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Aumento de 76% nos casos de LGBTfobia no futebol brasileiro em 2022, aponta CBF

Estudo revela que homofobia persiste em estádios, redes sociais e mídia

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta quarta-feira um estudo realizado pelo Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, indicando um alarmante aumento de 76% nos casos de LGBTfobia no futebol brasileiro em 2022. De acordo com a pesquisa, foram registrados 74 casos de homofobia no último ano, evidenciando a persistência deste problema nos estádios, nas redes sociais e na mídia esportiva.

Os episódios de LGBTfobia relatados envolveram desde atos presenciais em partidas de futebol até manifestações discriminatórias nas plataformas online. O levantamento reforça a urgência de combater a intolerância e a discriminação presentes no ambiente esportivo.

Onã Rudá, fundador do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, ressaltou a complexidade e desafio enfrentados nessa luta contínua: “São casos que se repetem toda semana, é uma luta complexa e desafiadora. Há clubes que já detectaram isso e trabalham o tema com seus jogadores, funcionários e torcedores. Mas ainda é insuficiente. A LGBTfobia é um mal social que se alastra em todos os ambientes, em especial no futebol. Essa intolerância motivada por ódio e discriminação é profundamente violenta e deixa marcas profundas. Temos uma pesquisa de 2018 que indica que 62,5% dos LGBTQ+ brasileiros já pensaram em suicídio.”

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A divulgação dos números ocorre no Dia Mundial do Combate à LGBTfobia e coincide com os esforços da CBF em abordar a discriminação no futebol como uma de suas prioridades. O presidente Ednaldo Rodrigues, que assumiu o cargo no ano passado, enfatizou o compromisso da entidade em promover a inclusão no esporte: “A CBF vai sempre combater os preconceitos e trabalhar para que o futebol seja um lugar de inclusão”

Em 2023, a CBF introduziu uma nova medida em seu Regulamento Geral de Competições para punir clubes esportivamente em caso de discriminação. O Corinthians poderá ser um dos primeiros clubes a enfrentar as consequências dessa nova regulamentação. O clube será denunciado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devido a cânticos homofóbicos entoados por parte de seus torcedores durante o empate por 1 a 1 contra o São Paulo, no último domingo, na Neo Química Arena, em São Paulo. Existe o risco de perda de pontos no Brasileirão.

Onã Rudá enfatizou a necessidade de estabelecer um protocolo que padronize as ações dos árbitros em casos de discriminação: “Há nitidamente uma nova lógica de pensar o futebol e a forma com que ele se relaciona com a sociedade. Um passo importante que precisa ser dado é a construção de um protocolo que padronize e oriente de forma direta como todos os árbitros do Brasil devem agir diante de cada situação de discriminação. Há árbitros que paralisam as partidas por causa de cânticos homofóbicos, mas não registram o caso em súmula e isso prejudica ações no STJD”

O Coletivo também destaca a importância da participação dos clubes em campanhas sobre o tema. No ano passado, em 17 de maio, 66 clubes das quatro divisões do Campeonato Brasileiro fizeram postagens em suas redes sociais em alusão à data, enquanto 58 clubes optaram por não se manifestar. Espera-se um aumento no número de clubes engajados nesta causa neste ano.

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