- Publicidade -
- Publicidade -
23.3 C
Balneário Camboriú

Entrevista: Maria Bernardete Pavan, “Não quero status e nem poder, só contribuir como uma entusiasta de meu marido e de minha filha”

Maria Bernardete Pavan, 68, tem motivo duplo para comemorar neste Dia Internacional da Mulher: é primeira dama de Camboriú e mãe da primeira prefeita mulher de Balneário Camboriú

Página 3 no Instagram
- Publicidade -
- Publicidade -

Leia também

Mercado público já era, a praça da Barra em Balneário Camboriú será valorizada

Decisão envolvendo a Praça dos Pescadores, no Bairro da Barra em Balneário Camboriú foi tomada, e o espaço será valorizado.

Fabrício planejou em segredo privatizar a educação infantil de Balneário Camboriú

Privatização poderia ocorrer também em Camboriú, Porto, Belo, Navegantes e Luis Alves. 

Apresentado ao Conselho da Cidade o projeto do parque de neve em Balneário Camboriú

" ...é um investimento importante, de alto valor, diferenciado, que cria emprego e renda, com um hotel de categoria que a cidade precisa e num local, o Nova Esperança, com muito potencial para crescer."
- Publicidade -
- Publicidade -

Em entrevista ao Página 3, Dete como é conhecida, confessa que nunca imaginou que Leonel disputaria mais uma eleição, achou que tinha encerrado a carreira política, mas hoje sente que de fato, ele tem muito a contribuir e ela que sempre atuou em projetos sociais, vai continuar, porém como voluntária e cidadã.

Mas como mãe da prefeita Juliana Pavan, ela se confessa uma mulher orgulhosa e emocionada.

“Foi uma decisão desafiadora da minha filha e estarei sempre pronta para aconselhar e ajudar no que for preciso, como mãe e mulher”, afirmou.

(Foto Arquivo Pessoal)

Dete é natural de Itajaí, formada em Estudos Sociais e Geografia, casada há 43 anos com Leonel Pavan, mãe de Juliana Pavan, 41 anos e Júnior Pavan, 40 anos e avó de Maria Giulia, Valentini e Leozinho.

É aposentada depois de 38 anos no serviço público de Balneário Camboriú. Nesse período trabalhou com oito prefeitos, o primeiro deles foi Gilberto Américo Meirinho. Nos governos do marido Leonel Pavan, ela atuou como secretária Municipal da Mulher, da Criança, do Adolescente, do Idoso, do Trabalho e do Desenvolvimento Comunitário. 

É reconhecida até hoje pelos trabalhos em projetos sociais, como na construção dos Centros Comunitários nos bairros para idosos; o Pequeno Marceneiro e o Leite Amigo Pão; participou da implantação da Casa da Sogra; criou o programa Agito no Bairro junto com outras secretarias municipais, entre outros.

Nesta entrevista, Dete fala sobre essa ‘inesperada’ volta ao cenário político, desta vez, em dose dupla, na cidade mãe governada pelo marido Leonel Pavan e na cidade filha, sob o comando da sua primogênita, Juliana Pavan.

Acompanhe:

JP3 – Em sua longa carreira no serviço público e sua experiência como esposa de político eleito e reeleito, imaginou alguma vez que, em 2025, se tornaria primeira dama de Camboriú e no mesmo dia, mãe da primeira prefeita mulher de Balneário Camboriú? 

Bernardete Pavan – Nessa jornada de 45 anos na política nunca imaginei que ele iria ser candidato a prefeito de Camboriú. Pensei que iria se aposentar de vez, mas a vontade de seguir contribuindo com a sociedade falou mais alto. E como mãe de prefeita, com certeza, aí a emoção transborda, pois foi desafiadora a decisão da minha filha. Ser mãe de prefeita me deixa emocionada e orgulhosa. Juliana é uma mulher de garra, corajosa e de muita luta. Sempre tem os dias bons e os de dificuldades, mas sempre falo para ela nunca esquecer, em todos os momentos: estou aqui para escutar,  dar o ombro para afeto e dar sempre conselhos de mãe e de mulher.                  

