(Por Renata Rutes e Waldemar Cezar Neto)
A Emasa está realizando estudos para tentar colocar em operação novamente o tanque de aeração da estação de tratamento de esgoto, visando evitar que a cidade tenha mais uma temporada de verão com a praia central poluída.
Esse tanque deveria estar em funcionamento, mas um serviço mal executado de colocação de uma manta de impermeabilização (geomembrana), impede o tratamento do esgoto da forma como deve ser feito.
Originalmente, quando as lagoas de esgoto foram construídas pela Casan, o isolamento dos tanques para evitar a contaminação do lençol freático, era feito através de uma camada de argila.
A Emasa quer mostrar ao Ministério Público e à fiscalização do Instituto do Meio Ambiente que é possível com isolamento por argila até que um novo sistema seja concluído, no prazo de um a dois anos.
É fato concreto que isolar o lençol freático com argila não oferece a segurança ideal, mas os estudos querem demonstrar que ninguém consome água de poço nas redondezas; que o lençol freático flui para o rio Camboriú, que já está poluído e que alguma poluição pontual, gerada temporariamente pelo tanque de aeração, é menos maléfica à sociedade do que a praia central imprópria para banho durante a temporada.
O diretor geral da Emasa, Douglas Costa Beber Rocha, explicou ao Página 3 que o tratamento atual pode resultar numa eficiência de 50% a 30%, por isso ele defende o uso da lagoa, mesmo que precário, porque consegue entregar 70%.
O governo Fabrício de Oliveira, que prometeu durante a campanha eleitoral, um conjunto de “Novas Ideias”, dentre elas águas limpas, fracassou na promessa, pois o tratamento de esgoto é precário e um novo sistema ainda não tem sequer fonte de dinheiro assegurada.