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Crise de opioides e pessoas em modo zumbi são lado B que Mundial não mostra

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FILADÉLFIA, BA (UOL/FOLHAPRESS) – Eram 14h no horário local na Newark Penn Station, a estação de trem de Nova Jersey mais próxima do estádio Metlife Stadium, que recebe o Mundial de Clubes, quando um homem aparentando ter seus 30 anos foi aos poucos diminuindo sua passada. Ele parou com um braço para cada direção, a cabeça baixa e a coluna curvada.

No setor dos trilhos, outro homem, mais velho, também estava em “modo zumbi”. No chão, se contorcia e gritava.

Os Estados Unidos que vendem ao mundo a imagem dos gramados verdinhos e perfeito é também o país em que o vício em opioides e drogas sintéticas assusta até quem convive com as cracolândias made in Brasil.

ESTAÇÃO CHAVE PARA MUITOS TORCEDORES

A Newark Penn Station é a mais próxima do Metlife Stadium para os visitantes que chegam de outras cidades americanas. Torcedores de Fluminense e Palmeiras, por exemplo, passaram por lá duas vezes no Mundial. O local ainda vai receber semifinais e final do torneio, para quem chegar até lá.

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A recepção é sempre a mesma: usuários de drogas, pedintes e pessoas em situação de rua.

Nova Jersey registrou 2.900 mortes decorrentes de overdose somente em 2022 -80% delas ligadas a opioides sintéticos como o fentanil. O estado é um dos cinco com mais óbitos per capita nesta situação, apesar de gráficos de queda. Newark -a cidade da estação de trem- está entre as três que formam o epicentro do consumo de drogas na região.

FILADÉLFIA: UMA MORTE POR OVERDOSE A CADA 10 HORAS

Pegando um trem você chega em menos de uma hora na Filadélfia, cidade que recebeu Flamengo, Chelsea, Juventus e Manchester City, e que também será casa do Real Madrid e do duelo entre Palmeiras e Botafogo, nas oitavas de final.

Por lá, a crise também é devastadora.

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A cada dez horas, uma pessoa morre de overdose na Filadélfia. Os dados são de institutos como o Departamento Público de Saúde e o “ODMap”, um mapa de overdose em tempo real, e colocam a cidade no topo do índice de mortalidade por overdose entre as grandes regiões do país.

O UOL foi a Kensington, o bairro que registra 40% das overdoses da cidade. Fica a cerca de 16 minutos do Lincoln Financial Field, estádio que recebe os jogos do Mundial de Clubes.

A Avenida Kensignton, que dá nome à vizinhança, já teve uma cracolândia descrita como o “maior mercado de venda de drogas a céu aberto da costa leste dos EUA”. Em 2024, a cidade começou uma limpeza no local – às vezes, expulsando moradores em situação de rua e usuários de drogas com violência.

De dentro do carro, ainda é possível registrar um cenário de abandono, terrenos baldios e pessoas em estado de alucinação. Os trilhos da linha do trem servem para abrigo e consumo.

FENTANIL É O INIMIGO NÚMERO 1

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A fentanil se tornou inimiga número 1 do governo americano. Na Filadélfia, é a responsável por 80% das overdoses fatais. O risco é potencializado quando misturado com heroína, cocaína e derivados.

Em segundo lugar vem a xylazina, 34% de overdoses fatais. Ela é, originalmente, um sedativo para cavalos, hipopótamos e outros animais de grande porte. A droga causa úlceras necróticas que podem levar à amputação de membros. Além do estado alucinógeno, os usuários tem o corpo coberto por feridas.

Em terceiro vem a metanfetamina, responsável por 25% das overdoses fatais.

NOVA JERSEY PROCESSA FARMACÊUTICAS E GOVERNO TOMA MEDIDAS

Nova Jersey, por exemplo, já processou farmacêuticas fabricantes de opioides e os recursos milionários obtidos na Justiça foram revertidos para o tratamento do assunto.

Com a crise instaurada no país, algumas medidas foram tomadas. Em 2017, por exemplo, foi decretada uma lei em que os médicos só podem receitar opioides para pacientes com dores agudas por, no máximo, cinco dias.

Estima-se que o governo tenha um custo de US$ 1,4 bilhão com emergências médicas, tratamento de feridas crônicas, policiamento e limpeza urbana decorrentes do consumo de drogas.

Há diversos projetos sociais voltados para o tema e que oferecem assistência médica e psicológica aos dependentes químicos. Tais medidas têm feito os números de overdoses caírem, ainda que lentamente, no país. O desafio, no entanto, ainda é gigantesco.

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