Um terreno com cerca de três hectares, invadido em Camboriú no último sábado, poderá ter a reintegração de posse decidida pela justiça a qualquer momento.
O terreno pertence à CR7 Empreendimentos Imobiliários, de Blumenau, que em 2015 obteve licença por parte da prefeitura para um loteamento, fato extraordinário se considerado que a área é de preservação permanente.
Por conta disso, o loteamento estaria suspenso, aguardando ajustamento de conduta da CR7 com o Ministério Público.
Os invasores, que parecem não ter relação com a empresa de Blumenau, alegaram que compraram lotes de grileiros e outros pleiteiam o direito à moradia.
A invasão foi erroneamente apontada como do Movimento Sem Terra, mas não há ligação alguma com aquela organização.
Cerca de 60 pessoas estão no terreno desde sábado e a prefeitura de Camboriú está acompanhando a situação. Há um ‘organizador’ da ação, que teria convencido o grupo a ocupar o terreno ilegalmente – mas as informações são propositadamente desencontradas.
Um lote de 300 m2 no local tem preço estimado em R$ 600 mil.
FUCAM
O presidente da Fundação do Meio Ambiente de Camboriú, Edson Godinho Mafra Júnior, explica que a FUCAM foi acionada pela Polícia Militar porque inicialmente havia a dúvida se era uma área pública ou não. “Essa área está em embargo porque se encontra em Área de Preservação Permanente (APP) e está em discussão judicial, estava fechada, e então foi invadida.
A área está sendo monitorada para que não aconteçam novas invasões, poluição das águas e desmatamento.