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O que vem por aí: camelôs querem construir praça na Rua 1.520

Um projeto que já vem sendo discutido há alguns anos entre o Camelódromo, que está completando 35 anos neste mês, e a igreja Matriz Santa Inês é a possibilidade de construir uma praça na Rua 1.520 (no trecho compreendido entre as ruas 910 e 1.400), com trânsito fechado e sendo mais uma opção de área de lazer para a comunidade. 

O síndico do camelô e agora vereador, Nelson Oliveira, já apresentou a proposta para a prefeitura, que teria apenas que fechar o trânsito no local – os custos da obra seriam inteiramente do condomínio [Camelódromo].

Nelson é síndico do camelô e está vereador, ele está tentando aprovar o projeto da praça da Rua 1.520 (foto Renata Rutes)

Nelson hoje é empresário e atuante no associativismo (já presidiu a Acibalc em 2013-2014, e foi o fundador do Núcleo de Informática, hoje chamado de Núcleo de Inovação) e é vereador suplente e subsíndico do Camelô, onde trabalhou, ainda na época da Praça da Lagoa, na Avenida da Lagoa, desde a temporada de 1991 até 1995. 

Ele inicialmente tinha uma banca de armarinhos, vindos de São Paulo, e depois mudou para outros produtos que tinham mais demanda, como eletrônicos. Em 1996, abriu uma loja de armarinhos e em 1999 sua loja de informática, a qual existe até hoje.

Cobertura transformou patinho feio em cisne 

Nelson Oliveira realizou o sonho de fazer a cobertura do camelô (foto Renata Rutes)

Quando Nelson saiu da presidência da Acibalc, assumiu como síndico do Camelô, o que para ele foi considerado um ‘desafio’ na época, já que muitas pessoas diziam que o local ‘não tinha jeito’, pois era o ‘patinho feio’ da cidade. 

O empresário conseguiu realizar o sonho de fazer a cobertura do local (em 2015 iniciaram as discussões sobre o projeto e em 2019 foi aprovado na Câmara de Vereadores, mesmo ano em que as obras iniciaram, sendo finalizadas neste ano, celebrando os 35 anos do camelô).

 “São mais de 200 boxes, 620 famílias envolvidas. Antes o camelô era um assunto político, vereadores e entidades questionavam para a prefeitura o que seria feito com o local, com a situação que vivíamos. Foi uma situação muito difícil, a história toda do Camelódromo foi pautada em luta e sofrimento. Quando a fiscalização chegava, eles estavam sempre errados porque não existia legislação, não existia nada, o Estado não acolhia. E agora, 35 anos depois, felizmente existe lei que nos ampara. E é isso que incentivou e buscamos que se legalizem. Com a cobertura, consegui convencer de que seria bom para todos, que todos poderiam ganhar, e a maioria ficou do lado do condomínio e conseguimos realizar, com a aprovação de 220 pessoas, sendo 194 votos válidos, dos 187 que precisavam, apenas uma família tentou impedir, porque não atendemos os interesses pessoais deles. Faria tudo de novo, porque mudamos o rumo da história”, diz.

Sustentabilidade

O camelô segue com novidades, como o lado sustentável que vem ganhando força, com apoio dos comerciantes: captação de água da chuva (o reservatório tem capacidade de comportar 37 mil litros de água de água da chuva e é usado nas áreas comuns do condomínio), reciclagem do lixo (todo o lixo recolhido é reciclado, feito a triagem e os materiais vendidos), o lixo orgânico é reciclado e transformado em subproduto para adubo, e existe ainda um projeto para instalar um painel solar para a geração de toda a energia das áreas comuns do camelô (está em aprovação na Celesc e, se aprovado, logo será instalado). 

Praça na Rua 1.520

Projeto da praça na Rua 1.520 em aprovação com a prefeitura

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A grande novidade será a possível construção de uma praça, junto a estes dois importantes atrativos turísticos [o camelô e a igreja Santa Inês], que Nelson defende que tende a fazer com que a área atraia ainda mais turistas. A indicação feita por ele ao Executivo salienta que já existe um projeto de modernização que prevê a construção da praça com recursos privados “existindo somente a necessidade da municipalidade aprovar a execução deste projeto”. 

“Esse projeto já tem mais de dois anos e eu agora, como vereador, tinha que apresentar essa ideia, e já indiquei ao governo municipal, que fechem aquele pedaço de rua, com base na justificativa de mais espaço para as pessoas, tanto da Igreja Matriz Santa Inês quanto do comércio camelódromo e do entorno, que está muito saturado. Somos um dos maiores complexos comerciais do sul do país, que tem o maior fluxo de pessoas desta cidade e que agora está preparado para receber ainda mais pessoas, então justifica de várias formas. Todo o entorno estará muito mais vivo, e o local merece. Vamos trazer parcerias, estrutura para ter posto de informação turística, possibilita venda de ingressos dos atrativos turísticos, e solicitaremos também um posto da Guarda Municipal”, explica.

Se a prefeitura aprovar o projeto, Nelson pretende solicitar a adoção do espaço, baseado na lei aprovada recentemente (saiba mais aqui), que cita a possibilidade de adoção de praças por empresas, que se tornam responsáveis por cuidá-las, realizando a manutenção.

“Nós que vamos executar o projeto e claro que a igreja poderá utilizá-la em seus eventos, será para uso público”, completa.  


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