Balneário Camboriú tem 567 focos do mosquito Aedes aegypti, um caso autóctone (contaminado dentro do município) e um caso indeterminado, registrados nos três primeiros meses do ano. Está entre os 108 municípios catarinenses considerados infestados, segundo o último boletim da DIVE/SC, publicado na semana passada. De acordo com o boletim Santa Catarina registrou 21.026 focos do mosquito em 187 municípios, de 3 de janeiro a 13 de março.
A diretora da Vigilância Ambiental, Eliane Guedes Casatti, que comanda o Programa de Combate a Dengue em Balneário Camboriú, disse que o número de focos é muito alto, porque choveu com frequência e aumentou o quantitativo de depósitos para o mosquito.
“No início de março foi realizado um rápido levantamento para verificar o índice de infestação da fêmea Aedes Aegypti.
A classificação ficou em alto risco, mostrando que os bairros Barra, São Judas e Estaleirinho eram os mais infestados. Devido a esse resultado a equipe iniciou as visitas nestes bairros para eliminar os criadouros e orientar a população”, disse Eliane.
Este é um dos motivos para redobrar os cuidados. As atividades do Programa seguem o ano todo, sempre orientando e vigilantes a prováveis focos nas residências que visitam.
Dengue&Covid
Outro fator preocupante e que vem gerando confusão nas pessoas é a semelhança dos sintomas da dengue com os provocados pelo coronavírus.
Eliane disse que desde o ano passado tem chegado muitos casos suspeitos para dengue, mas quando os agentes do Programa vão até a casa da pessoa com suspeita, ela já fez teste de Covid.
“Os sintomas iniciais confundem, mas os médicos estão atentos, para a dengue é solicitado exame de sangue, quando a suspeita é de Covid já é feito o teste. Normalmente as pessoas com dengue procuram atendimento, recebem o diagnóstico e as recomendações médicas, boa parte deles ficam em casa, alguns retornam quando os sintomas não melhoram”, detalhou.
Sintomas da dengue
- Febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de 2 a 7 dias;
- *Dor de cabeça;
- *Fraqueza;
- *Dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. *Manchas pelo corpo em 50% dos casos, normalmente no rosto, tronco, braços e pernas.
- *Perda de apetite, náuseas e vômitos em alguns casos.
- *Em casos graves, podem acontecer sangramentos de mucosas (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura são considerados sinais de alarme. Alguns pacientes podem, ainda, apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade.
Sintomas Covid
- *Febre;
- *Tosse seca;
- *Cansaço;
- *Dores e desconfortos
- *Dor de garganta
- *Diarreia
- *Conjuntivite
- *Dor de cabeça
- *Perda de paladar ou olfato
- *Erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés
- *Dificuldade de respirar ou falta de ar
- *Dor ou pressão no peito
- *Perda de fala ou movimento
Combate é simples
Não é impossível uma pessoa se contaminar com dengue e com coronavírus ao mesmo tempo. Por isso, alerta a diretora do Programa de Combate a Dengue, Eliane Cassati é preciso investir forte na prevenção. Além do trabalho dos agentes do Programa, cada pessoa precisa fazer a sua parte. Ficar vigilante em sua casa, no pátio, na calçada, na rua e eliminar possíveis focos de dengue.
O combate ao coronavírus é mais fácil ainda, as pessoas devem seguir à risca o que os infectologistas vêm pedindo há um ano: distanciamento, uso de máscara e álcool em gel, lavar sempre as mãos com sabão.
“No combate à dengue, todos devem fazer esse controle pelo menos uma vez por semana”, sugeriu Eliane.
- *Fechar bem a caixa d’água.
- *Tampar as lixeiras.
- *Eliminar plantas na água.
- *Colocar areia nos pratos de plantas.
- *Recolher e acondicionar o lixo do quintal.
- *Limpar as calhas.
- *Cobrir piscinas.
- *Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários.
- *Limpar a bandeja externa da geladeira.
- *Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação.
- *Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado.
- *Cobrir bem a cisterna.
- *Cobrir bem todos os reservatórios de água.
- *Depois da chuva, verificar poças em calçadas, pátios.
- *Recolher tampas e plásticos, que podem se tornar focos com a água da chuva.