Queridos leitores
A coluna deste mês é dedicada à minha querida amiga Nizete Evaristo que partiu prematuramente na madrugada do dia 01 de setembro.
Nizete, além de uma amiga leal, também era vice presidente financeira da CDL de BC e uma grande fã do meu projeto de poesias.
No sábado, na cerimônia de despedida, declamei, em sua homenagem, 2 poemas que falam sobre a vida: “Licença pra Viver” e “Se Eu Morrer Amanhã”.
Dois dias após a sua passagem compus pra ela “A Efemeridade da Vida”.
Essa composição aborda a importância de vivermos a nossa curta jornada nesse mundo de forma plena e intensa.
Sempre emanando amor e gratidão de nosso coração.
A EFEMERIDADE DA VIDA
(Para Nizete)
Num instante estamos arrumando nossa gaveta, guardando as roupas no armário e preparando uma comida.
Ao mesmo tempo nossa mente traça planos e pensa nos afazeres para o dia corrente e os seguintes: a consulta ao dentista, a passada no mercado, a ida ao shopping, o assunto pendente no trabalho, o chopp com os amigos daí a 2 dias…
Eis que aí, subitamente, tudo muda. É chegada a hora de partirmos para outro plano.
A gaveta ao invés de arrumada será esvaziada, suas roupas serão doadas, a comida será descartada.
Planos serão abortados, a secretária do dentista ficará surpresa por não receber a mensagem de confirmação à sessão. O mercado jamais receberá novamente créditos do seu cartão. No trabalho alguém vai substituí-lo. Os amigos ao se reunirem irão fazer um brinde a você, falar um pouco da convivência que tinham e depois continuarão com outros assuntos.
E assim o mundo vai seguir seu giro…
E quanto mais o tempo passar menos você será lembrado.
Isso não é cruel, trata-se da realidade nua e crua.
Somos todos passageiros de uma grande nave chamada “vida”.
Ao nascermos embarcamos em um ponto dessa viagem.
Durante o trajeto pessoas vão embarcando e desembarcando.
Nós também vamos saindo e retornando e, assim, conhecendo lugares e pessoas.
Só que todos os bilhetes tem um itinerário e um ponto final: o ponto terminal.
Este último ponto não permite retorno à nave.
Você ficará de fora vendo sua partida e de todas as pessoas que ama.
Sua poltrona será ocupada por um novo passageiro.
Assim é a nossa curta jornada…
Por isso precisamos viver a vida intensamente, em sua plenitude.
A vida é uma dádiva divina.
Precisa ser desfrutada no hoje, no presente. Pois ela é certamente um grande presente.
Carregue em sua bagagem unicamente o essencial.
Tenha em sua mente apenas pensamentos positivos.
Leve em seu coração somente lições de amor.
Registre em sua alma simplesmente o que lhe fez feliz.
Seja leve, grato e carinhoso com sua breve jornada por esse mundo.
Namastê