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Atletas paralímpicos estão em Camboriú para formação de duplas com cães-guia

Os atletas paralímpicos da natação Mara Cavalca e Juan Marcelo da Silva Santos estão há uma semana no Centro de Treinamento de Cães-guia do Instituto Federal Catarinense (IFC/Camboriú), para a formação de duplas com os futuros cães-guia Gamma e Gael. 

Mara e Juan participaram da chamada pública resultado de um trabalho conjunto realizado entre o IFC e a Secretaria Nacional de Esportes de Alto Rendimento (SNEAR) da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, com apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A diretora-geral do IFC Camboriú, Sirlei Albino contou que a ideia de contemplar com cães-guia os atletas paralímpicos surgiu de uma visita do secretário nacional de esportes de alto rendimento Bruno Souza para tratar sobre a construção do Complexo Esportivo da instituição. Ele esteve em Camboriú, conheceu o Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-guia. 

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“Permitir que nossos atletas tenham cães-guias é uma forma de incentivá-los a ter mais independência e isso tem impactos até mesmo nos treinamentos”, ressalta Bruno Souza.

Formação de duplas

Os primeiros contemplados na chamada pública receberão os cães-guia ao longo de 2021. Juan e Mara, ambos paranaenses, já estão vivenciando o processo de formação de duplas, que dura, em média, de três a quatro semanas.

“Achei maravilhoso quando surgiu a oportunidade da chamada pública. Pensei que iria demorar, mas foi muito rápido. Estou agora vivendo um processo de conhecimento ao lado do Gael. Ele vai me ajudar e eu darei todo amor e carinho para ele”, disse Juan.

Aos 14 anos Juan perdeu a visão para o glaucoma congênito. Três anos depois, em 2018, ele começou a nadar e não parou mais. Os treinos foram aumentando e as competições também. Juan, hoje com 20 anos, coleciona títulos como o de vice-campeão brasileiro nas Paralimpíadas Escolares (2018), campeão paranaense de natação dos Jogos Escolares (2018) e ouro e prata nos Jogos Paradesportivos do Paraná (Parajaps – 2019). Esses são alguns dos destaques do atleta morador de São José dos Pinhais (PR).

A rotina de Juan era intensa antes da pandemia. De manhã, os treinos, à tarde, a faculdade de física. Detalhe: ele circulava de ônibus e sozinho. Juan acredita que o cão-guia vai melhorar ainda mais a sua mobilidade e segurança.

“Com a bengala é mais complexo. Minha cidade tem um calçamento precário e eu já passei por muitas dificuldades e perigos que não consigo perceber só com a bengala. Nos poucos dias que estou com o Gael notei uma diferença grande. Ele faz o desvio de tudo, consigo “enxergar” com ele. Com o cão-guia vou ter mais autonomia e conseguirei andar mais rápido também”, explicou Juan.

Mara, ao contrário de Juan, nasceu com baixa visão. Nascida de parto gemelar aos seis meses de gestação, ela ficou 54 dias na incubadora e teve retinopatia da prematuridade. Aos 3 anos, por conta de problemas respiratórios, começou a natação. E não parou mais. Campeã estadual desde 2016, campeã regional desde 2017, foi terceira colocada nacional nos 100m peito e, em 2019, quarto lugar na mesma prova. “Gosto de estar sempre na ativa, fazendo o meu melhor. Já viajei bastante pelo país para competir”, disse Mara.

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Quando surgiu o edital para ter o cão-guia, Mara aproveitou a oportunidade, mas sem gerar muita expectativa. Assim como Juan, sabia da demora no processo para ter um cão-guia e de como a tecnologia assistiva ainda é escassa no país. 

“Acredito que com a Gamma terei mais autonomia e segurança para andar. Só vai melhorar!”, afirmou.

Mara já percebeu a diferença de ter um cão-guia, mesmo nos poucos dias de formação. 

“Em pouco tempo já percebi que a Gamma cuida de mim também. Em um dos treinos, ela desviou de alguns fios que estavam no alto. Se eu estivesse de bengala teria batido com a cabeça ou pescoço. Logo que ela vê o obstáculo, Gamma para ou começa a andar diferente. Está me guiando e cuidando. E incrível!”, ressaltou Mara, encantada com a futura cão-guia.

Recentemente, Mara perdeu a avó e o pai para o Covid-19. O pai faleceu na noite em que Mara recebeu a notícia da seleção na chamada pública. 

Tenho certeza que meu pai e minha avó estariam me apoiando para ter o cão-guia”, ressaltou.

#pratodosverem: Ao fundo da imagem, um céu azul e uma paisagem verde. As pessoas estão em pé e de joelhos em um gramado, no Centro de Treinamento de Cães-guia. Em pé: Lairton Luiz Rozza (diretor do departamento de infraestrutura e produção do IFC Camboriú), André Luiz Torrecillas Sturion (Coordenador do Curso de Especialização Lato Sensu de Treinador e Instrutor de Cães-guia), Sirlei Albino (diretora-geral do IFC Camboriú), Stefano Demarco (pró-reitor de administração do IFC), Luis Roberto de Moraes Duarte (diretor do departamento do esporte de base e de alto rendimento), Isabelle Franco (aluna do curso de especialização em treinador e instrutor de cães-guia), Sandro dos Santos (diretor de Programas da SNEAR), Marcel Daoud (diretor de administração e planejamento do IFC Camboriú), Lenara Bernieri (técnica em agropecuária do IFC Camboriú). Abaixados: Ana Cristine Doerlitz (aluna), Mara Cavalca (atleta), Gamma (futura cão-guia) e Juan Santos (atleta) e Gael (futuro cão-guia).

Fonte: Coordenadoria Especial de Comunicação/CECOM

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