(Foto Arquivo Pessoal)

JP3 – Uma curiosidade de muita gente, é saber em quem votou em outubro…afinal sempre foi moradora de Balneário Camboriú…

- Continue lendo após o anúncio -

BP – Votei na minha filha… imagine se não votaria… Qual mãe não votaria com grande orgulho, porque sei que ela é determinada e vai fazer a diferença. Não poderia deixar de votar nela. 

JP3 – Qual foi o sentimento com a revelação das urnas naquele dia?

BP –  O sentimento com a revelação do resultado das urnas foi de chorar de alegria e grande emoção. Depois de todos os ataques que minha família sofreu numa das eleições mais sujas da história de nossa cidade, ver o reconhecimento do povo foi de lavar a alma.           

JP3 – Sua trajetória na política começou junto com o casamento ou quando o Leonel se candidatou pela primeira vez a vereador em Balneário Camboriú?

BP – A minha trajetória na vida pública iniciou quando o Leonel foi vereador, ali iniciou tudo. Eu já trabalhava na prefeitura, pois era concursada desde o governo do prefeito Meirinho, e hoje sou aposentada, depois de 38 anos na prefeitura.    

- Continue lendo após o anúncio -

JP3 – Como descreveria o período em que foi primeira dama de Balneário Camboriú em dois governos consecutivos. Que projetos gostaria de destacar daqueles anos?

BP – No período de esposa do prefeito um grande destaque foi o Leite Amigo Pão. Todos os nossos projetos foram grandiosos, porque fazíamos com amor muito carinho, pensando no desenvolvimento da cidade e sempre com destaque para a ação social.

JP3 – Quais são as melhores lembranças dessa experiência no governo de Balneário Camboriú, que era totalmente diferente da Balneário de hoje?

BP – As melhores lembranças são fruto do reconhecimento das pessoas, que mudaram de vida e lembram felizes dos nossos projetos sociais.                

JP3 – E quais são as lembranças ruins deste período?

BP – A lembrança ruim foi quando tiraram as creches da gestão da Secretaria de Inclusão Social, e não me avisaram, somente após dois meses. Estruturei a rede municipal de atendimento às crianças, e a mudança sem transição foi muito triste e decepcionante, por parte do prefeito da época (Spernau).                                 

JP3 – É muito difícil ser mulher de político? Quais são as vantagens e quais as desvantagens?

BP – Não é difícil, já estou acostumada com a rotina: vantagem nenhuma, e os desgastes não entendo que seja desvantagem. Vivo o momento, fazendo o bem e em paz comigo e com meus compromissos.              

JP3 – Com toda essa bagagem e conhecimento você nunca foi candidata…

BP – Teve uma época que colocaram meu nome, as pesquisas indicavam que tinha grande aprovação. Mas a política é de momento, e refleti, achei que seria melhor cuidar da minha família e seguir ajudando em bastidores.

JP3 – Em 2010 tornou-se primeira dama de Santa Catarina. Como foi essa experiência? 

BP – Em 2010 foi ótima a experiência, foi lindo, fiz muitos projetos sociais inovadores, olhando para públicos que antes eram esquecidos pelo governo. Ajudei muitos municípios com a Fundação Nova Vida, tinha uma excelente relação de parceria com as primeiras-damas das cidades. Atuei junto com Leonel em momentos de dificuldade, auxiliando municípios após tragédias climáticas, sempre com olhar voltado para a segurança e proteção das famílias.

(Foto Arquivo Pessoal)

JP3 – O que gostaria de destacar desse período?

