- Publicidade -
- Publicidade -
25.6 C
Balneário Camboriú

“Não tem jeito”, diz secretário de Segurança sobre aumento de pessoas em situação de rua em Balneário Camboriú

- Publicidade -
- Publicidade -

Leia também

Filme mostra que chuva danificou seriamente a praia alargada de Balneário Camboriú

Em tese, a enseada da Praia Central forma um sistema fechado, e a areia levada pela chuva deve retornar gradualmente. 

Balneário Camboriú é vacinada contra chuvarada – e te liga Jorginho

No passado tivemos eventos muito piores do que a chuvarada desta semana, confira as fotos das antigas e assista o filme

Mari Fernandez, U2 Cover, Clube dos Canalhas e mais atrações especiais em BC e região

O clube de comédia de Balneário Camboriú, que fica na Quarta Avenida, tem programação toda semana, sempre trazendo nomes de destaque do humor nacional, regional e estadual.
- Publicidade -
- Publicidade -

Chamou a atenção nesta semana um ‘cadeirão’ do Corpo de Bombeiros que se transformou em uma ‘cabana’ para abrigar pessoas em situação de rua, na Praia Central de Balneário Camboriú. 

O secretário de Segurança da cidade, Antônio Gabriel Castanheira Junior, disse que estão cientes da situação e que houve aumento no número de pessoas em situação de rua (segundo dados de setembro, há cerca de 130 pessoas morando nas ruas do município – sendo que em agosto havia 94), culminando também com o aumento de crimes como furtos e roubos – uma mulher inclusive foi presa duas vezes em poucos dias e já está novamente nas ruas (relembre aqui). 

“Não tem jeito”

O secretário disse que com o fechamento da Clínica Social (porque não podem mais conduzir de forma compulsória), houve aumento no número de moradores. A Clínica contava com equipe de psicólogos, médicos e levava qualquer pessoa encontrada em situação de rua para o local (onde ficavam das 19h às 7h), podendo tomar banho, se alimentar e passar por consulta médica e aceitar ou não tratamento para dependência química. 

Além disso, também houve a decisão do Supremo Tribunal Federal, que proíbe levar pessoas em situação de rua para atendimento, mesmo que de saúde, se não for da vontade do abordado, respeitando o direito de ir e vir. 

“Isso atrapalhou muito o nosso trabalho. Abordagens, hoje, estão em pro forma (por pura formalidade), praticamente. Fiz reunião nesta semana com a Abordagem Social, buscando encontrar uma forma de trabalharmos e concluímos que não tem jeito”, afirmou.

Castanheira disse que ‘não há jeito’ porque é muito difícil uma pessoa que está em situação de rua aceitar ajuda – lembrando que na cidade, segundo dados da prefeitura, quem vive nas ruas ou é usuário de drogas e/ou alcoólatra e não famílias inteiras como acontece em grandes cidades, a exemplo de São Paulo. 

“É muito difícil alguém aceitar ir por conta. Temos experiência de rua, e não de papéis e gabinete. Sabemos que se só abordar, ninguém aceita ajuda. Um ou outro aceita dormir na Casa de Passagem [espécie de albergue municipal], mas ninguém quer tratamento. Esse tipo de política [sem condução compulsória] só vai fazer aumentar a população de rua – vai fomentar que permaneçam nas ruas, ao invés de conseguirmos recuperá-los e trazer de volta para a vida social, ao mercado de trabalho”, acrescentou.

Secretário diz que pode aumentar ainda mais

Muitos moradores relataram ao jornal que perceberam o aumento de moradores de rua – uma moradora do Centro disse que vê diariamente um homem praticamente morando em um quiosque de milho e churros próximo da Rua 2.500. 

“Sabemos de tudo. Já estamos vendo o aumento, as pessoas andam nas ruas e percebem, não há como negar isso. E foi algo que se intensificou recentemente – de janeiro a maio a situação na cidade estava tranquila, eu e o Comandante da PM [Rafael Vicente] percebemos que havia poucas ocorrências, e agora com o aumento da população de rua, aumentou crimes como furto. Sabemos que agora a partir de outubro vêm ainda mais pessoas, por isso estamos vendo de que forma podemos agir. Uma delas é abordar muito. Lembrando que moradores de rua são dependentes químicos, precisam usar droga todos os dias, se não trabalham como conseguir dinheiro? Com esmola ou furto”, pontuou.

Castanheira explicou que encaminham muitos dessas pessoas para a delegacia, mas quando não são foragidos da Justiça [acontecem muitas prisões de foragidos que estão em situação de rua em Balneário], dificilmente ficam presos. “Normalmente na delegacia veem como ‘furto pequeno’, mas eu detesto falar isso. É pequeno para quem? Incomoda o furto de bicicleta, de celular, e aumentaram muito esses casos. Sabemos que não vai ser resolvido com pena de cadeia, temos que entender que é situação que influencia na segurança, mas não é segurança, é situação de saúde pública. Se a pessoa está doente, tem que tratar a doença”, completou.

Se você viu alguém em situação de rua ou sabe de uma pessoa que precisa de auxílio nesse sentido, acione o Resgate Social de Balneário Camboriú. O órgão atua diariamente, 24h, incluindo domingos e feriados, fazendo rondas pela cidade e também atendendo denúncias via 156.

Para receber notícias do Página 3 por whatsapp, acesse este link, clique aqui


- publicidade -
- publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas