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Comissão da Câmara quer escutar guardas supostamente ameaçados de morte pelo secretário Castanheira

A convocação acontece após registro de boletim de ocorrência por parte do ex-comandante da Guarda contra o secretário de Segurança da cidade 

A Comissão de Segurança Pública e Defesa do Cidadão da Câmara de Vereadores, convocou o ex-comandante da Guarda Municipal, Antônio Afonso Coutinho Neto, e o GM Alexandro Coelho, para prestarem esclarecimentos sobre supostas ameaças de morte que teriam sofrido por parte do secretário de Segurança, Antônio Gabriel Castanheira Junior. A reunião está marcada para esta quarta-feira (25), às 16h30. 

Entenda o caso 

O ex-comandante da Guarda Municipal, Antônio Afonso Coutinho Neto, registrou um boletim de ocorrência contra o secretário de Segurança de Balneário Camboriú, Antônio Gabriel Castanheira Junior, por ameaça de morte. 

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A ameaça teria acontecido por Castanheira suspeitar que Coutinho havia denunciado ao Ministério Público [a investigação está em andamento] o uso indevido de viaturas da Guarda Municipal por parte dele e do atual comandante da Guarda, Douglas Ferraz.

O GM Alexandro Coelho, teria sido ameaçado de morte por Castanheira no final de 2020, mas não registrou a ocorrência na época.

“Se ele é assim com a equipe dele, imagina com pessoas de fora” 

O vereador Patrick Machado, presidente da Comissão, disse que enviou ofício para a Secretaria de Articulação convocando os guardas ainda na segunda-feira (23). 

“O correto seria enviar para o secretário Castanheira, mas como ele está envolvido na situação, achamos melhor encaminhar para a Articulação. Queremos saber o que está acontecendo e assim decidir nossos próximos passos como Comissão. A princípio, focamos em ouvir os guardas para saber as versões deles, se têm provas e como está a situação. A prefeitura não deu resposta ainda, mas a reunião é nesta tarde. Não poderia estar acontecendo isso com um secretário municipal, esperávamos uma pessoa coerente… se ele é assim com a equipe dele, imagina com pessoas de fora!”, disse, citando que a equipe é reflexo do líder, o que pode ser percebido com as situações polêmicas nas quais a GM se envolveu, como o caso de agressão no Bairro da Barra. 

Patrick destaca que quem paga pela situação complicada que a Guarda Municipal está vivendo hoje é a comunidade. “Enquanto fica essa briga de egos ou sei lá o que está acontecendo, que é algo que não entendemos, quem paga é a comunidade. Poderíamos ter um efetivo de quase 300 agentes de segurança se estivessem todos trabalhando juntos, mas hoje temos 170 aqui, 120 ali, se divide tudo e sobra para a sociedade. É uma situação triste, mas que sei que tem como resolver. Estive como coordenador da Guarda, na época tínhamos 60 GMs e conseguíamos estar com guarnições em todos os bairros, e hoje eles se concentram mais no centro. Vamos aguardar, esperamos que os guardas compareçam hoje”, finaliziu. 

“Ele diz que é o cara, que nunca prenderam tanto, que é o Batman” 

O vereador Nilson Probst, policial civil que já foi secretário de Segurança da cidade é o vice-presidente da Comissão. Ele completa a fala de Patrick, afirmando que ainda não receberam resposta sobre a ida dos guardas à Câmara. “Aguardamos, porque estamos desconfiados que eles podem não ir. Queremos saber sobre essas ameaças, o que aconteceu. Queremos fazer a nossa parte, chamamos os dois GMs para entender isso, ainda não chamamos o secretário porque não adianta, né? Ele diz que é o cara, que nunca prenderam tanto, que é o Batman (risos). É complicado”, contou. 

Probst aproveitou para citar que o projeto que altera o estatuto da Guarda Municipal entrou na terça-feira (24) na Câmara e que chamou a sua atenção a criação de mais 750 vagas de guardas municipais.

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“Tudo é jogada. É um projeto faraônico com impacto financeiro altíssimo. Ele está criando cargos, o que só poderia ser feito em 2022. O Castanheira tinha dito que se o projeto não fosse para a Câmara, ele ia embora. E o prefeito Fabrício Oliveira, que não sabe o que está fazendo, enviou o projeto para se livrar”, opina.

Segundo Nilson, o projeto causaria um grande impacto financeiro na prefeitura. “Justamente quando existe chance de a Educação fazer greve por não receber reposição salarial e enviam um projeto desses. Eu disse para ele [para o prefeito] e digo novamente nessa entrevista: ele vai se incomodar porque está tendo essa briga institucional, o Castanheira vai pegar a mala dele e vai voltar para Curitiba e o problema vai ficar para a nossa cidade. Tem briga institucional com a PM, com a Polícia Civil, com o Judiciário. Todo mundo sabe que ele [o secretário Castanheira] vai toda quinta-feira para Curitiba e volta somente na segunda-feira, e usa o carro da secretaria”, afirmou.

O vereador disse ainda que ‘não entende’ por qual motivo Castanheira é considerado ‘tão diferenciado’ e possui tantos ‘privilégios’. 

“Ele é secretário e membro da JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações), e já foi também integrante da comissão da COMPUR. Ou seja, recebia três salários. Por que esse privilégio todo? Eu entendo de segurança, ajudei a criar a GM, sou policial civil, e não entendo porque esse cara é tão importante. Olha quanta coisa errada ele vem fazendo” esbravejou Nilson.

CASTANHEIRA

O secretário Gabriel Castanheira foi procurado pela reportagem, e respondeu que ainda não teve ciência do conteúdo oficial do boletim de ocorrência. “O que chegou ao meu conhecimento através da imprensa é que eu teria em tese realizado uma ameaça. Contudo não são verdadeiras essas alegações, possuem cunho difamatória para criar instabilidade interna devido as propostas de mudança no Estatuto da Guarda Municipal. Não foi viatura que gerou essa situação, a discussão foi sobre o Estatuto, mas as coisas vão se conturbando, criando situações que não são verídicas. Porém, sobre a questão das viaturas, me coloco à disposição; se o Ministério Público estiver investigando, darei as minhas justificativas e explicarei tudo”, disse.

Sobre os guardas, Castanheira explicou que Coutinho não teria aceitado a troca de comando [ocorrida ainda em 2020, e ele não teria participado nem da cerimônia de troca de comando], mas ‘nunca teria ocorrido perseguição nenhuma em relação a ele’, e disse que o GM Alexandro está readaptado por problemas psiquiátricos. “Por que eles enviam para a imprensa? Nem sei porque irem na Câmara, estão tentando criar um ato político sobre isso. Mas também nunca tive problema com o Alexandro que ele possa alegar que foi perseguição, inclusive quando ele foi presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Balneário, eu liberei ele para ficar exclusivamente no Sindicato”, conta.

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