Pilotos e comissários de bordo rejeitaram em assembleia no domingo, 18, a proposta feita por empresas aéreas e mantiveram o início da greve da categoria para esta segunda-feira, 19.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas, 76,4% dos 5 767 participantes da reunião não aceitaram o acordo. As empresas propõem reajuste salarial pelo INPC, além de adicional de 0,5% para repor perdas inflacionárias, e a inclusão de uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho que permita a compra de folgas dos tripulantes.
O sindicato reivindica que, além do aumento pelo INPC, o salário receba adicional de 5% para compensar perdas de 10% nos dois anos de pandemia. Os trabalhadores também exigem que as empresas respeitem as escalas de folga dos tripulantes e não programem jornadas de trabalho de mais de três horas em solo entre duas etapas de voo. As reivindicações são baseadas no alto valor das passagens aéreas e na melhora da situação financeira das empresas, de acordo com o Sindicato.
A greve começou nesta segunda, com atraso dos voos programados para decolagem das 6h às 8h, nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza.
Após esse horário, os voos terão partida nos horários normais, mas a greve deve causar desorganização geral da malha aérea.
Segundo o presidente do Sindicato, Henrique Hacklaender, não haverá cancelamento de decolagens. Isso permitirá cumprir decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou que 90% dos tripulantes permaneçam em atividade durante a greve.
(AE)