BP – Todos os projetos sociais realizados em 2010 foram marcantes: doações de Cadeiras de Rodas, Remédios e Mantimentos para as famílias e destinação de apoio permanente para ONGs, Hospitais, Presídios e Penitenciárias. Era um trabalho lindo, feito pelas mãos parceiras de muitas voluntárias que me ajudaram.

JP3 – Uma das áreas em que você mais investiu todos esses anos foi no social. Camboriú tem muitas carências nesta área, o que está planejando para a população daquela cidade?

BP – Onde precisarem da minha pessoa estarei sempre à disposição em todas as áreas, não mais em cargos públicos, não quero status e nem poder. Se puder ajudar, aconselhar e contribuir como uma entusiasta, sempre estarei à disposição de meu marido e de minha filha. E é claro, colocando a mão na massa também, mas como voluntária e cidadã.                             

JP3 – O Leonel tinha 35 anos quando foi eleito prefeito pela primeira vez. Hoje ele tem 70, já passou por um grave problema de saúde, você imaginou que ele iria se candidatar novamente? O ritmo mudou?

BP – Jamais imaginava que ele quisesse voltar a atuar na política, disputando eleições. Com certeza nada mudou… ele sempre atuante e sempre sem tempo… mas esse é o estilo que consagrou sua liderança, seu perfil popular. Acordar cedo e achar que as pessoas estão acordadas tipo 5 da manhã… ele trabalha muito, e os secretários que se virem!                                 

JP3 – Lembro que no primeiro governo do Leonel, Juliana e Junior eram crianças e ele sempre dizia que ‘ela puxou muito ao pai, porque é brava etc’. Você acha que essa influência da política na vida dela desde criança é responsável para chegar onde chegou?

BP – Com certeza a influência na política ela teve com o pai… o exemplo e o legado fez com que ela sentisse a vontade de ser uma política guerreira, sempre atuante e comprometida com a nossa terra. Não diria que a Juliana é brava, mas ela tem sim muita personalidade de querer fazer o melhor para as pessoas, e de cuidar dos mais necessitados. Definiria minha filha em duas palavras: humana e corajosa.                      

JP3 – Pai e filha falam bastante em resolver problemas em conjunto para os dois municípios e muita gente fala que a hora é agora. Que problemas você alinharia neste conjunto? 

BP – Sim, eles falam muito – sempre trocando ideias e debatendo projetos para as duas cidades. Creio que o maior problema e o mais urgente seria resolver a despoluição do rio Camboriú e ampliar a captação e tratamento de água para as duas cidades.

(Foto Arquivo Pessoal)

JP3 – Como definiria Leonel Pavan, prefeito de Camboriú?

BP – Definiria Leonel Pavan como prefeito inteligente e muito experiente. Sempre conversamos sobre vários assuntos. Falo sempre para ele nunca deixar de ajudar as pessoas mais necessitadas, olhar com muito carinho para elas.

JP3 – Como avalia a filha prefeita após 60 dias de governo?

BP – 60 dias da Juliana prefeita? Uma potência! Porque pegar um governo cheio de heranças malditas do governo anterior, enfrentar de peito aberto e trabalhar com ousadia, tem que ter raça…             

JP3 – Ela ouve conselhos da mãe?

BP – Juliana sempre me ouve, temos muito diálogo e respeito. Conversamos sobre tudo, eu tento não me meter no dia a dia, mas somente contribuir com ideias. Na verdade eu sempre aprendo muito com ela. 

JP3 – Espaço aberto para o que mais quiser colocar…

BP – Agradeço por mais essa oportunidade, por esse espaço que você me dá para que eu possa falar com todo meu coração sobre minha experiência na vida pública de Balneário Camboriú. Sou muito grata a essa cidade e ao seu povo por tanto apoio e carinho que eu e minha família recebemos em toda esta trajetória. 

Clique aqui para seguir o Página 3 no Instagram
Quer receber notícias do Página 3 no whatsapp? Entre em nosso grupo.
- publicidade -
- Publicidade -
- publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas