A moradora de Camboriú Suely Alves Silva, que reside na Rua Monte Bianco, Lote 38, no pé de um morro, relatou ao Página 3 que está caindo terra em sua casa desde a última semana, deslizamento que ameaça a residência. A prefeitura teria dito que ela precisa pagar uma máquina para tirar a terra ou sair do local, onde reside desde 2019 e o problema acontece desde então.
Ela disse que pediu ajuda para a Defesa Civil e que já retirou uma árvore de lá que ameaçava cair em cima de sua casa. Na ocasião, o governo municipal teria oferecido lonas, mas que elas não resolveriam a situação.
“Na época tiramos terra com carrinho-de-mão, com ajuda de vizinhos, mas cada vez que tira embaixo, cai mais terra quando chove. Todo ano peço ajuda, e desde a última semana, quando choveu, piorou”, disse.
O morro que fica atrás da casa de Suely é propriedade da União, e por isso ela não pode tirar terra em maior quantidade. “Mas como viram que a casa foi ‘empurrada’, nos autorizaram a tirar cinco metros, mas para fazer isso preciso de uma máquina. E não é qualquer máquina, o aluguel dela é R$ 2,5 mil/dia e são três dias no mínimo, fora o preço do aluguel do caminhão para levar a terra. A prefeitura disse que tenho que pagar ou sair de lá. Eu sou diarista, não tenho como pagar isso. E tenho que resolver até sábado (14)”, acrescentou.
O que diz a Defesa Civil
O Página 3 repassou o caso à Defesa Civil de Camboriú e o secretário Jaime Angel disse que estava sabendo da situação, mas que não tinha informação de que desde 2019 acontecem os deslizamentos.
“Foi feita a vistoria e explicado que necessita fazer uma calha atrás da residência para evitar as águas da chuva nessa porção de terra atrás, quando não tem calha a chuva vai gerando erosão no local e gerando deslizamento”, explicou.
Jaime também sugeriu a colocação de drenagem no chão rente a casa para escoamento da água.
“Quando mora em local alto com barranco atrás, o morador tem que fazer muro de contenção para segurar a terra e evitar esse tipo de situação. Orientações foram repassadas a eles e sendo propriedade privada o uso de máquinas públicas em melhorias residenciais fica difícil. Em vistoria no local, o próprio morador relatou que já tinha a máquina para fazer o serviço e necessitava de uma liberação para ela poder trabalhar. Sendo feito a notificação de risco e deslizamento a qual retiraram ontem (terça-feira, 10) para encaminhar ao Meio Ambiente e poder seguir com o trabalho”, acrescentou.