na minha opinião como técnica e atleta tem que ser um critério revisto pelo nosso gestor municipal por conta dessa falta de gerência administrativa de nossa gestão estadual, é preciso que em nosso município junto até mesmo ao Conselho Municipal de Esportes e a comunidade esportiva local sejam debatidas essas situações pois estamos seriamente prejudicados.

Vale salientar que no paradesporto local por termos priorizado o ParaJasc perdemos eventos nacionais e internacionais de Atletismo, Natação, Paraciclismo e Tênis em Cadeira de Rodas, sendo que esse último o ranking que mais temos que ter cuidado devido a pontuação dos atletas que devem participar de vários eventos na temporada para ter uma somatória no final de todos os eventos rankeados e que tem validade internacional.

É importante salientar que meus atletas do paradesporto passam grandes dificuldades pois temos poucos apoiadores e patrocínios locais e a contrapartida é a divulgação dos eventos, e se não temos eventos, como divulgar e dar retorno a quem nos apóia e patrocina? 

Nossos atletas estão em treinamento há muito tempo desde o início da pandemia em meados de março fomos os primeiros a voltar aos treinos, nos adaptamos diariamente e, para nós não foi difícil essa transição de adaptação ao treino em casa, mas a sobrecarga ficou grande desde a adaptação de materiais, promover a qualidade de treinamento e segurança a esses para-atletas, mas tivemos que dar uma ênfase maior na motivação trabalhar o psicológico dessa fase de isolamento que para nossos atletas tem um fator primordial, pois encontram no esporte a quebra de diversas barreiras  e ciclos de invisibilidade, sendo a prática esportiva o papel de inserção na sociedade e inclusão social, pois vivem as barreiras da exclusão imposta pela sociedade e o capacitismo, ou seja de julgá-los incapazes em virtude da sua condição física, e o rótulo de superação que não é só deles mas de todos nós.

O processo motivacional foi muito trabalhado com nossos atletas do paradesporto voltado ao ParaJasc e ParaJesc, não só no nosso dia a dia de treino nos diferentes espaços, mas promovendo entre eles as convocações para esse evento como metas e desafios que montamos nesse período para motivá-los e que literalmente vai por água abaixo, uma frustração gigante pois tentamos diversas alternativas para trabalhar a motivação,  divulgação para colocá-los também em destaque as convocações dos atletas foram divulgadas em nossas mídias sociais e que foi um investimento também perdido com o cancelamento do evento.

Importante salientar que o paradesporto de Santa Catarina tentou em diversas reuniões com a Fesporte discutir alternativas para a realização desses eventos nas reuniões que participamos entre os municípios e os gestores do esporte estadual, foram inúmeras propostas inclusive dos municípios sediarem pequenas etapas de forma regionalizada as competições das diferentes modalidades, exemplo Balneário Camboriú se colocou à disposição para sediar o Handebol em Cadeira de Rodas, pois o estado conta com seis equipes e a projeção de jogos seriam em dois dias ou seja ocorreria em um final de semana e definiríamos os campeões estaduais com a realização do evento, mas a Fesporte foi totalmente contrária a essa forma, e agora? 

A solução melhor foi tentar fazer de qualquer jeito quando viu que não ia dar é mais fácil cancelar?

Tremenda fata de respeito com a nossa equipe que é vice campeã brasileira, e que tem oito atletas pré convocados (homens e mulheres) para as seleções de Handebol em Cadeira de Rodas.

Fica muito claro para nós todos do esporte seja ele convencional ou paradesportivo que pior que a pandemia é a falta de gerência do nosso órgão estadual frente a protocolos existentes de enfrentamento ao COVID-19 a incongruência administrativa na liberação de demais eventos esportivos e o impacto na carreira de nossos para-atletas e atletas do estado inteiro.

O esporte de SC está de luto .

