A limpeza urbana de Balneário Camboriú recebe elogios e sempre é lembrada nas pesquisas realizadas na temporada, porque faz parte das principais referências atribuídas a cidades turísticas.
Uma cidade limpa significa qualidade de vida, um quesito importante para quem deseja veranear ou morar e a administração municipal investe mensalmente cerca de R$ 3 milhões nesses serviços.
O secretário de Turismo de Balneário Camboriú, Thiago Velasques disse que a avaliação dos turistas é sempre muito boa, como indicam os dados da última pesquisa de Demanda Turística, realizada na alta temporada 2022, através de empresa contratada pelo Consórcio Intermunicipal de Turismo Costa Verde e Mar – CITMAR
“Estamos fazendo outros tipos de pesquisas no Centro de Eventos, com destaque para respostas positivas na questão da segurança, da limpeza e do cuidado com a praia”, acrescentou Velasques.
Ambiental cuida da limpeza urbana
A empresa Ambiental é responsável pela limpeza urbana, mas a fiscalização do serviço é responsabilidade da Secretaria de Obras.
O secretário da pasta, Osmar de Souza Nunes Filho (Mazoca) explicou que tem obrigação de fiscalizar e acompanhar permanentemente esse trabalho realizado na orla, avenidas, ruas e jardins, coleta de lixo comum, coleta reciclável, varrição, entre outros.
“Além do trabalho que a Ambiental faz, temos uma equipe que fiscaliza permanentemente os locais porque, infelizmente, tem pessoas que após a limpeza, já colocam resíduos ou entulhos, móveis na rua outra vez. Nós fiscalizamos também o lixo comum, se está sendo recolhido de acordo com uma planilha feita semanalmente. As lixeiras, contentores, tudo precisa ser fiscalizado e a limpeza destes equipamentos também. Também é importante receber as reclamações para poder resolver o problema de imediato. É muito trabalho, muito foco e muita fiscalização, pedindo sempre a colaboração de toda população, porque é importante, para ter a cidade limpa e ordeira sempre. O segredo da terceirização está na fiscalização”, disse.
Responsabilidades da Secretaria de Obras
Mazoca explicou que a responsabilidade é fiscalizar e trabalhar em conjunto com a Ambiental.
“Além dos fiscais, temos nossa equipe, tanto na região central como na região sul que dá suporte. O contrato da Ambiental não contempla os terrenos baldios, isso é responsabilidade do município, além de fiscalizar os terrenos baldios, todo processo de comunicar o proprietário, que pode ser multado, temos que fazer os procedimentos de limpeza no local. Terrenos municipais e áreas públicas também, porque não estão contempladas no contrato da Ambiental. Além disso, a lavação das praças, ruas, calçadão, praça Tamandaré, Pontal Norte, Barra Sul, Rua 1000, praça Higino Pio, praça da Cultura, Teatro Municipal, serviço que fazemos quinzenalmente e alguns semanalmente”.
Falta mão de obra
Segundo o secretário de Obras, a Ambiental trabalha no inverno com 280 pessoas e 340 na alta temporada, para limpeza na areia da praia central, nas praias agrestes, região sul e áreas centrais.
“Importante colocar que, com o alargamento da faixa de areia, o custo com pessoal e equipamentos aumentou. Também entra na conta, no período de 26 de dezembro a 15 de janeiro, a contratação de uma equipe auxiliar. Também é preciso dizer que falta mão de obra, normalmente a Ambiental precisa buscar em outras cidades”, afirmou.
Maiores dificuldades para manter a cidade limpa
Segundo Mazoca, é a concentração da população, que ele divide em turistas temporários, os que moram pouco tempo e os residentes.
“Os de fora muitas vezes não sabem nossa cultura, e colocam o lixo fora dos horários. No centro a coleta é diária, nos bairros é em dias alternados e muitas pessoas colocam o lixo para fora nos dias em que o caminhão não passa. A cidade é um canteiro de obras, é obrigado usar contentores, mas muitos não usam. Nós recolhemos o volume de 1m3, mas as pessoas põe mais que isso, colocam grandes podas e neste item temos outro grande problema, que é a Celesc fazendo podas radicais sem recolher os galhos. Isso está se avolumando, uma concessionária de serviço público que deveria fazer o serviço completo e já foi conversado com eles, mas não fazem. Todo esse conjunto acaba se tornando um grande problema que temos para manter a cidade limpa, principalmente nos fins de semana, quando a Celesc tem ociosidade da mão de obra deles e fazem esses cortes porque estão atrapalhando a fiação”, lamentou o secretário.
Volumosos: demanda só aumenta
A coleta dos volumosos feita pela Ambiental começou em 2019, mas foi ampliado há dois anos e a demanda não pára de crescer.
A média mensal é de 5.380 recolhas, um volume considerável segundo Mazoca.
“Mais que em Joinville que é muito maior que Balneário Camboriú. Mas aos poucos notamos que esse serviço vem despertando atenção das pessoas. Já há uma consciência da população sobre os dias em que o caminhão passa para recolher, que é uma vez por semana, entre 6h e 16h”.
Serviços de manutenção
Além da limpeza urbana, a Ambiental é responsável por alguns serviços de manutenção, entre eles, o paisagismo.
“Na Avenida Atlântica, o paisagismo é feito por uma equipe de 10 funcionários da Secretaria de Obras. Eles cuidam somente da beleza dos canteiros da beira mar”, disse Mazoca.
Outros serviços importantes de manutenção, destacados pelo secretário, são a limpeza das quase 11.800 bocas-de-lobo e das caixas de passagem das bocas-de-lobo, um investimento em convênio com a Emasa
“É surpreendente o volume de areia e sujeira depositado e varrido nas bocas de lobo. É uma manutenção constante, que começou há quatro anos e vem tendo resultados positivos”, afirmou Mazoca.
A limpeza das galerias, serviço implementado esse ano, começou em fevereiro no ribeirão Peroba, que estava totalmente obstruído.
“É um trabalho novo, para manter limpo o que a cidade já tem, mas será uma rotina de manutenção constante”, disse o secretário.
Mazoca anunciou a implementação de um serviço terceirizado de poda, que vai começar pela avenida Atlântica, mas ainda em fase de licitação.
“Balneário Camboriú tem hoje perto de 12 mil árvores. Decidimos terceirizar esse serviço, para fazer um trabalho mais aperfeiçoado”, justificou.