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Balneário Camboriú
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“O Rio Camboriú precisa ‘ressuscitar’”, diz prefeito de Camboriú

A necessidade urgente de ações que garantam a sobrevivência do Rio Camboriú, esbarra com frequência na falta de atitudes mais enérgicas do Executivo de Camboriú. Sempre que a poluição do rio é questionada, a resposta refere que o municipio vizinho não tem rede esgoto.

Pacto pelo Rio Camboriú foi assinado ainda em 2017, mas até hoje nada foi feito (Foto Divulgação/AMFRI)

O prefeito de Camboriú, Elcio Kuhnen disse ao Página3 nesta segunda-feira (16) que basicamente o problema todo é falta de dinheiro para investir em obras que podem resolver o problema: o Parque Inundável e a implantação da rede de esgoto sanitário.

Elcio abordou todos os pontos, citando que, para a criação do Parque Inundável, é necessário apoio do empresariado local e das duas cidades, já que Camboriú não possui condições financeiras de bancar todo o projeto, além de Balneário também depender do Rio Camboriú para o seu abastecimento.

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No Dia Mundial do Meio Ambiente, o jornal produziu uma reportagem especial com a opinião de envolvidos na causa ambiental em Balneário e Camboriú, que salientaram que os nossos rios pedem atenção urgente. Leia aqui.

Parque Inundável: criar taxa de reserva hídrica

A área do Parque Inundável (Foto Celso Peixoto)

O prefeito disse que participou de uma reunião na última semana com a Univali, sobre o projeto Rio Camboriú 2030, e salienta que está aberto a discutir e resolver a situação. Ele pontua que as medidas que pôde fazer através do Poder Executivo, como proibir novos loteamentos e o impedimento de vendas de terrenos na área do Parque Inundável, foram feitas.

“Agora tem a questão financeira. De forma suprapartidária e regional, é extremamente necessário que todas as empresas, seja autarquia como a EMASA, seja a Águas de Camboriú, as duas prefeituras, os poderes legislativos, o próprio Ministério Público, as universidades, de forma conjunta, todos precisamos unir esforços para dar o primeiro passo. E o primeiro passo é transformar uma taxa de reserva hídrica em realidade para que a gente possa começar a fazer o pagamento dos proprietários dessas áreas [estimado em R$ 150 milhões] e começar a construção dessa barragem, o Parque Inundável, que tem o custo-benefício mais favorável comprovado por técnicos e temos que dar celeridade”, salienta.

Elcio lembra, assim como já foi citado outras vezes, que mesmo o Parque ficando em área de Camboriú, não é possível que somente a cidade arque com os custos e que a parceria com Balneário Camboriú é essencial.

Em 2019, durante reunião da AMFRI, Elcio e Fabrício selaram acordo para tratamento de esgoto, o que também não foi para frente (Foto Divulgação/AMFRI)

“Eu estou hoje como prefeito de Camboriú e o Fabrício Oliveira como prefeito de Balneário e precisamos unir esforços para que, dentro da linha do tempo, possamos dar o primeiro passo para o Parque Inundável realmente acontecer”, afirma.

Obra de esgotamento sanitário está sendo discutida

Outro ponto que Camboriú precisa resolver é a questão do esgoto, já que hoje o município não possui sistema de tratamento e os dejetos são encaminhados diretamente ao Rio Camboriú.

“Nós temos da parte de esgotamento sanitário uma proposta que foi aprovada por audiência pública que seria o repasse à empresa Águas de Camboriú para taxar o munícipe de Camboriú e assim construir a unidade de tratamento de esgoto na cidade. As obras da estação de tratamento de água iniciam já neste ano”, conta.

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Porém, a prefeitura de Camboriú conta com outra possibilidade: através do marco regulatório estão em busca de recursos da União a fundo perdido.

“Na casa de R$ 100 milhões, com o projeto executivo já pronto para que a gente possa licitar e executar a obra. Não havendo possibilidade de recurso a fundo perdido da União, nós deveremos ter uma posição ainda este ano para possivelmente, em parceria com a própria empresa que tem a concessão, dar início no esgotamento sanitário de Camboriú, que é uma obra importantíssima”, diz.

“Precisamos trabalhar juntos, Camboriú e Balneário”

Reunião com a Univali, na semana passada (Foto Divulgação/Univali)

O prefeito conta que conseguiram autorização do IMA (Instituto do Meio Ambiente) para iniciar a dragagem de alguns pontos do Rio Camboriú. A expectativa é abrir uma licitação para fazer o trabalho.

“Mas o Rio Camboriú precisa ‘ressuscitar’, essa é uma grande missão que nós levaremos adiante. E precisamos trabalhar juntos, Camboriú e Balneário, porque o rio é toda a nossa fonte de água, com estudos que provam que não vai ter água em produção natural com capacidade para atender os municípios nas próximas décadas, então o momento é de dar celeridade e de forma inteligente antecipar esse problema para que não corramos o risco de ver um estresse hídrico que será a falta de água para os dois municípios”, completa.

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