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Turismo de brasileiros na Argentina registra maior queda desde a pandemia

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – O turismo de brasileiros na Argentina registrou a sua pior queda desde a pandemia de Covid, mostram dados sobre a variação no número dos viajantes reunidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Censo, o Indec, a pedido da reportagem.

Se deixados de lado os anos de 2020 e 2021, quando o país ainda estava fechado para o turismo -e, portanto, as diminuições nesse fluxo foram excepcionais-, a mais recente queda foi a pior dos últimos seis anos.

Esse período de tempo pode ser até maior, dado que a série de dados que o instituto afirma ser possível compilar com base em uma mesma metodologia tem início somente em 2019.

Com o país cada vez mais caro e a moeda mais valorizada, a Argentina deixou de ser tão atrativa para os brasileiros. Em fevereiro, mês com dados recém-publicados, o número de turistas brasileiros caiu 42,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Se levados em conta apenas os turistas que chegam de avião, a diminuição foi de 60%.

É uma crise que atravessa o setor pelo menos desde abril do ano passado, mas que demorou a chegar no grupo de turistas brasileiros. Agora, eles se somam às quedas expressivas no turismo de outras nacionalidades rumo à Argentina, como uruguaios (-49,6%) e chilenos (-42,8%). No total, no mês de fevereiro houve recuo de 30,7% do turismo (aéreo, marítimo e terrestre) rumo à Argentina.

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O tema está entre as preocupações da secretaria de Turismo, Ambiente e Esportes, o amplo guarda-chuva comandado por Daniel Scioli, ex-embaixador no Brasil. A saída paliativa encontrada tem sido tentar aumentar a oferta e baratear os custos das passagens para o país vizinho.

A estatal Aerolíneas Argentinas (que o governo de Javier Milei tenta privatizar) diminuiu o preço de passagens de São Paulo rumo a Buenos Aires para cerca de R$ 1.600 (taxas e impostos inclusos) e adicionou passagens internas, para outros destinos no país, por cerca de R$ 300.

Já a companhia de baixo custo JetSmart passou a oferecer voos diretos de Recife à capital argentina e do Rio a Mendoza, terra do vinho. A Azul também começou a oferecer voos diretos do Brasil a Bariloche, cidade na Patagônia argentina, saindo de Campinas (SP), Belo Horizonte (BH) e Porto Alegre (RS) para o inverno, ampliando a oferta antes concentrada na Aerolíneas, na Gol e na Latam.

Se por um lado o turismo receptivo se vê com um grande desafio, por outro o emissivo foi catapultado.

A valorização do peso fez com que países como Brasil e Chile se tornassem atraentes para os argentinos, um cenário inimaginável há um ano e meio atrás, quando essas duas nacionalidades inundavam Buenos Aires e Bariloche e compravam medialunas, alfajores e doce de leite quase que sem pensar no saldo final da conta.

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Fazer todas as refeições na rua deixou de ser uma opção para boa parte dos turistas que se dirigem à Argentina. “Como economizar?” e “onde é possível comer um pouco mais barato?” são perguntas comuns.

A vantagem que muitos brasileiros encontravam em 2023 ao comprar o dólar “blue” no lugar do dólar oficial já não faz mais tanta diferença. Isso porque sob o reordenamento econômico de Milei a brecha entre um dólar e outro diminuiu consideravelmente.

No primeiro um ano e meio da administração do presidente que, formado economista, vende o mote “viva la libertad, carajo!” e tem o arrocho fiscal como Bíblia, a inflação saiu da casa dos três dígitos, estabilizou-se e está atualmente em 2,4%.

O consumo caiu, parte fruto do aumento do custo de vida e do fim dos subsídios, parte fruto das injeções de dinheiro na economia no ano eleitoral de 2023 que levaram a bases de comparação muito elevadas.

A pobreza também aumentou (quase 53% no primeiro semestre do ano passado), mas tudo indica que o valor do segundo semestre diminuiu mais de dez pontos percentuais. O número será tornado público na próxima segunda-feira (31) pelo Indec.

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