A Operação Liberdade, que teve a sua primeira edição no Bairro dos Municípios, voltou ao local nesta quarta-feira (10), para ‘sufocar’ o tráfico de drogas. A ação é realizada pela Guarda Municipal e acontece também no Centro de Balneário Camboriú desde o fim de abril.
“Percebemos que os traficantes estavam voltando”
O secretário de Segurança de Balneário Camboriú, Antônio Gabriel Castanheira Junior, disse ao Página 3 que já estavam planejando voltar com a Liberdade para o Municípios há algum tempo, pois quando estavam no bairro perceberam que a comunidade se sentia mais segura.
“Não que seja uma solução definitiva, mas percebemos que os traficantes estavam voltando, tanto que prendemos na Rua Biguaçu, na segunda-feira, um homem com 2kg de crack na segunda-feira (saiba mais aqui). Fizemos muito estudo, analisamos o que já fizemos e que deu certo, e vamos aplicar lá”, explicou.
Liberdade no Municípios é primeiro passo de nova estratégia
Castanheira informou que estão atuando com duas viaturas no Bairro dos Municípios, uma fixa na Rua Corupá e uma fazendo rondas pelo bairro, além de terem apoio das equipes de motos, Grupo de Resposta Rápida (GRR) e do Grupo de Operações Preventivas (GOPE).
“Queremos controlar o Centro e o Bairro dos Municípios. O retorno para o Municípios é o primeiro passo de outra estratégia que iremos colocar em prática, que seria um plano de governo do prefeito Fabrício Oliveira. Apresentei a ideia para ele. Terá a participação de outras secretarias, como Saúde e Inclusão Social, através do Resgate Social. Não queremos deixar que se instalem ‘cracolândias’ em Balneário. O trabalho está sendo preventivo, estamos criando um remédio para não deixar que isso [cracolândia] aconteça em nenhuma região da cidade”, afirmou.
“Não podemos usar só o remédio segurança pública”
O secretário disse que em operações como a Liberdade não basta somente a Segurança trabalhar, mas também ter apoio de outras secretarias, considerando que drogas como o crack é um problema de saúde pública também.
“A segurança precisa atuar, mas precisamos que outros setores entrem nessa luta porque envolve um pouco mais do que segurança; até porque usuário é considerado doente, então não podemos usar só o remédio segurança pública. Temos que dar tratamento, e estamos planejando algo nesse sentido”, completou.