O Tribunal do Júri em Itajaí, presidido pela juíza Anuska Felski da Silva, titular da 1ª Vara Criminal, condenou nesta quarta-feira, 17, dois dos acusados pela morte do engenheiro Sérgio Renato Silva, assassinado em fevereiro de 2017, supostamente por contrariar interesses mafiosos de construtores de Balneário Camboriú.
Sergio Renato era o rigoroso responsável pela aprovação de construções na prefeitura de Balneário e foi assassinado ao investigar, por conta própria, fraudes em projetos, incluindo a falsificação da sua assinatura.
A investigação foi demorada e difícil, mas a polícia conseguiu chegar aos executores e a uma suposta mandante, Vera Lucia da Luz, a Verinha, despachante especializada que, surpreendentemente, tinha quase que livre trânsito na Secretaria do Planejamento de Balneário Camboriú.
No julgamento desta quarta-feira, foram condenados Celso Machado, a 3 anos, 11 meses e 24 dias de reclusão e Leandro Ribeiro, a 14 anos. Este último está foragido.
O processo foi desdobrado e na sequência serão julgados Guilherme Kurt Habeck e Paulo Anderson Morais dos Santos.
O advogado de “Verinha”, Guilherme Stinghen Gottardi, informou que ainda não há sentença de pronúncia contra ela, portanto sem previsão de julgamento pelo Tribunal do Júri.
“Aguardaremos o encerramento da instrução processual, em trâmite na 1a Vara Criminal da Comarca de Itajaí, na qual pretendemos demonstrar que a versão apresentada pelo Ministério Público não condiz com a realidade dos fatos”, resumiu o defensor.