Com seu sistema de saúde público e privado em colapso, Santa Catarina chegou às 11h quarta-feira com apenas uma vaga de UTI disponíveis e mais de 200 pacientes aguardando leito.
Parece não ter sido compreendido claramente por parcela da população que todos que contraírem covid-19 e precisarem de respirador, correm o risco concreto de morrer sufocados, por falta de equipamentos e profissionais de saúde.
Nas últimas 24 horas, segundo o Governo do Estado, morreram mais 86 pessoas e surgiram novos 5.814 doentes, acumulando 34.586 diagnosticados com o vírus ativo.
Nesta terça-feira, em nova reunião com o governo do Estado, os prefeitos da região da Amfri receberam a promessa de 55 novos leitos, dos quais 15 de UTI (10 no Hospital Marieta e 5 no anexo covid do Ruth Cardoso) e 40 leitos de retaguarda (20 no Hospital de Luiz Alves, 10 no Hospital Cirúrgico em Camboriú, 5 no Hospital Santo Antônio em Itapema e 5 no Hospital de Penha).
Médicos escutados pela reportagem disseram ao Página 3 que a promessa de leitos neste momento é quase inútil, não existe mão de obra disponível, há dificuldades com equipamentos e suprimentos e que medidas futuras só servem para o futuro e não para resolver o caos instalado.