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Construção civil importa aço da Turquia a preço 20% inferior ao praticado no mercado nacional

Na próxima segunda-feira (19), Itapema receberá 1,4 mil toneladas de aço importados da Turquia para a indústria da construção civil na cidade. 

A carga integra um lote de 20 mil toneladas que aportaram no Porto de São Francisco do Sul no último dia 30 de junho e irá abastecer 137 empresas do setor distribuídas em oito estados brasileiros. 

A importação foi feita através da Coopercon/SC, a Cooperativa da Construção Civil do Estado de Santa Catarina, em virtude da escassez do produto e das altas consecutivas no preço do insumo no mercado nacional.

O tesoureiro da Coopercon/SC e diretor da FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), empresário João Formento, explica que o aço importado chegou ao Brasil com preço 20% inferior ao praticado pelos fornecedores nacionais. Ele reforça que a cooperativa não importa o aço com vistas à revenda do produto, e sim para entrega direta ao consumidor final, no caso, a indústria da construção. 

“Esta conquista é resultado da união das 137 construtoras que receberão o aço através da Coopercon/SC, e já estamos nos organizando para um novo carregamento, que deve aportar no Brasil em setembro”, completa Formento.

O presidente do Sinduscon Costa Esmeralda, empresário Rodrigo Passos Silva, destaca que para Santa Catarina ficarão nove mil toneladas do insumo, sendo Itapema a cidade catarinense que maior quantidade comprou. 

“Estas 1,4 mil toneladas vão abastecer a produção de nove construtoras da cidade e representam um alívio para o setor, pois não estamos sofrendo apenas com a alta do aço, e sim de vários outros insumos, em percentuais inaceitáveis para um momento como este que o País atravessa e considerando a importância da construção civil para a economia nacional em geração de empregos, divisas e negócios. O setor é peça-chave na retomada econômica, mas neste compasso que estamos indo, o desempenho ficará seriamente ameaçado. Perdemos todos: setor produtivo, trabalhadores e economia brasileira”, enfatiza Passos Silva.

Isenção do imposto de importação

Neste sentido, Formento acrescenta que, junto com o presidente da Coopercon/SC, Sylvio Ghisi, participou de reunião online com integrantes do Ministério da Economia em Brasília recentemente. O objetivo foi discutir a possível isenção do Imposto de Importação do aço para a indústria brasileira. 

“O imposto de importação fica em torno de 10%. Se conquistarmos essa isenção, representará novo fôlego ao setor. Estamos preocupados que logo as construtoras comecem a demitir pessoal por falta de insumos no canteiro de obras, e é esta realidade que fomos levar ao Governo Federal. Se faltar insumos, temos milhares de trabalhadores que podem perder seu sustento, um número expressivamente maior que a indústria do aço. Esperamos que haja bom senso e essa situação nacional seja logo ajustada”, finaliza.

Fonte – Vizzotto Comunicação


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