Na coluna de agosto, rendo homenagens àquele que foi e continua sendo minha maior referência de vida, meu Pai João, minha estrelinha mais linda que brilha lá no céu! 🌟
Ele Será para sempre o meu grande herói. Como poeta que sou, exprimo os mais profundos sentimentos de minha alma através de meus versos.
“Meu Pai João” é uma declaração de amor para esse ser de luz que me transmitiu a essência do universo masculino. E que continua sendo tão presente em minha jornada por esse mundo.
Sintam a poesia em seus corações e reverenciem seus pais (em vida)! 🌟
MEU PAI JOÃO
Meu pai foi a pessoa mais importante de toda a minha vida.
Com todo respeito que merecem os demais integrantes de minha passagem pela Terra, mas o seu João foi minha maior referência, meu grande herói.
Foi quem me passou os valores que norteiam até hoje a minha jornada por esse mundo.
Herdei dele a honestidade, o respeito pelas pessoas, a integridade, o amor ao trabalho, o senso de proteção à família e o coração bom e mole (sim, João era homem que se emocionava fácil).
Mas João também tinha o seu lado “difícil”.
Seu temperamento era forte e explosivo.
Quando perdia a calma me dava uns bons puxões de orelha.
Alguns desses corretivos foram merecidos, outros nem tanto.
Depois que era castigado eu ficava sozinho em algum canto chorando.
Mas considero que algumas dessas repreensões foram importantes para me impor limites e me serviram como aprendizado.
Entendi depois de adulto que alguns comportamentos de meu pai decorreram em função de ele ter tido uma vida duríssima.
Me falava que com 4 anos de idade ele e todos os irmãos pequenos tinham que acordar às 4 da manhã pra trabalhar na época da “farinhada”.
Me contava que seu pai Hercilio (meu avô) era um homem muito bom mas bastante bravo.
Sim, eram tempos difíceis com famílias grandes e pobres, onde o maior objetivo era não deixar faltar alimento à mesa.
Provavelmente o pai do vô Hercilio, era ainda mais duro e temperamental.
Depois que tive esse entendimento perdoei todo e qualquer ressentimento que ainda poderia ter do João.
Pensando bem, eu nunca fiquei zangado com meu pai por mais do que algumas horas.
Sim, discuti várias vezes com ele…
Desentendimentos são normais entre um pai e seus filhos.
São gerações com visões diferentes, construídas através do conhecimento, experiências e validações que aconteceram durante as suas jornadas…
Ah meu pai…
Meu pai era um sábio.
E olha que estudou somente até o terceiro ano primário.
A diferença é que o João tinha a sabedoria da vida…
E isso vale mais do que qualquer faculdade ou MBA.
O dia que o perdi (15/12/93) foi disparado o mais triste de toda minha existência.
Não conseguia aceitar a imagem do meu herói inerte naquele caixão.
Toquei em seu rosto e chorei copiosamente.
Naquele momento se fechava o ciclo físico entre nós.
Mas só físico, pois meu pai habita em mim até hoje.
Sua presença continuou sendo muito forte após a sua morte.
Não sei ao certo como definir ou explicar mas sinto que ele está do meu lado me dando a mão e me acalentando sempre que preciso.
Por tudo isso eu honro o meu pai.
Assim como honro também a minha mãe.
Os acolho e os reverencio pois sei que além de me dar a vida fizeram o que puderam por mim.
Eu vim deles.
Eu sou eles.
E um dia estaremos juntos, em algum plano, num longo e afetuoso abraço de amor e respeito.
Independente do tipo de relação que tenham tido, filhos precisam honrar seus pais.
Só assim suas jornadas irão fluir.
Então precisam se libertar de toda mágoa que possam ter por estes seres de luz.
Afinal foram nossos pais os responsáveis por nos dar a maior dádiva divina – a vida.
“Honrar pai e mãe” (quarto mandamento de Deus).
