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Carta de um empreendedor: por que empreender no Brasil é tão desafiador?

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Texto: Renan Schaefer

Recentemente, o Brasil registrou um novo recorde no número de aberturas de empresas. O número de microempreendedores individuais cresceu em 2,6 milhões em 2020. Os números, apresentados pelo “Mapa das Empresas”, através do Ministério da Economia, apontam que foram abertas 3.359.750 empresas, um aumento de 6,0% em relação a 2019 e um recorde histórico de abertura de empresas no País. Mas a questão que nos traz aqui é: por que empreender em nosso país sempre foi tão desafiador e diferente dos outros países?

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É preciso contextualizar: hoje, pelo menos 56,7% dos negócios do Brasil são enquadrados como MEI. Foram 2,6 milhões de MEIs abertos em 2020, um crescimento de 8,4%. De acordo com dados do SEBRAE, a participação de jovens e mulheres também representa uma diferença gigante do nosso país. Vejamos: os jovens no empreendedorismo, de 18 a 24 anos, já representam mais de 22,2%. A presença das mulheres soma mais de 30 milhões. De acordo com a Global Entrepreneurship Monitor, o fator feminino representa 48,7% do mercado nacional, fazendo com que sejamos o 10º país no mundo com mais mulheres em cargos de liderança, segundo um estudo “Women on the Business 2019” da International Business Report (IBR).

Mesmo diante de toda essa criatividade típica dos brasileiros, é preciso confessar: há muito tempo não temos “ídolos” que inspiram gerações a buscarem ser cada vez melhores e cada vez mais, fazer a diferença! Creio que na minha geração, dos nascidos em meados da década de 1980, um dos grandes ídolos que tínhamos era Ayrton Senna, um grande piloto de fórmula 1, um atleta extremamente competitivo, obstinado e que se dedicava muito para ser o melhor naquilo que fazia, inspirando gerações, pessoas, empreendedores, que viam, em Senna, um modelo de como ser melhor a cada dia.

Contudo, desde Senna, tivemos sim outros ídolos, mas algo que particularmente eu sinto falta, é de um ídolo no mundo dos negócios. Temos hoje grandes líderes e empreendedores, como Jeff Bezos, Elon Musk, dentre outros diversos nomes internacionais. No Brasil, me chamam a atenção nomes como Silvio Santos, Jorge Paulo Lemann, Miguel Abuhab, Romero Rodrigues, Eric Santos, Theo Orosco, Brunno Galvão, Rudá Pellini, dentre tantos outros grandes nomes do mundo da tecnologia e inovação que têm surgido. 

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Apesar dessa nova safra de empreendedores, particularmente ainda sinto falta de algum nome que seja “inquestionável”. Por que eu digo isso? Porque aqui no Brasil empreender é extremamente difícil e complexo. Porque empreender no Brasil não é para amadores. Porque, infelizmente, ter lucro é tido como algo ruim.

Ao avaliar o atual cenário, concluímos a capacidade de reinvenção do brasileiro: os maiores geradores de empregos são as pequenas e médias empresas. A realidade dos pequenos negócios criando mais vagas que as médias e grandes empresas é constatada com informações do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Autor: Renan Schaefer

Graduado em Relações Internacionais pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL (2009), MBA em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas – FGV (2013), mestre em administração pela ESAG/UDESC, analista de investimentos certificado pela Associação dos Profissionais de Mercado de Capitais (APIMEC)

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