Antes da metade do terceiro mandato de Leonel Pavan, assumiu como prefeito o seu vice, engenheiro Rubens Spernau, já bastante envolvido com a ideia do alargamento pois cuidava de obras e planejamento da cidade há anos.
Em 2002, Balneário Camboriú sofreu sucessivas ressacas, com sérios danos à Avenida Atlântica e isso levou Spernau a realizar o primeiro alargamento, emergencial, na Barra Sul, onde não havia mais praia.
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina,Cidasc, emprestou uma draga que desassoreou a foz do rio Camboriú e enviou a areia por tubos até a praia, onde tratores a espalharam, como está sendo feito agora.
Foi um sucesso, a Barra Sul passou a ter a melhor faixa de areia da praia central, mas com o passar do tempo parte do sedimento foi removido, algo que talvez venha a ocorrer com o novo alargamento, ainda que de forma lenta.
Spernau conta que tentou, sem sucesso, dar sequência ao alargamento, mas as licenças ambientais eram precárias, a despesa para obtê-las elevadas e faltava uma participação direta do empresariado, como ocorreu agora.
De qualquer forma o ex-prefeito, que hoje assessora o prefeito Fabrício Oliveira, está participando diretamente do alargamento, devido ao seu conhecimento do assunto, adquirido ao longo de três décadas.
Ele acredita que a dragagem terminará em outubro e se disse tranquilo porque a Jan de Nul, que executa o serviço, é das mais conceituadas do mundo nessa área.
Spernau finaliza destacando que o alargamento foi planejado para não ter aditivos contratuais, que podem chegar até 25%, e constituem uma espécie de “praga” nas obras públicas brasileiras.