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Luciana Andréa
Luciana Andréa
Terapeuta Integrativa e Holística com especialização em plantas medicinais.
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O chá de Gengibre aumenta a pressão arterial… Mito ou Verdade?

Os segredos desta antiga planta de cura vão muito além do seu uso culinário e um chazinho para gripes como costumamos consumi-la.

O Gengibre é um antigo conhecido das medicinas orientais principalmente da medicina Chinesa e na indiana  Ayurveda, onde é reconhecido pelo nome sanscrito Sringavéra, de onde se derivou a denominação grega e desta para o latim de Zingiber.

Seu nome científico é Zingiber officinale, e também é conhecido popularmente em algumas regiões como Mangarataia e Mangaratiá. Sua parte mais utilizada é o rizoma (raiz subterrânea), mas suas folhas também possuem princípio ativo e suas flores são usadas em belos arranjos ornamentais.

O gengibre pertence à família das Zingiberaceae, é uma planta herbácea e perene que pode atingir cerca de 1 m de altura. Suas folhas verdes escuras nascem de um caule duro, grosso e subterrâneo, conhecido como rizoma, que é a parte mais usada para o consumo. As flores são tubulares, de cor amarelo- esverdeado e surgem em espigas eretas, são conhecidas no oriente como “bastão do imperador” e, dependendo da espécie, podem apresentar outras cores, especialmente vermelho e rosa.

(Foto Arquivo Pessoal)

Os Rizomas de gengibre maduros são quase secos e fibrosos e tem sabor picante. Já os mais jovens são suculentos, carnudos e de sabor suave. O gengibre tem um cheiro forte, mas doce e ao mesmo tempo amadeirado. É este aroma e sabor marcante que o torna uma excelente escolha como especiaria na preparação de alimentos em todo o mundo.

Conhecido a mais de dois mil anos, o gengibre é originário da Ásia,  crescendo originalmente na Índia e na China. Foi introduzido na Europa por Marco Pólo, durante a Idade Média e passou a ser a especiaria mais procurada e comercializada, perdendo apenas para a pimenta. 

Os maiores produtores de gengibre são do subcontinente indiano e do sul da Ásia. A Índia lidera o mundo com 30% da produção mundial, seguida pela China com 19%, Nepal com 13%, Indonésia com 12% e Tailândia com 7%.

No Brasil, o gengibre chegou menos de um século após o descobrimento, tudo indica que, trazido pelos holandeses.  Hoje, o gengibre é cultivado principalmente na faixa litorânea do Espírito Santo, no  sul de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul,  em razão das condições de clima e de solo mais adequadas.

(Foto Arquivo Pessoal)

Usos do gengibre

Atualmente é utilizado como planta medicinal, óleos essenciais, em cosméticos, shampoos, sabonetes, em bebidas, como condimentos em pratos salgados, doces e também pode ser usado, fresco, seco, em conserva ou cristalizado.

Na culinária:

A raiz de gengibre fresca é amplamente utilizada na China, no Japão, na Indonésia, na Índia e na Tailândia. No Japão costuma-se usar o suco (do gengibre espremido) para temperar frango e as conservas “beni shouga”, feitas com os rizomas jovens, que são consumidas puras ou com sushi. Já o gengibre cristalizado é um dos confeitos mais consumidos no Sudeste Asiático. O gengibre também é processado na forma de doces e pode ser facilmente encontrado pães e biscoitos de gengibre nos países ocidentais.

O gengibre também é usado para fazer cerveja de gengibre por jamaicanos e gregos. Estas são basicamente as bebidas carbonatadas tradicionais, e aqui, já ganharam o gosto dos brasileiros, que a produzem de forma caseira.

Além disso, existe o vinho de gengibre! Sim, é literalmente vinho, mas tem sabor de gengibre e é produzido no Reino Unido. No Brasil também é produzido artesanalmente o Ginger, uma espécie de refrigerante, bebida gaseificada obtida a partir da fermentação do chá de gengibre.

(Foto Freepik)

Gingerbread  é uma palavra usada para identificar os doces feitos com gengibre, mel ou melado. Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, podemos encontrá-lo no formato de boneco, com bordas decoradas de glacê.

A Alemanha tornou-se famosa devido ao gengibre, graças a seu elevado uso pelos padeiros na elaboração do gingerbread. Eles apresentavam decorações de natais bastante elaboradas devido a uma tradição do século XVI, criações popularizadas por contos de Grimm e da história de Hansel e Gretel.  O  homem biscoito de gengibre, provavelmente alcançou seu apogeu durante este período.

