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Balneário Camboriú
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Conferência discutiu futuro da Zona Costeira de SC: falta de planejamento pode gerar problemas para as cidades

São 41 municípios na zona costeira e basicamente 30% da população catarinense vive nessa faixa

O futuro da zona costeira catarinense, a qual Balneário Camboriú pertence, precisa estar totalmente atrelado à sustentabilidade, planejamento e infraestrutura. Essa questão foi amplamente discutida na I Conferência Zona Costeira Santa Catarina 2023, que aconteceu nesta semana (26 a 28/6), na Univali de Balneário Camboriú. 

Marcus Polete (Arquivo Pessoal)

O organizador da Conferência, professor e pesquisador, Marcus Polette, salienta que os resultados da Conferência foram ‘bem positivos’, visto que demonstraram que a zona costeira de SC tem grandes desafios, oportunidades e potencialidades. 

Os desafios, dentro do que foi tratado, são focados no processo de urbanização e o maior adensamento demográfico, demonstrado inclusive no censo do IBGE – um exemplo é Camboriú, que está entre os 10 municípios do Brasil com maior incremento demográfico (na 6ª colocação), além de Florianópolis, que está entre as 10 capitais brasileiras que mais tiveram crescimento populacional. 

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Um estudo da Fiesc também aponta que três trechos da região já estão acima de sua capacidade de tráfego – Joinville, Navegantes x Itapema e Grande Florianópolis. 

(Foto Renata Rutes)

“Ou seja, mais do que nunca, temos que entender o que está acontecendo dentro da costa de SC e que são necessários programas de planejamento, como é o caso do mapeamento do zoneamento costeiro, para que a costa catarinense tenha um futuro promissor. Temos 41 municípios na zona costeira e basicamente 30% da população de SC vive nessa faixa, e grande parte da economia de SC está focada nesta região”, diz.

Indicadores poderão ser utilizados para eleições de 2024

Durante o evento foram realizadas 16 mesas redondas, com a participação de 80 palestrantes, incluindo representantes dos governos de SC e Federal, além de prefeituras, ONGs e iniciativa privada (construção civil, setor imobiliário, portos e naval). 

“A ideia é promovermos neste ano o primeiro perfil de indicadores da zona costeira de SC, porque queremos entender o que está acontecendo nas cinco regiões costeiras (norte, centro norte (onde está Balneário e Itajaí), central, centro sul e sul) nos mais diversos temas, ambientais, sociais e econômicos, e também de governança. Queremos que esses indicadores possam servir para que em 2024 os prefeitos possam se orientar com esses indicadores para suas campanhas de governo, visto que indicadores vão revelar onde estão as prioridades a serem pensadas nas gestões de governo 2025-2029”, afirma.

“Precisam entender a diferença de tempo entre processo de urbanização e chegada da infraestrutura”

Polette vê que todas as cidades estão escolhendo os seus destinos, e uma prova disso é a liberação de construção de prédios na Avenida Atlântica independente da altura, como o de mais de 500m, que foi liberado pela prefeitura – esse tema inclusive foi discutido em uma das mesas redondas.

“Logicamente é importante entender que existem elementos de capacidade de carga que limitam crescimento contínuo e sem planejamento. Todas as cidades precisam de água, energia, saber onde vai ocorrer destinação de seus resíduos, saber os problemas que geram falta de balneabilidade e desmatamento da vegetação… e consequentemente tende a limitar o crescimento dos municípios porque todo mundo precisa de água e a água precisa ser de qualidade e em volume suficiente para chegar a todos os habitantes. A grande questão é exatamente a medida que setores econômicos se desenvolvem, e que precisam entender a diferença de tempo entre processo de urbanização e chegada da infraestrutura, que é muito diferente. Um prédio é levantado muito mais rapidamente do que é realizada uma obra de infraestrutura”, comenta.

Um exemplo citado por Polette é a construção civil de Balneário, e em paralelo o saneamento de Camboriú, que até hoje não foi feito e, quando a obra iniciar, deve levar vários anos para ser finalizada. 

“As mudanças de clima estão por aí, problemas como alagamentos e inundações podem ocorrer de forma muito constante e para isso as prefeituras precisam entender que para atender essa demanda, vão precisar de muitos recursos; e a e grande questão é essa – a maioria dos municípios costeiros de SC ainda são municípios sem grandes infraestruturas, municípios pequenos que não estão preparados dentro da administração municipal a enfrentarem esse problema. Mais do que nunca, sem integração dos governos com a sociedade, iniciativa privada e universidades, dificilmente os problemas serão resolvidos. É momento de muita união, estamos no momento de que ‘esse é o momento’, por isso as iniciativas precisam receber apoio de todos, porque estamos todos dentro do mesmo lugar chamado planeta terra”, completa.

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