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Balneário Camboriú
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Livro de Luciano Estevão apresenta a história do movimento teatral em Balneário Camboriú

O ator Luciano Estevão é o autor do livro ‘A História do Movimento teatral de Balneário Camboriú’, que nasceu de um projeto de pesquisa, com patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC).

Para falar sobre a obra que acaba de ser lançada, Estevão está realizando lives com Rodas de Conversa, como contrapartida do projeto.
Nesta quarta-feira, às 19h30, será realizada a última, com a participação dos atores Gilson Correa e Melize Zanoni.

O projeto

Estevão conta que o projeto pesquisou a história do Teatro de Balneário de 1950 até os dias atuais.

“Foram meses de pesquisa no Arquivo Histórico, muitos acessos ao Jornal Página 3, mais de 20 coletivos participaram por meio de questionário, dezenas de pessoas entrevistadas e muita memória e emoção envolvidos”, disse.

Coletivos

Muito material foi pesquisado, mas em virtude das limitações financeiras e temporais o autor decidiu focar apenas nos coletivos e algumas memórias teatrais importantes para a história do teatro da cidade.

O livro está dividido em atos e cenas como se fosse um espetáculo teatral. Os atos estão em ordem cronológica e representam o que aconteceu no Movimento teatral de Balneário Camboriú em cada década a partir de 1950.
Cada ato se constitui numa série de cenas que representam as memórias e os coletivos surgidos em cada uma dessas décadas.

O livro começa com essa imagem. Contando a história do Bar teatro Avenida, fundado em 1950, pelo Seu Marciano de Souza. Foi o primeiro registro que pesquisamos. Então o primeiro Ato é sobre ele falando que Balneário Camboriú já tem teatro/cultura antes mesmo de ser cidade. Na foto, é a última casinha à direita. Onde hoje é hotel Marambaia.
O segundo ato do livro traz a década de 80, mais especificamente em 1989, quando tivemos nossa primeira política pública de cultura efetiva. O CPC: Centro Popular de Cultura, que oferecia aulas de teatro e outras artes. Entre as alunas com 9 anos de idade estava Melize Zanoni, que hoje é doutora em artes cênicas pela UDESC e uma das maiores atrizes da nossa cidade.

O poema que fala

“Quando as cortinas do teatro se abrem
ninguém sabe o que ela pode parir
mas se sabe que lá de dentro
das entranhas do palco
surge o artista
que é a alma do teatro…

Meu poema afirma que a alma do teatro é o artista. E nós, artistas, sabemos que nosso corpo se faz personagem no teatro. E o teatro se faz em nosso corpo. Por isso, o teatro precisa existir. Tanto como ação dramática de um texto, como estrutura física que possa dar vida ao texto”, escreve Estevão.

Nossos Fazedores de teatro

Segundo o autor, a pesquisa revelou que Balneário Camboriú possuía e possui vários fazedores de teatro que, em solo ou no coletivo, se apropriam do “Locus nascendi” da arte cênica teatral para potencializar cada vez mais a cultura da cidade.

“A História do Movimento teatral de Balneário Camboriú” começa mesmo antes do município ter nascido, numa festa dionisíaca promovida e patrocinada por um trabalhador que abriu os caminhos da futura cidade, Seu Marciano Silva. Desde então, sempre que as cortinas se abrem, e a primeira luz se acende focando o artista no proscênio, ouvimos um suspiro de gratidão e sons de passos pelo palco e uma voz que fala baixinho: -“quebrem a perna”… “muita merda…” e as memórias vão lembrando de quem pode estar sussurrando, talvez seja o seu Marciano, ou o Calinho, ou Tia Maria, ou seu Júlio, ou o Rafael Ferreira ou o João Batista ou a Nina Buáh ou quem sabe nosso amado Juca”, descreve Estevão.

A pesquisa foi revelando tanta arte teatral que o autor decidiu que essa história teria que ser eternizada.

“Balneário Camboriú merece esse lindo produto sagrado e profano chamado Movimento Teatral. Nossa pesquisa começa assim sem saber o que as cortinas do Movimento Teatral de Balneário Camboriú reservavam para nós. Uma boa parte dos artistas teatreiros da cidade vieram pra cá a partir da década de 90, mas a maioria a partir de 2000”.

A motivação da pesquisa que virou livro

Estevão descobriu ao longo da pesquisa que poucos sabem da história teatral do Município. Nem mesmo os moradores, pois a Cultura, o teatro, as artes de um modo geral não são temas recorrentes dos diálogos comuns do dia a dia dos transeuntes, porque a memória ainda não é a aliada maior.

“Por isso também que volta e meia os artistas e trabalhadores da cultura da cidade escutam em alto e bons tons: “- essa cidade não tem cultura”, “aqui não tem teatro”, ”aqui não tem artista”…

Por isso resolvi fazer essa pesquisa. Para apresentar definitivamente a cidade de Balneário Camboriú o Movimento teatral que existe na cidade mesmo antes dela nascer. Seus artistas cotidianos que nem usavam essa palavra ainda, mas já construíam cultura teatral na cidade cumprindo exatamente o grande objetivo do teatro segundo suas origens: rituais em louvor ao deus mitológico Dionísio, divindade relacionada à fertilidade, vinho e diversão. E foi assim que nosso Movimento começou e continua intenso até hoje”, afirmou.

@movimentoteatralbc

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