- Publicidade -
- Publicidade -
17.5 C
Balneário Camboriú
- Publicidade -

Leia também

- Publicidade -

“Que a sorte lançada seja somente aos artistas para a próxima etapa de julgamento dos projetos da LIC” por Dagma Castro

“A LIC 2021 está em andamento e torcemos para que os que sejam contemplados tenham sucesso, sabemos que nossos artistas tem qualidade artística e ótimos projetos. 

Mas da forma que foi fatiada as cotas é difícil construir todos os processos de forma ideal. Imagine: um projeto colocado por pessoa física (grande maioria) numa cota de R$ 15 mil, descontando o IR de 27,5 na fonte sobrará R$ 10,8 mil ; o proponente pode ter cachê de 10% do valor da cota, ou seja R$ 1,5 mil, isso para todo envolvimento e responsabilidade por meses e ainda ser a parte criativa, o dono da ideia e que irá entregá-la a FCBC e a comunidade e também as contrapartidas, por R$ 1,5 mil, tudo inserido no mesmo valor. Então sobram R$ 9,3 mil para o projeto e todas as despesas de produção e contratação de outros profissionais e de serviços. 

Confesso, como produtora de conteúdo e agente cultural, não entender este conceito de desvalorização de nossos artistas por parte da gestão. Isso não é enxergar nossos artistas com respeito e valorizar a cultura local. É até humilhante no momento que estamos de total recesso de nossos fazeres. A LIC não é edital emergencial, mas é óbvio que a necessidade emergencial fez o número de inscritos aumentar.

- Publicidade -

Enfim, torcemos, solidariamente, que nossos artistas colham bons resultados de todo este processo, ao menos em portfólio para futuros melhores. Além de que esta LIC deveria ser lançada em 2020, a FCBC pedalou um edital, tanto que este, em curso, finda em dezembro e “dizem” que teremos o de 2021 até lá. 

Pensamos e acreditamos que foi excesso de trabalho com a LAB (Lei Aldir Blanc) e “não deram conta de tudo”, como disse a presidente da FCBC ao impedir a participação neste edital dos contemplados na LIC de 2019, que em meio a uma pandemia e normativas e decretos, desenvolvem seus projetos em acordo do tempo de contratos. Sim, pois os contratos tem validade de um ano e findarão somente em agosto/2021. 

O que também não entendemos o porquê deste recorte de olhar de distinção com os contratos com artistas? 

Qual é a Lei da administração pública de Balneário Camboriú que regra isso? 

Qual o fundamento jurídico? 

Não tenho formação em administração pública, mas sabemos dos seus princípios básicos, principalmente em editais de concursos/prêmios que são orientados pela Lei 8.666, caso da nossa LIC, onde não se pode construir processos que restrinjam a participação em certames se o cidadão não está em diligência com o ente (governo), inadimplente, ou seja: passou o tempo do contrato e não entregou o projeto, assim são todos os editais deste país, mas em BC temos esta “distinção criada agora”, o que nos parece inclusive inconstitucional, fere o princípio da Impessoalidade. Além do absurdo de “deduzir ou julgar a dificuldade do outro”, ora, isto não é de pertencimento de um gestor, um servidor público, que a razão de sua existência está em “servir a população”, no nosso caso a Fundação existe porque antes existimos nós, os fazedores de cultura. É uma distorção do olhar de pertencimento.  

Enfim, nós artistas, temos muito a dialogar e processos a serem revistos e futuros para serem construídos, da mesma forma nossos gestores. Todos precisam se entender nesse processo do fazer, ser e estar; são posições diferentes e em movimento constante.  Mais ainda agora, e no pós pandemia, adequações são parte de garantir futuros e principalmente de chegarmos ao futuro. 

- Publicidade -

Eu estive presidente do Conselho Municipal de Cultura e estou Conselheira Estadual (CEC) pelo audiovisual; e nós, parte de conselhos, nos dispomos a trabalhar e contribuir nos processos para construir e manter as garantias das políticas públicas da cultura para a classe junto às gestões, este é o sentido de estarmos neste lugar em nossas representações, isso nos norteia. 

Por fim, não podemos nos habituar com o quê está costumaz no país nos últimos tempos, “Alea jacta est”, a Sorte está lançada, parafraseando Júlio Cesar ao adentrar em Roma; precisamos estar parte e atentos a tudo. Que a sorte lançada seja somente aos artistas para a próxima etapa de julgamento dos projetos da LIC.”

Dagma Castro é produtora audiovisual e gestora de projetos, ex-presidente do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) de Balneário Camboriú e Conselheira Estadual de Cultura.

- Publicidade -
- publicidade -
- publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -