O policial envolvido com a ‘expulsão’ de 18 pessoas em situação de rua de Itajaí (relembre aqui), no último dia 31 de outubro, foi preso preventivamente, segundo a PM de Santa Catarina divulgou nesta sexta-feira (10).
A expulsão das pessoas em situação de rua deu o que falar, porque o grupo veio a pé para Balneário Camboriú, onde a Secretaria de Inclusão Social os recebeu e ficou esperando até que a Abordagem Social de Itajaí viesse ‘reacolher’ o grupo (a secretária de Inclusão de Balneário, Christina Barrichello, chegou a informar que as pessoas em situação de rua citaram um policial chamado Tadeu, que seria o responsável pela operação).
Na ocasião, a prefeitura de Itajaí disse não saber sobre a expulsão (e ainda teria ocorrido agressões), que teria sido coordenada de forma isolada pela Polícia Militar, e buscaram os moradores de rua.
Desde então, a PMSC investigava a situação, e nesta sexta (10) prendeu preventivamente o policial que teria ‘coordenado’ a expulsão. Também foram cumpridos outros seis mandados de busca e apreensão, requeridos pela Corregedoria-Geral da PMSC, com manifestação favorável do Ministério Público.
A investigação seria de cunho sigiloso, por isso mais informações não foram repassadas para a imprensa, ‘sob risco de prejudicar o andamento das apurações’, informou a Polícia Militar.
Nota
A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) vem informar através de nota que:
- Na tarde desta sexta-feira (10/11), deu cumprimento a um Mandado de Prisão Preventiva e seis mandados de Busca e Apreensão, em desfavor de militares que atuam no 1º Batalhão de Polícia Militar, na cidade de Itajaí/SC.
- As ordens judiciais foram requeridas pela Corregedoria-Geral da PMSC e, após manifestação favorável do Ministério Público Estadual, deferidas pelo Juízo da Vara de Direito Militar da Comarca da Capital.
- O Inquérito Policial Militar apura a conduta dos militares implicados na ação policial ocorrida no último dia 31 de outubro, envolvendo cerca de 18 (dezoito) pessoas em situação de rua.
Por se tratar de investigação ainda em curso, e de cunho sigiloso, não serão repassadas mais informações, sob risco de prejudicar o andamento das apurações.