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Balneário Camboriú
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“A música brasileira representa toda alegria que tenho de viver”

Cantora Eulina Silveira que reabre o Teatro Municipal neste sábado

A cantora Eulina Ladewig da Silveira vai comandar o espetáculo ‘Agradecendo e Comemorando o Dom da Vida aos 91 anos’, neste sábado (20), às 10h. no Teatro Municipal Bruno Nitz. 

Será um show com muitas comemorações: as nove décadas de vida da artista, os quase 50 anos de carreira e a reabertura do Teatro Municipal Bruno Nitz, que ficou 1 ano e oito meses fechado ao público por causa da pandemia.

(Arquivo Pessoal)

Conhecida como cantora da ‘Melhor Idade’, Eulina vai levar ao palco do Municipal músicas que fazem parte do CD recém gravado e outras novidades que irão surpreender o público. 

“Somente voz e piano”, disse sobre o repertório variado e que muitos conhecem dos shows que faz na praça da Cultura há muitos anos. Durante o espetáculo convidados farão depoimentos sobre a vida da cantora em cinco fases diferentes. 

O espetáculo estava agendado para 2020, quando Eulina comemorou 90 anos, mas por causa da pandemia foi preciso adiar. 

Eulina comemorou 90 anos em família (Arquivo Pessoal)

O jornal Página 3 acompanha de perto a carreira da cantora, especialmente a ‘fase Balneário Camboriú’.

Tão alegre quanto elegante, Eulina encanta seu público por onde passa. E quando não pode se apresentar, como aconteceu durante a pandemia, ela gravou vídeos e lives em sua casa e continuou cantando e encantando seu público à distância. 

Seresteira, apaixonada por música, vocação que descobriu ainda muito jovem, Eulina não tem ideia de quantos shows já realizou, mas tem certeza que tudo aconteceu, porque sempre teve todo apoio da família e dos muitos amigos que fez ao longo desta trajetória. 

Foi casada com Celso Raphael Silveira, por 63 anos. Ficou viúva em novembro de 2011. Dos três filhos do casal, vieram três netos, uma neta, três bisnetas e um bisneto.

Eulina com os três filhos (Arquivo Pessoal)
Eulina comemorou 90 anos em 2020 (Arquivo Pessoal)

Nesta reportagem Eulina fala sobre o espetáculo deste sábado e sua carreira. 

O fato de ‘encarar’ um palco aos 91 anos de idade é por si só um espetáculo à parte, que merece todos os aplausos. De pé.

Acompanhe:

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JP3 – Qual a sua expectativa para o show deste sábado?

EulinaA minha expectativa é que vai ser um encontro muito descontraído. Os ingressos já foram todos entregues. O povo que vai me ver são as pessoas que costumam ir à praça todos os sábados, são pessoas alegres, queridas e simples e que me tratam muito bem.

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“A emoção que sentia antigamente, hoje não sei se é da música ou se é do estado emocional que a gente fica quando canta essas músicas antigas” 

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JP3 – É um espetáculo com dupla comemoração?

Eulina Realmente é um espetáculo comemorativo, porque além de festejar o dom da vida, 91 anos, vamos reabrir o teatro naquele dia, após uma longa temporada sofrida de pandemia.

JP3 – O que o público pode esperar deste espetáculo?

EulinaEspero que meu público fique admirado, porque vou cantar umas músicas mais românticas do que as que costumo cantar na Praça da Cultura, músicas alegres para se dançar.

JP3 – Tem ideia de quantos shows realizou em sua carreira?

EulinaNão tenho ideia quantos shows foram feitos durante esses anos todos, foram muitos, muitos, muitos, no nosso estado, em diversos estados do Brasil, vários países, foram shows para grupos e festas de idosos, todos grátis pelo amor à arte.

JP3 – Quantos anos de carreira está comemorando?

EulinaDe carreira, uns 50 anos.

“Blumenau e Gaspar tem muito a ver com minha carreira, mas foi em Balneário Camboriú que vivi mais a minha carreira de cantora”.

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Nove décadas de vida e cinco de música (Arquivo Pessoal)

JP3 – O que representa a música em sua vida?

Eulina A música brasileira principalmente, em minha vida, representa toda a alegria que eu tenho de viver, passar alegria para os meus semelhantes.

JP3 – Como tudo isso começou?

EulinaTudo isto começou 10 anos depois do nosso casamento. Foi em 1949, em nossa casa em Blumenau, na Ponta Aguda, onde recebemos amigos seresteiros, e o meu marido naquela época também gostava muito, me deu toda a liberdade para eu cantar. Ele sempre me acompanhava em festas, em bailes…e onde eu podia, eu cantava por amor à arte dava uma palinha (risos).

JP3 – Qual a diferença das músicas mais antigas das atuais?

EulinaNão sei dizer bem certo qual a diferença das músicas antigas e as atuais, só sei dizer que é diferente, a emoção que sentia antigamente hoje não sei se é da música ou se é do estado emocional que a gente fica quando canta essas músicas antigas. Continuo gostando muito de músicas românticas.

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JP3 – Seu repertório é muito variado. Tem alguma música preferida?

EulinaSão tantas as músicas que eu gosto que não sei dizer se tem uma preferida, porque a gente vive muito a melodia como a letra da música e o ritmo depende do momento em que ouvimos. Só sei dizer que as preferidas são as músicas brasileiras.

São muitas as músicas que eu gosto, uma delas é que meu marido também gostava muito ‘A noite do meu bem’. Toda música com letra romântica é linda, pelo menos acho assim.

JP3 – Balneário Camboriú e a carreira de Eulina sempre andaram juntas e continua assim.

EulinaBlumenau e Gaspar tem muito a ver com minha carreira musical, mas foi aqui em Balneário Camboriú que vivi mais a minha carreira de cantora. Não sei se posso falar em carreira de cantora, porque não sou profissional, canto unicamente pelo prazer de cantar. Sempre disse… pago para cantar… mas sou muito feliz assim.

“Estou feliz porque eu deixo muita gente contente e alegre todos os sábados, principalmente as pessoas de idade e cadeirantes que não deixam de ir lá me ver”. 

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O show na praça sempre acaba em baile (foto Ivan Rupp)

JP3 – Quantos anos de shows na praça da Cultura?

EulinaDesde 2015, todas as semanas, precisa chover muito para eu não cantar. Ou acontecer uma pandemia que parou nosso show por mais de um ano…

JP3 – O show na praça que sempre acaba em baile retornou há alguns meses…

EulinaÉ muito interessante porque o meu estilo é seresta, na praça da Cultura comecei com seresta e agora canto também músicas dançantes, elas fazem parte do meu repertório, porque meu público gosta muito de dançar …então canto até música gaúcha. Estou feliz porque eu deixo muita gente contente e alegre todos os sábados, principalmente as pessoas de idade e cadeirantes que não deixam de ir lá me ver. Agradeço a Deus por toda essa força que ele me dá.

“Não sou profissional, canto unicamente pelo prazer de cantar. Sempre disse… pago para cantar… mas sou muito feliz assim”.

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