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Clínica catarinense especializada no atendimento a transgêneros comemora avanços

Muito ainda precisa ser feito

Em 28 de junho de 1969, gays, lésbicas, travestis, drag queens, entre outros da comunidade LGBTQIA+ deram um basta contra a violência e abuso de poder da polícia em bares gays de Nova Iorque. Foram seis dias de luta pelo simples direito de existir como ser humano. O movimento considerado moderno recebeu o nome de Rebelião de Stonewall, nome do bar que sofreu a invasão da polícia logo no começo do dia 28 de junho. Em 2014, o bar, que ainda está de pé virou monumento nacional, sendo o primeiro monumento dos Estados Unidos da América a homenagear a comunidade no país.

De lá pra cá, muita coisa mudou! A visibilidade ganhou espaço e o direito de se ver em campanhas publicitárias, ou filmes e novelas trouxe à população em geral mais informações acerca do tema, o que em parte amenizou o preconceito, característico do desconhecimento. Porém, as notícias assustam.

Infelizmente o Brasil ainda é um dos países que mais mata gays e transexuais no mundo. Mesmo com alguns avanços, como o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo e a possibilidade de doação de sangue por pessoas LGBTQIA+, alguns números preocupam. Embora em 2020 tenha havido uma queda de 28 % no registro de mortes motivadas pela LGBTIfobia no país, comparativamente ao ano de 2019, ainda assim foram 237 mortes, segundo o Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil em 2020 produzido pelo Grupo Gay da Bahia. Mortes motivadas apenas pelo ódio, intolerância e preconceito!

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A sigla, que mais parece uma sopa de letrinhas, na verdade representa diversos grupos, formados pelas iniciais de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queers, Intersexuais,

Assexuais, +: Inclui todos as outras orientações de sexualidade e gênero.

Para o médico José Carlos Martins Junior, que lida diretamente com este público o preconceito ainda é a pior arma da sociedade contra estas pessoas. 

“O simples fato de apontar, rir, ou se afastar, já causa sofrimento a este público, cuja única intenção é ser aceito, ou no mínimo respeitado”, comenta. 

A clínica que o médico e seu sócio, Cláudio Eduardo de Souza comandam em Blumenau já atendeu mais de 400 pacientes transgêneros e eles sabem bem como é lidar com as expectativas, medos e frustações destas pessoas. 

A Trangender Center Brazil é especializada no atendimento de pacientes Transgêneros em transição de Masculino/Feminino e Feminino/Masculino, e através de uma equipe multidisciplinar oferece apoio e suporte e estes pacientes.

Ano passado, pensando em desmitificar informações erradas sobre este público, mas também em trazer orientações aos trans, José Carlos Martins lançou o livro “Transgêneros: Orientações médicas para uma transição segura”, o primeiro em português sobre o tema. Entre os assuntos abordados estão Terapia hormonal, Cirurgia de feminização e Masculinização facial, Feminização e Masculinização corporal e Redesignação sexual masculina e feminina. O livro conta com a colaboração do médico Claudio Eduardo de Souza, especialista em Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Cirurgia Craniomaxilofacial.

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Atuando diretamente com estes pacientes, a equipe lida diariamente com os anseios e a busca por aceitação destas pessoas. 

“Se aceitar como pessoa trans não é fácil. São etapas, desafios, medos e preconceitos até a pessoa entender que possui um sexo biológico diferente ao qual foi designada. Chegar ao ponto de fazer uma cirurgia, leva tempo e é necessário um suporte psicológico constante. Estas pessoas só querem ser respeitadas em sua naturalidade, terem seus talentos e vontades reconhecidos, mas ainda precisam lidar com a intolerância e preconceito. Isso precisa acabar!”, desabafa o médico José Carlos Martins.

“O preconceito só pode ser combatido com informação e aceitação, e nós da Trangender Center Brazil temos orgulho de fazer parte desta luta”, disse José Carlos Martins Junior.

Texto e foto: Alex Ferrer

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