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS

Na Fitoenergética:

A Fitoenergia é a função da planta relacionada ao poder oculto, ou à energia sutil da planta que atua na alma humana, no campo dos pensamentos, sentimentos, emoções e até no campo espiritual.

O chá de gengibre tem a ação de: Criar simpatia nos relacionamentos, alegria, amorosidade, doçura, intimidade e companheirismo. Eliminar o mau humor nas relações e trazer simplicidade para resolver problemas com o parceiro. Existem formas de ativar e utilizar a energia das plantas, por isso é importante consultar sempre um terapeuta fitoenergêtico.

Na Aromaterapia:

O Gengibre é o óleo essencial do poder pessoal. – seu aroma penetrante promove o enraizamento, direcionando a mente e dissipando as dúvidas. Aporta coragem e o sentimento de ser capaz. Facilita o posicionamento e acalma a apreensão vinda da necessidade de corresponder às expectativas dos outros, situação que causa restrição das habilidades individuais.

E também é usado como afrodisíaco masculino – antigos livros do oriente já relatavam o poder do gengibre como afrodisíaco.

O  livro: Aromaterapia para o Amor, de Tara Fellner, (Ed. Nova Era) diz que:
 “as mulheres do Senegal amassam o gengibre e utilizam-no em cintos para estimular o interesse sexual de seus maridos. E tanto a raiz quanto o óleo têm um efeito quente e ardente…”

Para as terapias complementares, segundo especialistas em aromaterapia e as escritoras e aromaterapeutas  inglesas: Susan e Valerie Worwood, em seu livro:  Aromaterapia Essencial, diz-se quanto ao óleo essencial de gengibre:

“Inalado o perfume do gengibre é estimulante, abranda a confusão mental e é um perfume quente para aquecer o coração”.

“O perfume inalado é calmante e confortante, especialmente se você estiver se sentindo solitário ou quando estiver viajando.”

Como planta medicinal é reconhecida como uma das mais antigas do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona.

(Foto Freepik)

Na Medicina Chinesa:

De acordo com a fitoterapia chinesa, a raiz do gengibre apresenta as propriedades acre e quente. O gengibre é usado para aquecer o baço e o estômago expelindo o frio, bem como para aquecer os pulmões a fim de expelir secreções. A raiz também é usada contra a perda de apetite, membros frios, diarreia, vômitos e dor abdominal. Ainda, por sua reconhecida ação na circulação sanguínea, ele é utilizado contra a disfunção erétil. (Uma pesquisa da Unicamp, realizada em coelhos, comprovou os efeitos do gengibre, testando sua ação em coelhos.) Além disso, o óleo de gengibre também é utilizado para massagear o abdome, provocando calor ao corpo e excitando os órgãos sexuais.

Uso Popular:

Há milênios, o gengibre é um dos métodos mais populares de combater dores, por ser um ingrediente barato e saudável. Popularmente, o xarope ou o chá de gengibre, feito com pedaços do rizoma fresco fervido em água, é usado no tratamento contra gripes, tosse, dores de garganta, resfriado e até ressaca.

Pesquisas Cientificas e Propriedades Medicinais:

A OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu a ação dessa planta sobre o sistema digestivo, tornando-a oficialmente indicada para evitar enjoos e náuseas, confirmando alguns dos seus usos populares, onde o gengibre é indicado na digestão de alimentos gordurosos e diferentemente das drogas, não provoca efeitos colaterais, nem sonolência, pois o gengibre não atua através do sistema nervoso.

O gengibre é rico em vitaminas do complexo B e vitamina C, com potente ação antioxidante, combatendo os radicais livres.

Possui significativa ação antimicrobiana e anti-inflamatória, sendo útil, por exemplo, em infecções e inflamações da garganta como faringite, laringite, amigdalite.

No sistema respiratório, ele inibe vírus que causam infecções pulmonares. Inibe a tosse melhor que o Fosfato de diidrocodeína.

No estomago é um excelente estimulante digestivo, melhorando a digestão, combatendo os gases estomacais, sensação de queimação, inchaço, dor e as cólicas. Ainda é um excelente protetor estomacal contra álcool ou medicamentos químicos e auxilia no combate do H.Pilory, segundo pesquisas realizadas nos EUA e Arábia Saudita.

Diversos estudos comprovam ainda, sua eficiência em tratamentos contra náuseas e vômitos em pacientes de pós-operatório, náusea viral e enjoo matinal, também em gestantes e especialmente em pacientes em tratamento de quimioterapia. Ainda com relação a quimioterapia, os extratos de gengibre apresentaram uma excelente ação protetora dos rins, inibindo os danos causados pelos medicamentos químicos.

