O prefeito de Camboriú, Élcio Kuhnen não participou da rodada de negociações com o movimento grevista, liderado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sisemcam), na tarde desta terça-feira (15), mas hoje decidiu entrar na justiça para acabar com a greve.
Quem representou o Executivo na negociação foi o procurador jurídico da prefeitura, Hélio Derene Filho. Depois disso, o prefeito divulgou em uma live divulgando o que foi proposto na reunião: a readequação de cargos e salários do quadro geral, além de oferecer um adicional de R$ 423,00 para o magistério.
Na assembleia logo após a reunião, os grevistas aceitaram a readequação do plano de cargos e salários, mas não aprovaram o adicional aos professores, que consideraram ‘um absurdo’.
A greve que já dura quatro dias tem cerca de 450 funcionários do magistério mobilizados.
O Executivo deve 8,84% do repasse do Fundeb aos profissionais da educação. Neste ano, os índices são ainda maiores: 10,06% valor do IPCA e 33,24% de repasse do governo Federal.
A ação judicial do Executivo pede o fim da greve e alega dificuldades fiscais para pagar o que é devido ao funcionalismo.
Segundo a comissão de negociação, o adicional para o magistério rejeitado pela categoria, não foi oficializado.
“Até agora não tivemos estudos que comprovem a incapacidade de pagamento. Nenhum detalhe sobre como incidirá esse valor, período e cargos. Tudo feito às pressas e sem embasamento para a discussão com a categoria”, explica a presidente do Sisemcam, Luciana Sobota.
O advogado do Sisemcam, Éliton Debacker adiantou que a defesa vai demonstrar a situação que o servidor da educação vive desde 2020, e apresentar os artigos da Lei Municipal que nos dão direito a receber os índices em atraso.
“O movimento continua, visto que não há qualquer decisão”, disse o advogado.