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Balneário Camboriú

“Saudades da correria do fechamento de edição”, por Renata Rutes Henning

Memória & Histórias 30 anos JP3

(Equipe de funcionários e colaboradores)

Durante esses 30 anos de jornalismo do Página3, passaram pela redação dezenas de funcionários e colaboradores, esse relato é de um deles.

Minha história com o Página 3 começou em agosto de 2013, quando eu havia recém feito 18 anos e estava ainda no segundo período da faculdade de Jornalismo. 

Aquela que se tornaria minha querida chefe e uma das pessoas que mais me ensinaram na vida, Marlise, me convidou por e-mail para uma entrevista de estágio no jornal, que coincidentemente tinha a redação muito perto da casa da minha mãe. Acho que nunca fiquei tão nervosa como durante aqueles dias. 

Lembro até hoje da minha primeira matéria: sobre uma farmácia que havia recém aberto em Balneário e era especializada em remédios manipulados para pets. Nesse começo, eu adorava fotografar buracos pelas ruas da cidade (risos), que foram muitas contracapas do jornal! Tinha vergonha de tudo, pedia até para usar o telefone! Imagina, uma jornalista pedir autorização para entrevistar… 

Foram muitas matérias policiais, culturais, sociais, coberturas de eleições… erros, acertos, histórias emocionantes – muitas vezes vinha o nó na garganta, a vontade de chorar com casos emblemáticos, a exemplo do desaparecimento do menino Ícaro, sem solução até hoje. 

Quando comecei no jornal, ainda era o tempo do jornal impresso. A saudade da correria para o fechamento da edição existe até hoje! E inclusive muitos leitores questionam por qual motivo não fazemos mais edições impressas… realmente sou saudosista. Bons tempos! 

Com a dupla sertaneja no Musik Park (foto Daniel Nardes)
Com Armandinho no Musik Park (foto Daniel Nardes)

O online veio com força e hoje o Página 3 está 24h na atividade. Com conteúdo 100% produzido por nós, reportagens especiais… e, é claro, não dá para não citar a pandemia. Essa que mudou o mundo e nos fez (e ainda faz, infelizmente) noticiar tantas situações tristes. Vejo que as redes sociais nos aproximaram dos leitores, mas também deram voz ao ódio e às fake news. Fico muito triste quando vejo tantas pessoas duvidando do trabalho dos jornalistas e questionando a procedência do que noticiamos, mas ainda é reconfortante saber que temos muito apoio e lembro sempre que nosso foco é algo muito maior. 

Não vamos nos calar, nosso trabalho é relevante e foi o que sempre admirei no Página 3: a persistência. 

30 anos se passaram e ainda estamos em atividade, fazendo jornalismo todos os dias! 

Sempre gostei de poder ajudar com o meu trabalho, de ouvir os moradores e através de nossas reportagens solucionar algo que os incomodava, ou então de dar voz para quem tem tanto para dizer, mas até então não tinha espaço. 

Digo sempre que o Página 3 me formou a jornalista que sou hoje (sei que muitas pessoas me conhecem como ‘a Renata do Página 3’ e adoro isso, hehe!) e se tornou também a minha família (Marzinho, Marlise, Carol, Nanda, Jeff, Fab e a Dani). Tenho muito orgulho da história desse jornal que está completando 30 anos e de saber que em oito destes eu faço parte (entre idas e vindas, rs! Saí em 2017 e retornei em 2019, e foi a sensação realmente de voltar para casa). 

Escrevemos diariamente sobre essa nossa linda Balneário, vimos ela mudar, crescer e, sobretudo, encantar tantas e tantas pessoas. 

Espero que venham muitos anos mais e que sigamos acompanhando os próximos capítulos de Balneário, contando histórias reais e ajudando fazer dela uma cidade ainda melhor.  

Acompanhando a limpeza do rio Cambroiú este ano (fotro Daniel Nardes)

Nota da Redação: Renata é repórter do Página3 há 8 anos.

Leia mais matérias sobre os 30 anos do Página3

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