Como anti-inflamatório, diversas pesquisas, incluindo uma pesquisa brasileira realizada na USP, apontam o gengibre com excelente ação nos casos de inflamações de diversas espécies como: bronquites, burcites, artrites, artrose, etc, reduzindo dores articulares e lesões musculares em comparação com outros medicamentos, como o Ibuprofeno, por exemplo.

É protetor do fígado contra os efeitos negativo colaterais do Paracetamol. 

Nos casos de trombose, estudos mostram que ele reduziu as  plaquetas e agregação plaquetária. Por este motivo não é recomendado o uso de gengibre em pacientes com doenças hemorrágicas como a dengue por exemplo.

Possui ação cardiotônica, em doses leves, fortalecendo o coração e pode causar elevação da pressão arterial. Porém, em doses elevadas (acima de 3gr) pesquisas mostram que o gengibre causa hipotensão e bradicardia (redução do ritmo cardíaco) e ainda inibe a Enzima Conversora de Angiotensina, evitando a compressão dos vasos sanguíneos. Ressaltando a frase atribuída a Paracelso – Médico e Físico do século XVI; A diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem.

Nos casos de hipotireoidismo, pode auxiliar na estimulação da tireoide e a produção de T3, principalmente em associação com a casca de melão.

Controla glicemia com a mesma eficiência da Glicazida. Aumenta a insulina na corrente sanguínea, e reduz colesterol. Reduz a eliminação de proteína pela urina.

No controle do colesterol, reduziu o colesterol comparável ao Gemfibrozil. 

E nos casos de obesidade, outras pesquisas mostraram que o uso de gengibre aumentou a excreção de gorduras pelas fezes, reduziu o ganho de peso, aumentou insulina e controlou colesterol.

Na aterosclerose, uma pesquisa indiana mostrou que o extrato de gengibre por 60 dias, reduziu o índice aterogênico de 4,7 para 1,2 e reduziu as placas ateroscleróticas.

Nos homens, ele aumentou a fertilidade e a concentração de testosterona na corrente sanguínea, mostrando ser um importante aliado nos tratamentos de disfunção erétil.

Como ação antitumoral, causou redução da área e do número de células tumorais no câncer de pele. No câncer de fígado, tem ação antitumoral e anti-inflamatória. No câncer de cólon inibe as células tumorais, reduz a irrigação sanguínea do tumor, e ainda inibe células de câncer de mama.

Toxicidade e contraindicações:

Se você ficou impressionado por essa raiz quase mágica e suas propriedades benéficas: vê se não exagera! É sempre bom saber quando parar, pois o uso excessivo de raiz de gengibre fresco pode causar azia, irritação da mucosa oral, insônia e provocar a exacerbação de uma úlcera de estômago (se essa já existir). Portanto, antes de começar um tratamento ou cura com o uso de raiz de gengibre, você precisa examinar não apenas suas propriedades benéficas, mas também as contraindicações!

Pesquisas demonstram que seu uso é seguro nas doses recomendadas. Não apresenta toxicidade e pode ser usado na gestação, sob acompanhamento e orientação médica. É contra indicado para crianças menores de 6 anos, assim como nos casos de doenças hemorrágicas, em pessoas com doenças hepáticas, colite, cálculo biliar e em interação com anticoagulantes.

Formas de uso:

Chás, tinturas, capsulas, xaropes, óleos essências, óleos medicados, compressas, banhos, cataplasmas…

Lembrando sempre que, as informações contidas nessa coluna têm caráter informativo, portanto não são utilizadas para auto-diagnóstico, auto-tratamento ou auto-medicação. É de extrema importância que você converse com o profissional de saúde que te acompanha sobre a possibilidade de incluir as plantas medicinais no seu tratamento e nenhum tratamento médico ou uso de medicação química deve ser interrompido ou substituído abruptamente pelo uso de plantas medicinais. Crianças, idosos e gestantes exigem cuidados e dosagens específicas sob algumas plantas. Consulte sempre um profissional da área.

As informações completas sobre as plantas, terapias e dicas importantes sobre tratamentos naturais, estarão sempre disponíveis na página da @banho.de.mato no instagram, mas você também pode me consultar no whatsapp sobre outras plantas e tratamentos naturais, ou enviar sugestões para as próximas publicações.

Gratidão e o desejo de saúde e bem estar a todos!

Banho de Mato – Um cuidado que vem da natureza           

Luciana Andrea – Terapeuta Natural – (47) 99997.8889

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