A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (DECOR) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC), com o apoio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Piçarras, realizou a operação “Sutura II” nas cidades de Itapema, Balneário Camboriú, Porto Belo, Navegantes, Curitiba e Pelotas, na manhã desta quarta-feira (30).
Segundo a Polícia Civil, o inquérito policial foi instaurado na DEIC/PCSC e tem como alvo a apuração de desvios na área da saúde pública por intermédio de uma Organização Social de Itapema, a qual prestou serviços de 2013 até o início de 2017, no Hospital Santo Antônio.
A investigação é uma continuidade dos fatos apurados que culminou com a operação Sutura, ocorrida em 2019, quando 19 pessoas foram indiciadas. Na ocasião, a polícia e o Ministério Público ‘descortinaram’ uma organização criminosa que possuía o objetivo de se apropriar ilicitamente do dinheiro destinado à saúde do município de Penha.
Na época da operação Sutura, a polícia apurou que Itapema destinou mais de R$ 18 milhões à mesma organização sediada em Penha. Porém, ainda não havia indícios suficientes do esquema operado também em Itapema.
Em síntese, de acordo com o apurado, a investigação aponta que o modus operandi do crime se manteve igual ao descoberto em Penha.
Na investigação policial que culminou na operação desta quarta-feira, parte dos valores do contrato firmado entre a Organização Social e o município de Itapema, cujo objetivo era gerir o Hospital Santo Antônio, foi desviado para empresas prestadoras de serviços e políticos que, na época, eram responsáveis pela gestão do contrato no município.
No total, foram expedidos pelo Poder Judiciário de Balneário Piçarras 14 mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens dos investigados a fim de reparar o dano sofrido pelo município de Itapema.