O vereador André Meirinho esteve recentemente no Ginásio Multieventos Hamilton Linhares Cruz (G3), no Bairro da Barra, e ficou surpreso com a estrutura detonada que encontrou.
A situação da reforma do local se arrasta pelo menos desde janeiro de 2021, quando iniciaram as obras no telhado e em toda a parte externa – mas duas empresas passaram pelo local e não conseguiram finalizar a obra.
Estrutura detonada


O ginásio tem grande influência no esporte municipal, já que abrigou vários eventos e competições, além de ser um importante local de treinos da Fundação Municipal de Esportes (FME).
O vereador André Meirinho estava visitando alguns locais no Bairro da Barra, na sexta-feira (26), quando se deparou com a situação do G3.
“Foi realmente difícil de acreditar. Toda aquela estrutura detonada, com janelas quebradas, piso quebrado, palco quebrado, lugares interditados, entre tantos outros pontos. Uma situação em que a quadra gera risco para os atletas e professores. Quando cheguei lá estavam treinando voleibol, que mesmo nessas condições precárias os professores e atletas se esforçam para conseguir utilizar, mas outras modalidades como handebol e futsal não há possibilidade para utilizar o espaço devido ao piso quebrado”, explicou.


“Mais um caso de má gestão”
Meirinho relembrou que conhece bem a estrutura do G3, pois esteve como diretor administrativo e financeiro da Fundação Municipal de Esportes, entre 2009 e 2012.

Ele pontuou que, mesmo inaugurado em 2008, ações tiveram que ser feitas a partir de 2009 para que o local pudesse ser efetivamente utilizado.
“Na época, inclusive, reformamos o Ginásio de Esporte Governador Irineu Bornhausen (G1) e o Complexo Multieventos Vereador Sérgio Luiz Carneiro Ribeiro Lorenzato (G2), com a colocação de cadeiras, troca do piso entre outras melhorias. No caso do G3, que era um ginásio novo, era fundamental conservá-lo visando preservar o patrimônio público e principalmente garantir a segurança e conforto dos usuários. Tanto que ficou na lista final do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 como local de treinamentos pré-jogos”, disse.
Inconformado, o vereador diz que é ‘inadmissível’ o local estar nas condições que presenciou.

“Esse é mais um caso de má gestão nesse governo. Um espaço tão importante, que atende diversos jovens, principalmente na Região Sul, estar nessas condições depois de oito anos de governo é inadmissível”, completou.
O que diz a Fundação Municipal de Esportes
A reportagem procurou o superintendente da Fundação Municipal de Esportes de Balneário Camboriú, Osmar de Miranda, o Mazinho, que disse que a FMEBC está trabalhando no G3 e que há uma empresa atuando na parte de fora do ginásio, que estava danificada.
“As duas primeiras colocadas no edital de licitação da reforma tiveram problemas – uma decretou falência e outra não conseguiu terminar a obra. Temos projetos ali de vôlei e futsal, e estamos trabalhando para conseguir concluir as reformas necessárias. A ideia é que em fevereiro sejam retomadas as obras, estamos monitorando o que não foi feito e avaliando se vamos chamar a terceira colocada na licitação ou se vamos abrir novo processo de licitação”, explicou, informando ainda que é ‘dever e compromisso’ do governo municipal retomar a obra do G3 e terminar neste ano, para deixar o local ‘100% reformado’.