O ex-prefeito Leonel Pavan avançou no projeto de alargamento da praia, com seu secretário do meio ambiente Raimundo Malta, no começo da década de 1990, trazendo especialistas e buscando alternativas para a obra que sempre esbarrava na falta de dinheiro.
Com orçamento apertado, Pavan parece ter feito as opções corretas ao investir na reurbanização da Avenida Atlântica, desenvolvendo sobremaneira o turismo da cidade, e na expansão da acanhada estrutura de saúde e educação para atender os moradores.
Foi Pavan quem promoveu o plebiscito do alargamento, em 2001, que resultou em baixa adesão popular, mas ampla maioria a favor do sim: 4.752 votos favoráveis e 1.795 contrários, num eleitorado apto a votar de 50 mil pessoas.
Esse plebiscito municipal foi o primeiro e até hoje o único realizado em Balneário Camboriú; a votação foi acompanhada pelo TRE; serviu como audiência pública e teve também uma votação não oficial, pela internet, promovida pelo Jornal Página 3.
Foi com certeza a primeira “enquete” pela internet, numa cidade em que poucas pessoas tinham acesso à Web.
Pavan foi prefeito três vezes, governou a cidade durante uma década, fez obras notáveis como a Interpraias (com verba federal), identificou jazidas de areia que imaginava-se poderiam ser usadas, mas não conseguiu alargar a praia, porque não havia dinheiro para isso.
Nesta semana, ele disse ao Página 3 que ficou emocionado ao assistir o início do alargamento da sacada de casa. “Quero cumprimentar o Fabrício por ter dado continuidade ao nosso sonho, ele que disse nas rádios ter votado a favor do plebiscito, vai dar certo, apesar de alguns que torcem contra”, concluiu Pavan.