O Página 3 noticiou nesta semana que Balneário Camboriú tem cerca de 240 moradores de rua atualmente e que para tentar conscientizar a população [moradores e turistas] uma operação especial iniciará na próxima quarta-feira (15) e seguirá durante todo o verão (relembre aqui).
O vereador Lucas Gotardo viu de perto essa realidade, acompanhando o Resgate Social na quinta-feira (9).
Ele acompanhou a rotina do Resgate Social na abordagem e encaminhamento dos moradores de rua da cidade.
A situação dos moradores de rua foi um dos problemas públicos mais citados no Teste de Percepção do Contribuinte (TPC) – uma espécie de consulta pública permanente, que o vereador faz para direcionar as ações de seu gabinete.
Não dar esmolas
Há algumas semanas, Lucas esteve no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), convidado pelo diretor do Resgate, Roberto Ferreira, que reforçou o apelo para que a comunidade não dê esmolas.
Lucas [assim como o Página 3, através de comentários publicados em matérias] chegou a ser criticado por dar voz a essa recomendação, e resolveu fazer a ação na rua para mostrar que a realidade de perto é sim preocupante, e de difícil solução.
Durante a ação, o vereador conversou com várias pessoas em situação de rua. Os depoimentos, segundo ele, são ‘chocantes’; e vão desde andarilhos que afirmam terem sido mandados para cá por outros municípios, relatos de mais de R$ 350 coletados em esmolas em um dia, até troca de sexo por drogas.
Os registros feitos por Lucas estão disponíveis na íntegra neste link: https://bit.ly/AVidaNaRua.
“Hoje se o dia foi pesado pra mim, imagina para quem está na linha de frente todos os dias fazendo esse trabalho. Pior ainda para essas pessoas que estão nesta situação. O que peço a vocês é compaixão e compreensão. A situação é delicada, e estamos lidando com vidas. É preciso firmeza e profissionalismo para tratar isso”, disse.
Todos precisam ajudar
O vereador pontua ainda que o município tem responsabilidade social, mas infelizmente sozinho, município algum é capaz de tratar e curar uma situação presente no mundo inteiro.
“As políticas públicas e medidas têm que ser tomadas em nível de estado/país. Problemas de alcoolismo, drogas e psiquiátricos têm que ser tratados como saúde pública e não só como segurança. Nos manteremos firmes e atentos a essa situação, buscando de todas as formas controlar e ajudar a cidade. Sempre mantendo o respeito, dando o mínimo de dignidade humana e fazendo cumprir a lei. Não é fácil galera, não é fácil”, acrescentou.
O tema continuará na pauta do gabinete para futuras ações. Para participar do TPC de Gotardo basta acessar: bit.ly/TPCdoGotardo2.