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Novo Comandante do 12BPM fala sobre desafios e o que espera de Balneário Camboriú: “Uma honra”

O Tenente-Coronel PM Eder Jaciel de Souza Oliveira assumiu o comando do 12BPM, na sexta-feira (15) e já mostrou mudanças no trabalho em relação ao antecessor Rafael Vicente. Eder recebeu a imprensa para uma coletiva na tarde de quinta-feira (21) e falou sobre o convite para assumir a PM da cidade (antes ele estava em Itapema) e também sobre os desafios a serem enfrentados. Ele já havia sido subcomandante do 12BPM, na época em que Evaldo Hoffman comandava a PM de Balneário.

O convite para assumir: “Cumprimento de ordem”

O Comandante destacou que os militares não têm opção de recusar a troca de batalhão e/ou de Comando, como aconteceu em Balneário Camboriú e que é uma ordem. 

Eder estava nos Estados Unidos quando foi chamado para voltar e assumir o 12BPM . 

“O Comando geral decidiu e eu vim e é uma honra assumir esse batalhão. Foi algo do alto Comando, não cabe a nós decidirmos. Foi cumprimento de ordem e estou substituindo um cara que respeito e vou buscar estar a altura dele, seguir na continuação do trabalho que ele vinha fazendo. Eu fiquei bastante tempo de serviço operacional, fui subcomandante do 12 na época do Evaldo [Hoffman] e agora estou de volta. Quero me aproximar dos bairros, temos 41 Rede de Vizinhos em Balneário e funciona muito bem, seguirei também com o trabalho próximo da prefeitura, trocamos mensagens constantes”, disse.

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Mais ocorrências repassadas x aumento do crime

Coletiva de imprensa na sede do Batalhão (Divulgação/12BPM)

A imprensa percebeu o aumento do encaminhamento de ocorrências policiais, uma característica do novo comandante.

“Pode ser que no início alguém ache que aumentou o crime na cidade e não é isso – estamos na verdade repassando tudo o que acontece”, pontuou. 

Problemática de pessoas em situação de rua

O maior problema de segurança pública em Balneário Camboriú atualmente envolve pessoas em situação de rua que estão cometendo crimes como furto, roubo e até tentativa de homicídio e homicídio consumado. 

O Comandante disse que a situação de rua nem sempre pode constituir algum delito, e que exige união dos órgãos, já que é um caso também de saúde pública. 

“Sem essa união, não adianta. As pessoas, às vezes, querem uma solução mágica, querem que aquele ser humano que é inconveniente para a sua vida, desapareça ali. E não acontece. Tem que se olhar que ali é um ser humano. Entendo que é uma situação inconveniente pra sociedade, mas também é inconveniente para ele que está na rua – é insalubre, a maioria tem doenças de pele terríveis, muitos deles têm DST, doenças respiratórias, problemas dentários. São seres humanos ali que, no primeiro momento, precisam de ajuda”, disse.

Ele reforçou que muitas das pessoas em situação de rua são dependentes químicos e que ‘quase 100% deles são alcoólatras’ e que precisam de internação médica.

Eder disse que a PM está trabalhando junto com a prefeitura, e destacou o trabalho do secretário Castanheira, puxando pelo lado social e de saúde, com médico analisando se cabe internação, etc. 

“Com esse projeto e soma de esforços, a situação tende a melhorar. É um projeto sensacional da prefeitura de Balneário Camboriú, que a gente com certeza vai apoiar”, afirmou.

Preocupação com manutenção das prisões

O secretário de Segurança de Balneário, Gabriel Castanheira, reclama com frequência que a Guarda Municipal e a PM prendem muitos bandidos, mas eles não ficam presos, por isso seguem nas ruas cometendo crimes. 

Eder disse que imagina que a Polícia Civil e o Judiciário também se frustram com isso, e que é um problema de legislação. 

“Obviamente que cada um tem a maneira de conduzir, há juízes que possuem uma posição mais conservadora, talvez outros em uma posição mais progressista, mas a lei realmente, às vezes, nesses casos, ela impõe a liberdade, até no tráfico de drogas. Nós temos uma figura na nossa legislação que é o tráfico privilegiado, ou seja, o sujeito foi pego, não importa a quantidade que não comprovado que ele estava traficando drogas, ele é solto, mesmo que pegue ele com uma quantidade significativa de droga”, opinou.

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Neutralização da atividade criminosa

Eder disse que, em sua opinião, não concorda com a posição minimalista em que se discorda da pena como instrumento de ordem pública, pontuando que pode acontecer da pessoa ser dependente química e cometer um delito atrás do outro para conseguir a droga. 

“Então, quando você retira ele do convívio social por um determinado tempo, você neutraliza a ação dele, a sociedade fica tranquila naquele momento. Isso é muito comum. Tem sujeito que faz, por exemplo, furto em um salão de beleza. Ele faz seis, sete, oito, 10 furtos num dia. Então, quando você tira aquele sujeito, você tem uma paz social, e ele, em vez de ser viciado, ele não vai ter cinco, seis, sete, oito, 10 processos que vão lá na frente, mesmo que ele depois recupere, trazê-lo de volta ao sistema, acabando com a sua vida. Então, por vezes, a neutralização da atividade criminosa é extremamente importante. A esse problema da nossa legislação no Brasil, não tem como a gente lutar contra isso daqui de baixo, mas é uma frustração, sem sombra de dúvida”, completou.

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