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Inadimplência e endividamento dos brasileiros bateu novo recorde em abril

A proporção de brasileiros endividados e inadimplentes alcançou novos recordes em abril, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A fatia com dívidas a vencer alcançou 77,7% do total de famílias, maior patamar da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), iniciada em janeiro de 2010

O resultado representa um avanço de 0,2 ponto porcentual (p.p.) ante março. Em relação a abril de 2021, quando a parcela de endividados estava em 67,5%, a alta foi de 10,2 pontos porcentuais.

A parcela de inadimplentes, ou seja, com dívidas ou contas em atraso, alcançou o ápice histórico de 28,6% do total de famílias O resultado representa uma alta de 0,8 ponto porcentual em abril ante março. Em relação a abril de 2021, houve elevação de 4,3 pontos porcentuais na proporção de inadimplentes.

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“O valor também representa crescimento de 4,4 p.p. em relação ao registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de covid-19”, ressaltou a CNC, em nota.

A pesquisa identificou ainda que 10,9% declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerão inadimplentes, um aumento de 0,1 ponto porcentual ante março. Em relação a abril de 2021, houve crescimento de 0,5 ponto porcentual.

De acordo com a CNC, a inflação alta e disseminada leva as famílias a recorrerem ao crédito para recomposição da renda, apesar dos juros elevados.

O cartão de crédito se manteve como o tipo de dívida mais comum entre os consumidores, única modalidade com aumento em abril, alcançando 88,8% de famílias com dívidas. Segundo a entidade, o resultado revela “que o endividamento está ocorrendo essencialmente no consumo de curto prazo”. Em abril, o tempo médio de comprometimento das famílias com dívidas foi de 7,1 meses.

Na avaliação por faixa de renda, o porcentual de endividados entre as famílias mais ricas, com rendimentos acima de dez salários mínimos mensais, subiu a 74,5%, maior patamar da série histórica, com alta de 0,8 ponto porcentual em relação a março e expansão de 11,4 pontos porcentuais ante abril de 2021. No grupo com renda mais baixa, até dez salários mínimos mensais, a fatia de endividados chegou ao nível também recorde de 78,6%, subindo 0,1 ponto porcentual em relação a março e 10 pontos porcentuais ante abril de 2021.

Quanto à inadimplência, 31,9% das famílias de renda mais baixa estão com contas em atraso. No grupo de renda mais elevada, 13,5% estão inadimplentes.

“Os orçamentos mais acirrados têm levado mais famílias a atrasarem o pagamento de contas e dívidas e usarem mais o cartão de crédito, que é a modalidade de dívida para o consumo de curto prazo”, avaliou a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa da CNC, em nota.

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Segundo a economista, o “contínuo encarecimento do crédito e a fragilidade apresentada no mercado de trabalho devem seguir afetando negativamente a dinâmica da inadimplência”.

(Por Daniela Amorim/AE)

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