O Ministério Público de Balneário Camboriú está investigando e pedindo impugnação de candidatos ao Conselho Tutelar que estão recebendo apoio de políticos, porque é vedado pela legislação que diz “”não será permitido nas propagandas nenhum tipo de apoio político-partidário, não serão toleradas a vinculação político-partidária das candidaturas e a utilização da máquina eleitoral dos partidos políticos”.
A eleição é dia 1º de outubro e um dos candidatos a uma das vagas de membro da comunidade, Ricardo Oliveira Garozzi, o Dinho, que até dias atrás era assessor do prefeito Fabrício Oliveira, está pedindo votos associando descaradamente sua imagem ao próprio prefeito e a cargos comissionados do governo municipal.

Ele é um dos candidatos que o Ministério Público pediu impugnação, pois se colocava como o ‘candidato do governo’, com direito a eventos reunindo comissionados, secretários municipais; foi às ruas acompanhado de Artur Gayer, da Fiscalização, e Mazinho Miranda, do Esporte, além de receber apoio público do secretário de Educação, Marcelo Achutti, e de Christina Barichello, da Inclusão Social.
Há dois processos contra Dinho em andamento, o do pedido de impugnação da candidatura ao Conselho Tutelar e, por parte do promotor da moralidade, por comportamento ímprobo, atingindo os políticos envolvidos, inclusive o prefeito.
O Página 3 abriu espaço para manifestação do candidato, mas ele visualizou a mensagem e não enviou resposta.
LICO E CRISTIANE
O MP pediu a impugnação de dois outros candidatos, Lico Passos e Cristiane Amorim, pelo mesmo motivo, ambos divulgaram materiais onde os vereadores Nilson Probst e Marcos Kurtz declaram apoio.
ANNA GAZANIGA
O Página 3 também foi informado sobre a candidata à vaga de Psicologia, Anna Gazaniga, que é prima do vereador Victor Forte. Os dois publicaram um material juntos (e já excluído das redes sociais), gravado em uma feira da cidade, comendo pastel e pedindo votos, informando que “pode ser clichê candidato pedir voto na feira, mas que Anna seria pé na rua”, o mesmo slogan que o vereador utiliza.
A postagem foi apagada por Victor Forte, mas ficou no registro do Google, como pode ser visto abaixo.

O jornal entrou em contato com Anna e Victor, mas ambos informaram que preferem não se pronunciar.
A eleição ao Conselho Tutelar visa preencher duas vagas de membro da comunidade; uma de psicólogo, uma de bacharel em Direito e uma de assistente social.