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Emasa polui o Parque Bandeirantes com extravasor de esgoto

Através da vereadora Juliana Pavan, moradores denunciaram uma vala na Rua Bartolomeu Bueno da Silva, no Jardim Parque Bandeirantes, onde todo final de tarde havia ‘extravasão’ de esgoto da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Emasa.

A vereadora explicou que a vala em questão recebe os dejetos da estação de tratamento e da antiga lagoa desativada, por isso, a situação é ainda mais grave e precisa ser resolvida o mais rápido possível.

Segundo a vereadora, a situação havia sido relatada pelos moradores e nada foi feito, por isso ela foi ao local verificar, porque o esgoto cai no rio Camboriú e dali no mar.

“Em determinado momento, enche de esgoto, que é o vídeo que recebemos, gravado pelos moradores”, acrescentou Juliana Pavan.

Diretor da Emasa diz que da ETE sai somente esgoto tratado

O diretor geral da Emasa, Douglas Beber, explicou que passa um ‘curso d’água’ dentro da ETE, por onde sai parte do esgoto tratado, que tem como ponto final o Rio Camboriú.

“Tem uma vala que sai da ETE, mas ali passa somente o esgoto tratado. O que estão tentando falar por questão política, para tentar manter o assunto em dia (a ETE passa por uma situação caótica, com problemas na principal lagoa de tratamento), é que sai esgoto sem tratamento da estação e não existe como, não tem como sair sem ser tratado. O esgoto entra e já passa pelo primeiro tratamento, que é o preliminar, por mais que tivesse desvio, toda a retenção de sólidos – absorvente, papel, cabelo, tudo é retido no gradeamento”, disse.

Douglas disse que a vala já existia e que são realizadas limpezas nela. Ele informou que o material acumulado registrado pela vereadora seria lodo e não fezes.

“Pelo o que vi no vídeo encaminhado, é com a limpeza da Secretaria de Obras, mas a vala sempre existiu, onde acumulava tudo o que é coisa, por isso está sendo feita a limpeza”, afirmou.

Após informações do Página 3, ponto foi lacrado

O local lacrado após o Página 3 questionar. Se não extavasar esgoto, por qual motivo lacraram?

O diretor-técnico da Emasa, Alexandre Motta, disse que a obra que acontece na vala tem o objetivo de desassorear o canal e é realizada pela Secretaria de Obras.

Alexandre comentou que o extravasor pode ter sido feito (e foi) quando a Casan operava as lagoas da atual ETE e que, possivelmente, era o canal de lançamento do efluente tratado.

Ele afirmou que seria ‘impossível’ extravasar pelo ‘buraco’ na vala, salientando que o ponto de efluente é tubular e sai às margens da BR-101.

O Página 3 enviou ao diretor o vídeo gravado na quarta-feira (15), onde aparece o ponto jogando esgoto na vala e ele disse que pode ter rompido a tubulação de lançamento do efluente tratado, já que ‘não teria sentido’ ter um extravasor neste ponto, no final da rede de lançamento.

A Emasa então enviou uma equipe ao local, na manhã desta quinta-feira (16) para lacrar o ponto.

“Não é para acontecer mais [extravasão]. De qualquer forma, com a modernização da ETE, que vai acontecer, também iremos ampliar este emissário de forma a atender a demanda futura da nossa cidade”, acrescentou, após ser feito o reparo no ponto denunciado pela comunidade.

É esgoto sim

Embora os diretores da Emasa aleguem que se trata de esgoto tratado, a realidade é que o tratamento na ETE está com baixíssima eficiência, fato público noticiado pelo Página 3, após escutar o Instituto do Meio Ambiente (IMA), portanto o que está caindo na vala é esgoto mal tratado, que é poluidor e exala mal cheiro.

Nos últimos dias o diretor geral da Emasa adotou o discurso de que se trata de exploração política, quando em verdade é má administração, que acabou obrigando a autarquia a firmar Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, após a aplicação de multas milionárias por parte do IMA.

Secretário de Obras diz que limpeza não parou

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O secretário de Obras, Osmar de Souza Nunes Filho, o Mazoca, disse que a limpeza da vala não parou, mas que quando chove não conseguem seguir com o trabalho, que vem sendo feito após pedidos de moradores, até a ‘divisa’ com o terreno da ETE.

“Sempre estou à disposição de todos, me ligam e atendo. Não escondemos nada, mas não tem como limpar uma vala sem sujar. A limpeza continua, a obra não parou. Se tem extravasor da ETE ali, não podemos fazer nada, mas limpamos mesmo assim. O extravasor sempre esteve ali, desde 1985, quando inauguraram o sistema de esgoto de Balneário Camboriú”, completou.


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