#paradesportosc #lutopeloesportesc #fesporte


Leize Bianchini

Decacampeã dos JASC, técnica de vôlei de praia de Balneário Camboriú

(Arquivo Pessoal)

“6 de setembro é um dia triste para o esporte catarinense, com essa decisão a Fesporte acaba com o sonho de várias crianças e jovens. 

Poderíamos ter sim todas essas competições assim mesmo como já estão acontecendo várias competições de forma segura, através de suas federações (exemplo a do Vôlei de Praia). 

Temos acesso aos testes, a vacinas e aos poucos todos os jovens já estarão vacinados. 

Inexplicável essa decisão, o esporte mais uma vez sendo tratado com descaso”.


Valdeci Matias e Caique Rovigo

Valdeci e Caique (Arquivo pessoal)

Valdeci Matias é diretor da Afadefi e Caique Rovigo é técnico da atletismo

“Recebemos a notícia do cancelamento dos jogos com muita decepção e frustração, afinal de contas estávamos a uma semana do ParaJesc, evento esse que vem sendo almejado por atletas da categoria escolar a meses. Lembrando aqui que o ParaJesc é uma competição  seletiva para as Paralimpíadas Escolares. Fica a nossa pergunta: como será feita a seletiva? Santa Catarina não vai participar? E se for participar, qual o critério será utilizado?

Todo evento tem que haver certa logística, então nos preparamos muito para que pudéssemos ter esse retorno, treinamento se intensificou, atletas estavam focados em busca dos melhores resultados possíveis e simplesmente voltamos ao limbo do qual nunca saímos. 

O paradesporto em si para Fesporte não tem caráter competitivo, não se tem o entendimento do esporte paralímpico como competitivo, pensamento errôneo que reflete diretamente em quem encara isso como profissão. 

Como profissional da Educação Física não consigo esconder a frustração de – nesse momento, com tudo pronto, ter que  recuar, ter que redefinir metas e principal ter que avisar meus alunos que a construção dos sonhos deles vai ser adiado mais uma vez. 

Nosso grupo se organizou, se dedicou, se empenhou e hoje saber que não se tem o retorno digno para coroação de todo esse empenho, é desrespeitoso. 

Desrespeito a todos que se dedicam diariamente e terão seus benefícios do bolsa atleta municipal prejudicados pela Fesporte, pela falta de organização institucional. 

Organização essa que não se fez presente para que o retorno pudesse acontecer, deixando para última instância a comunicação do cancelamento aos interessados que assim como eu procuraram respostas que não foram atendidas. Contudo o sentimento que nos resta é da incerteza; incerteza do amanhã e de quantos atletas vão passar por mais esse ano conosco, de quantos sonhos serão encerrados e das promessas do esporte de Santa Catarina que vamos deixar partir, afinal de contas, tudo que trabalhamos arduamente vai ser jogado na lata do lixo, e encarar mais essa será difícil para o esporte catarinense. 

Entendemos o momento de dificuldade, a pandemia da Covid 19 ainda está presente, porém é preciso lembrar que existem sim protocolos sanitários cabíveis para que os eventos acontecessem.

Podemos observar no estado de Santa Catarina locais lotados, sem restrições e com alto nível de aglomeração. 

No final das contas somente o esporte permanece sem solução. 

Podemos esperar nosso futuro esportivo extremamente defasado e com o passar dos anos sentiremos o reflexo da inviabilidade esportiva atual da base, pois sem esporte de base não se constroi o rendimento futuro”.

Fátima Folchini

Professora e coreógrafa do Grupo de Dança Balanço das Ondas

(Arquivo Pessoal)

“Estamos arrasados  e decepcionados com as decisões da Fesporte. simplesmente cancelaram sos jogos com a desculpa da variante Delta, que bem sabemos, tem poucos casos.

Especificamente na questão do JASTI (Jogos Abertos da Terceira Idade) todos estão vacinados com duas doses há muito tempo. 

