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Mais um atleta de Balneário Camboriú convocado para seleção brasileira que vai ao Sul-Americano no Equador

Carlos Lusian fará sua estréia em seleção brasileira da CBAt

“Minha expectativa é acertar o que venho fazendo nos treinos, acredito que se isso acontecer, daria para brigar por pódio no Sul-Americano, o que renderia forte impacto no ranking brasileiro como no sul-americano”. 

Quem diz é Carlos Lusian, 22 anos, atleta da equipe de rendimento da Fundação Municipal de Esportes (FMEBC), que recebeu esta semana convocação para a seleção brasileira que disputa o Sul-Americano, dias 16 e 17 próximos, no Equador. 

Ele já representou o país no Mundial Escolar, na Turquia, em 2016, pela CBDE, mas convocação pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), esta é a primeira.

Atualmente a sua melhor marca é 4,60m. Mas ele está se preparando para chegar mais perto dos 5m.

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Lusian viaja com o velocista Douglas Mendes, convocado alguns dias antes pela CBAt para duas provas em Equador: 400m rasos, sua especialidade e revezamento 4x400m.

O técnico Diogo Gamboa não esconde sua alegria. Disse que estava aguardando a convocação, porque Lusian é o terceiro do ranking nacional.

“Estamos muito felizes e ele está super animado, é um atleta que está conosco desde o início do nosso trabalho, tem muitas conquistas e agora estreia em seleção brasileira convocado pela Confederação”, disse Gamboa.

Tempos difíceis superados

Uma convocação como essa também é uma resposta positiva que todos os atletas enfrentaram com a pandemia.

“Passamos por muitas dificuldades, sem poder treinar, treinar sozinho em casa, enfrentamos muitas barreiras, sem competições durante muito tempo, sem falar na dificuldade para treinar na pista do estádio, ali é uma luta diferente todo o dia, uma superação mesmo, então uma convocação como essa torna-se ainda mais significativa, é meu último ano na Sub-23, então estou fechando com chave de ouro”, disse o atleta.

As principais conquistas

Comemorando uma vitória com a técnica Daia Gamboa (Divulgação/FMEBC)

Há seis quando começou a competir nem ele acreditava em tantos resultados em tão pouco tempo. Em 2015 foi vice-campeão brasileiro Sub-18; em 2016 voltou ao pódio nacional de prata e foi convocado para o Mundial Escolar na Turquia.

Em 2017 foi bicampeão escolar, vice-campeão dos Jogos Abertos e vice-campeão catarinense Sub-20.

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Em 2018, campeão estadual Sub-20 e terceiro do país na categoria. No ano seguinte, campeão estadual Sub-23, bronze nos Jogos Abertos (Jasc) e sétimo do Troféu Brasil de Atletismo.

Este ano venceu o Festival de Atletismo Sub-20 e Sub-23, consagrando-se na terceira posição do ranking nacional.

A corrida para o salto (Divulgação/FMEBC)

Uma história de amor pelo esporte

Carlos Lusian contou ao Página 3 que o amor pelo esporte ‘desde sempre’ conduziu sua carreira. Acompanhe o relato:

“Vim para Balneário Camboriú com 14 anos, jogava futebol. 

Comecei a estudar no Bairro Nova Esperança. Amo esporte. Era o ‘metidão’, queria participar de tudo, mas era por amor ao esporte. 

Participei de uma competição interna de atletismo da escola, me destaquei nos 1000m. Treinava com o Liomar, da Fundação, ele tinha um polo e ali tudo começou. 

Parei um tempo no futebol e arrisquei no atletismo, por insistência do Liomar. Fiz um teste e fiz corridas de rua, de fundos, eu gostava, mas não era o que eu me identificava. 

Com 14, 15 anos fui para Olesc, minha primeira competição e levei uma ‘surra’. Não gostei, chorei, não gostava de perder, fiquei andando pela pista, acabei assistindo as provas de salto com vara, vi colegas meus tentando bater recordes, pensei ‘que prova fenomenal’. Esta prova me encantou. 

A partir dali eu queria fazer salto com vara. O Liomar então me orientou a treinar com o Júlio (um campeão da modalidade que virou treinador), mas eu morava no Nova Esperança e ele treinava no Bairro das Nações…eu não tinha bicicleta nada…acabei atravessando a cidade de skate…

Falei para o Júlio, mas ele disse que queria me testar nas corridas de fundo..eu disse que não, mas fui treinando, até que um dia cheguei e falei para ele que não iria mais treinar, porque não estava me adaptando e então ele aceitou fazer um teste no salto com vara. 

Os exercícios eram simples, mas eu não conseguia fazer. Demorou uma semana e ele começou a prestar atenção em mim, comecei a fazer salto no colchão…e com um mês de treino eu fui para uma competição e bati recorde mirim, 3,40m…então ele viu que era isso mesmo que eu queria. 

Foi aí que ele começou a me treinar de fato, foram uns 4 anos, meus resultados apareceram rápidos. Fiquei bastante tempo com ele, até aparecer a Daia e o Diogo Gamboa. 

Desde o início consegui bons resultados, regionais, estaduais, brasileiros, em 2016 fui vice-campeão brasileiro escolar e fui para o Mundial na Turquia.

Vai fazer uns 3 anos que treino com Daia e Diogo no salto com vara. 

Sempre fui muito envolvido com esporte, meu sonho sempre foi viajar, estar no meio da galera e minha família não tinha muitas condições. Então eu pensava, meu sonho é viver viajando, então preciso ser bom no esporte.

Lá no início fiz futebol, vôlei, esportes coletivos, mas aí depende muito de todo mundo e eu queria um esporte que dependesse  mais de mim…é eu contra eu mesmo e meu sonho. E encarei de frente.

Comecei a viajar pelo Brasil, conheci muitos lugares, muitas pessoas interessantes e isso é incrível…estou cada vez mais realizando meu sonho…nunca imaginei ir para Turquia…meu sonho quando vim para cá era conhecer São Paulo e Rio de Janeiro. Já fui mais de 20 vezes ou mais para São Paulo, Rio também muitas vezes, tudo graças ao esporte…

Meu sonho foi além, fui até a Turquia e conheci um país extraordinário. E agora esta seleção pelo COB e CBAt e eu vou para o Equador, isso para mim não tem preço. É um sonho de menino virando realidade. 

Minha evolução foi rápida e boa, estou sempre em grandes competições, fui no Brasileiro Sub-16, Sub-18, Sub-20, Sub-23, fui no Troféu Brasil, uma das maiores competições da América |Latina, sempre estou lá… no meio de atletas olímpicos…para mim isso não tem preço. 

Hoje estou colhendo tudo que plantei…”

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