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Balneário Camboriú
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“Andando para trás”, por Fernando Baumann

Recentemente a obra da ponte leste que cobre o rio Camboriú foi motivo de manchetes por conta do desalinhamento entre a mesma e uma das cabeceiras e piada entre os internautas.

Como ciclista e usuário frequente deste equipamento quero chamar atenção para um fato relevante e este sim muito grave da mesma obra de engenharia. Considerando que o fluxo de pedestres e ciclistas se dará nos dois sentidos do espaço dedicado a estes, é desafiador constatar que a nova ponte dispõe de apenas 1,3 m de largura útil de passagem, sendo que as cabeceiras, que já são estreitas, medem 1,5 m. Todo manual de construção de ciclovias aponta a largura mínima de 1,5 m para via de um único sentido. A ponte leste é sentido duplo e compartilhada com pedestres, uma situação muito pior.

Refletindo sobre possíveis razões para este ocorrido eu, dentro da minha limitação de conhecimento, não consegui elencar um sequer. Custo não pode ser, por que a estrutura é a mesma e a mão de obra é a mesma. Consultando sites de noticias, as medidas originais divulgadas da obra são 10,6 x 426,0 m = 4.387,8 m2. Se aumentasse a ciclovia compartilhada em 0,5 m teríamos um acréscimo de área menor que 5%, o que não inviabilizaria sua execução até porque a variação de custo não é proporcional ao acréscimo da largura. Baixo fluxo também não pode ser, por que em horários de pico podem circular por aquele local até 15 pessoas ou ciclistas por minuto em média. Por fim esta construção não é um favor das autoridades nem da concessionária. Ambos são responsáveis por executar e fiscalizar.

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Infelizmente esse é um caso perdido e ninguém irá consertar. O usuário que se alinhe ao apertado espaço. Plano de Mobilidade humana e melhoria das condições de tráfego nada, a solução é usar veiculo a motor, este sim privilegiado aos olhos do planejamento. Talvez o dia que alguém se acidentar e cair na pista de rolamento ou no rio haja algum tipo de comoção e conscientização. “Nossa, que fatalidade!”

Fernando Baumann – Formado em Ciências Econômicas, empresário e militante das causas coletivas, acredita no associativismo e cooperativismo como ferramentas para a construção de uma sociedade mais justa. Busca incessantemente evoluir como ser humano e social.

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