Até a realização do JASTI que estava marcado para início de dezembro, a maioria estaria já com a terceira dose . 

O JASTI são jogos que motivam muito a terceira idade em nossa cidade.  

Quem organiza os atletas para participar do evento é a Fundação Municipal de Esportes, através do programa Maturidade Saudável.  

Recebemos a notícia com muito estranhamento, pois sabemos que vários eventos, inclusive festas, baladas, shows estão liberados. 

Mais uma vez o esporte perde seu espaço, é desvalorizado em Santa Catarina. E milhares de crianças, adolescentes, jovens e adultos vêem seus sonhos irem embora. 

Nunca a atividade física foi tão essencial como na pandemia. Ficou muito claro. E simplesmente a Fesporte cancela todos os jogos, sem sequer dar alternativas, sem respeito aos atletas, professores, treinadores e todos os envolvidos”.

.

OPINIÃO DE ATLETAS

Any Caroline de Bassi

Pentacampeã dos 100m e atual recordista dos 100m e 200m rasos dos JASC; campeã dos 100m Olesc e Joguinhos

(Arquivo Pessoal)

“Bem complicado, porque nós dependemos dos eventos para apresentar resultados e garantir nossas bolsas para o ano seguinte. Se continuar nesse ritmo as prefeituras não vão mais continuar pagando seus atletas, porque não há competições. Em outros estados as competições seguem acontecendo, só em Santa Catarina estão parando tudo, embora jogos de futebol estejam acontecendo e não podemos tapar os olhos e fazer de conta que não estão acontecendo festas, aglomerações…

A maioria dos eventos da Fesporte pede os testes de Covid-19 antes da participação dos atletas.  

Sem falar que é um desrespeito total aos atletas que se expuseram ao risco treinando para as competições e de repente, a uma semana do início, cancelam tudo? 

Os JASC estão mantidos, mas pode acontecer a mesma coisa, continuamos treinando, nos esforçando e lá mais perto, cancelem também. Tem todo um desgaste físico, emocional, psicológico que o atleta sofre com este cancelamento.

Sem competições no Estado como vamos fazer para participar de uma competição nacional? 

Deveriam ver maneiras, separar as modalidades, em tempos diferentes, mas cancelar não”.


Antonio Carlos Sanchez

Paratleta multicampeão do paraciclismo e natação de Balneário Camboriú

(Arquivo Pessoal)

“É o fechamento da única competição que temos no ano. Dependemos muito desse evento para garantir nossa bolsa municipal. Ficamos tristes com o cancelamento. eu faço natação e paraciclismo e eles fazerem uma dessas? 

Tive que cancelar competições, porque  parece que não veem isso, colocam eventos na mesma data de competições nacionais…então tivemos que desistir de competições nacionais para participar desta…e cancelam? 

Além disso, precisamos pedir apoio para a nossa Fundação de Esportes dois meses antes para participar de uma competição nacional. Então os atletas perdem de ir em outras competições, porque esperavam o ParaJesc. 

É injusto. Treino muito, ralo muito, saio às vezes quatro horas da manhã, pedalo 150km nas marginais da BR, maior dificuldade…e a Fesporte cancela? Também treino natação três vezes por semana, três vezes por semana faço academia…

É falta de organização deles.

É muito chato o que estão fazendo com o paradesporto de Santa Catarina. Isso realmente afeta muito os atletas, tremenda falta de consideração com o esforço de cada um”.


Lucas Antônio de Souza Casas

Bicampeão dos Joguinhos Abertos de SC 2018 e 2019; vice campeão Brasileiro 2021

(Arquivo Pessoal)

Ridículo, agora com a vacina, e com a possibilidade de testar os atletas, essa não é uma opção inteligente.

Muitos atletas treinam e se preparam principalmente para esses eventos, eles deveriam ter o mínimo de senso, e repensar esse ato de escolha”.


- Publicidade -
- Publicidade -
- publicidade -
- Publicidade -