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Bicicleta foi a vencedora do Desafio Intermodal do IFC Camboriú

O meio de mobilidade urbana mais eficiente, segundo resultado do Desafio Intermodal Intermunicipal Balneário Camboriú-Camboriú 2024, realizado na quinta-feira (19), é a bicicleta. Promovido anualmente em diversas cidades brasileiras, o Desafio intermodal testa a eficiência de diversas modalidades de mobilidade urbana – automóvel, motocicleta, carro de aplicativo, ônibus, bicicleta e a pé. 

Todos os participantes saíram juntos, exatamente às 18h, do Teatro Municipal Bruno Nitz, na Avenida Central, em Balneário Camboriú, com destino ao campus do IFC Camboriú, na cidade de Camboriú.

Foi o segundo desafio que o IFC promove, desta vez no âmbito do Projeto Ciclobservatório IFC. 

A coordenadora do projeto, professora Roberta Raquel, explica que o desafio é um teste, que simula a saída do trabalho em direção à casa. Por isso, inclusive, é realizado sempre às 18h ou no fim do dia. 

O objetivo é identificar qual é a forma de deslocamento mais eficiente na cidade.

Saída em frente ao Teatro Municipal (Divulgação/IFC)

“Ou seja, qual é o modo de mobilidade mais eficiente. O tempo é uma categoria importante, mas ela não é única. Por isso, a gente utiliza outras categorias de análise para criar esse índice de eficiência. Então, entre as categorias de análise, inclui-se a emissão de gases, ou seja, um índice de poluição, emissão de ruído, ou seja, poluição sonora, o custo despendido para fazer esse deslocamento (o recurso econômico), o gasto energético e o tempo. O conjunto dessas categorias que criam o índice, uma metodologia utilizada por várias associações cicloativistas, mas também pela Universidade Federal do Paraná, que tem um projeto e utiliza essa metodologia e que já é  bem consolidada”, diz.

Roberta aponta que, embora a moto geralmente chegue primeiro, como em 2023, neste ano surpreendentemente a bicicleta chegou primeiro. Porém, o tempo não é a garantia de ficar bem colocado no sentido do índice. 

A colocação final foi a seguinte: bicicleta (82,14 de índice de eficiência), pedestre (78,09), ônibus (72,17), moto (66,40), automóvel (64,54) e aplicativo (53,32). 

“Porque o elemento de emissão de gases, o elemento de emissão de ruídos, de custos, de gastos que se fez no deslocamento, para se deslocar, também são considerados”, acrescenta.

A professora comenta também que a ideia do projeto é poder produzir informações, dados e conhecimentos suficientes para que o poder público utilize isso no bem comum. 

“Por exemplo, criando políticas públicas voltadas à mobilidade ativa, pedestres e ciclistas. A ideia do desafio também é mostrar que a mobilidade precisa ser uma mobilidade boa tanto para a sociedade quanto para o meio ambiente. E quando a gente fala da sociedade não é só no campo do indivíduo, ou seja, talvez individualmente um carro, uma moto seja melhor, mas e socialmente? E o ônus que esses modos de se deslocar pela cidade provoca para um todo? Quando a gente fala de eficiência, a gente está falando de médio e longo prazo. Mas eu diria, inclusive, curto, porque o que a gente está vivendo hoje, por exemplo, nas condições climáticas, tem a ver com isso”, completa.


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